sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Rage, rage against the dying of the light

Vinha dizer coisas mas entretanto varreram-se-me as tais das coisas, na verdade nem era bem dizer coisas, era encher chouriços, encanar a perna à rã, dar uma de produtividade bloguítica, mas varreu-se-me a vontade, que a verdade é que não posso com uma gata pelo rabo, tenho apenas a energia suficiente para abrir a caixa de mon chéri quando chegar a casa e, finalmente, assentar rotundo traseiro em superfície almofadada, e tenho de a guardar bem, a energia, que esse momento não se anuncia próximo, antes ainda há umas cenas para fazer, tem sido a constante da semana, toooodos os dias a despertar ainda de noite, toooodos os dias a sair ainda não badalaram as oito, toooodos os dias a chegar depois das oito, mas da noite, e ali um dia já rés vés as onze, outro as dez, e hoje sei lá, mai'logo falamos; os motivos?, pois nem todos são maus, pontas soltas e coisas minhas que só a mim interessam, não é trabalho mas cansa à mesma, e já nem me lembrava da quantidade pornográfica de gasolina que se gasta em se transportando cinco dias casa-trabalho em viatura motorizada, mais voltas extra, chiça, haja reposição de salários, para a semana acabou-se e volta o motorista privado, fardado, que é de todos nós, e se lenin quiser, não será privatizado, essa é outra, tenho acumulado muitas irritações nestes últimos tempos, mas, vide supra, não posso com uma felina pela extensão posterior da coluna vertebral, e o cansaço tem um efeito milagreiro sobre a nervoseira ideológica, e um gajo nem consegue sequer alinhavar dois bem merecidos palavrões merecidamente dirigidos a qualquer misógino que eu não queria nem dado, assado no forno com batatinhas e cortado às fatias, ou embrulhado em papel prateado, e esta é só uma, a que me recorda assim de repente, as outras são mais complexas e precisariam de outros pares de palavrões, e agora não podemos, derivado daquilo de estar cansada e não poder com, já sabem o resto, e pronto, é tudo, assim de repente, vão para dentro que de noite já refresca, aqui na arca frigorífica onde ganho o pão refresca todo o santo dia, pés gelados, adiante, bom descanso, daqui a umas horinhas eu também, beijinhos a quem é de beijinhos e abraços a quem é de abraços e, ah, não se sintam esquecidos, piretes a quem é de piretes.



 

4 comentários:

  1. Acabou? Escreve bem, moça..era uma pena.

    A música muito bonita.

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  2. Xinapá!! Muito pirete a quem é de pirete tens tu de distribuir desde sexta-feira até hoje! (Fim de semana do camandro...)

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    1. MC, o fim de semana foi curto, isso sim! Eu ando é sem vontadinhas de matraquear teclado...

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