sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Forget the hearse 'cause I never die

Paradote, sim, isto anda paradote. Agora escrevia aqui um post necessariamente sucinto a explicar que há muito trabalho e tal (ó eu armada em esquerdalha diligente, naquela de derrubar preconceitos), e que a vida lá fora (que evidentemente tenho!, claro!, dúvidas houvesse!) nãoseiquê, mas apesar de sim, também, a verdade é que nem por isso. Creio, aliás, que o factor "muito trabalho" nunca me demoveu de blogar, bem pelo contrário. Faz parte daquela idiossincrasia muito minha, i.e., lamento público + procrastinação. A verdade é que estou como a mula: empacada. E nem é por teimosia, é mais porque não me apetece andar, e não, não tem a ver com o facto de ter o pé direito lesionado com a mega-bolha (nunca, mas nunca mais trazer sapatos novos em dia em que me transporte a pé+carris+metro). Foi assim que aconteceu: aqui há atrasado estava entretidíssima mas não divertidíssima com uma pilha de horrores para dar avio, pus-me a pensar em cenas a modos de descansar um bocadinho o cérebro do pavor burocrático, e veio-me à memória um filme para lá de espectacular que me apeteceu rever, e vai daí pus-me a viajar na maionese sobre o dito filme, fui cuscar no youtube e lá estava ele inteirinho, iiihhhhh, vou guardar esta cena para um dia destes, colei aqui numa folha em branco, e segui dando umas tecladelas sobre dito filme e a tal da maionese. Nem uma frase completei. Soou uma sirene na parte sensata da minha cabecita, a guinchar algo como "'Péééééra lá, isso vai dar merda." Ora, perguntaides vós, que merda poderia dar um post sobre A Place in the Sun? Boa questão. Ia dar merda. Ou não. Mas não me apeteceu arriscar. Não por medo, mas porque não me apeteceu. Não me apeteceu deparar com a eventualidade de ter de fechar, outra vez, comentários num post. Ou fazer um post explicativo. E, no entrementes, ter de levar com boas, adoráveis, fascinantes pessoas anónimas a dizer-me que a) sou parva; b) tenho a mania; c) quem sou eu para passar lições de moral. Porque isto tem vindo a ser assim, de quando em vez. Alguns dos posts que escrevo, com opiniões sobre cenas e tal, são, certamente, indubitavelmente, dirigidos a alguém. Eu não sei bem quem, mas são. Porque há alguém que acha que sim. E que eu estou, via post, a dar um responso a alguém. Ou alguéns. Não sei quens. E não tenho moral / direito / coluna / integridade / razão para o fazer. Pronto. Suspiros. Não é a questão do incómodo, de me virem chatear com parvalheiras que não me interessam (e lixando logo o ambiente a quem venha comentar na boa - para isso existe a moderação de comentários), ou medo de comprar uma guerra (para a qual sou recrutada sem saber onde é, contra quem, e porquê), ou haver gente-bicho que pelos vistos anda a monitorizar o que escrevo na esperança de encontrar criar inventar polémica. Não é auto-censura. É só fartura. Muita fartura. E nem das boas, polvilhada a açúcar e canela. Não me apetece. Só isso. Ele há alturas da vida em que um gajo já tem sarna suficiente para se coçar, não precisa de se fazer isco para pulgas.
A ver se mudo isso.


[Don't try to push your luck, just get out of my way]

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Like a Virgin

Quarenta e quatro anos de vida, e o primeiro lombo de porco assado na perfeição. E ainda há quem ache que o masterchef não serve para nada.

(na verdade, o mérito não é todo meu: termómetro de carne, best buy ever. no ponto.)

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Hay gobierno? Soy contra!

Então, ainda está tudo a discutir de quem é a bola?


[eu ainda sou do tempo em que um aluno que falasse em "eleições para o governo", ou dissesse que o primeiro-ministro era eleito, chumbava imediatamente a constitucional, mas já não sei, mudam os tempos, mudam as vontades.]

(o verdadeiro) MasterChef Portugal

Morreu. Foi com ele que aprendi a cozinhar, pá. Mas atenção, não estou com isto a atribuir culpas pelos fracos resultados, hein. Eu sempre fui mais da escola desta senhora: enfiar a galinha no forno e tirar as empadas compradas na pastelaria da esquina.



(anda tudo tão ralado com um tal de vazio de poder, que ninguém fala do que é verdadeiramente importante)

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

I heard the news today oh boy

Ando há tanto tempo a sentenciar que a esquerda está condenada a entender-se, que já tinha perdido a esperança de viver para os ver cumprir a pena.


(a primeira peçoa a atirar que o pê-ésse não é esquerda ganha o primeiro lugar no concurso clichê do dia, premiado com a terrina couve tipo Bordallo. eles arrumaram o socialismo na gaveta, eu lembro-me que já cá andava. felizmente ainda se recordam em que gaveta e, vai-se a ver, conservou-se bem, sem ómidades.)

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

It's bigger on the inside

Não, não é muito cedo para começar a lista de Natal.

[com a sorte que este rectângulo à beira mar tem, isto não chega cá. sim, que ainda estou à espera do Kwik-E-Mart. bandidos regionalistas.]

terça-feira, 6 de outubro de 2015

talking sweet about nothing [cookie i think you're]

Blessed are the cheesemakers

Agora que já provei, juro que não sei de que raio ri a vaca.


[aquilo é queru um bocadinho mais rijo, e quem gosta de queru não pode gostar de queijo. também não entendo quem compra aqueles flamengo-bonsai. se é para levar na lancheira, ok, eu também caí nessa com a ruminante risonha, mas mais vale comprar a bola e levar uma fatia, pela minha saudinha]

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

This is your life

[e agora, também na internet]

- Não, repare: o que está aqui a pedir não tem fundamento porque [explica, explica, explica], além de que, se quisesse ter esse resultado/benefício, teria que ter procedido/ocorrido [explica, explica, explica], compreende? Na situação actual, em que me expõe que [tal, tal e tal], não pode pedir que [coiso, e coiso, e coiso]; não se integra na previsão, teria que ter ocorrido/feito/verificar-se [explica, explica, explica]. Entende?
- (...)
- (...)
- (...)
- Hum?
- Mas eu continuo a achar que tenho razão, e alguém tem que fazer alguma coisa.

O povo é quem mais ordena

Para o PS em especial, e restante esquerda em geral, o período de reflexão inicia-se hoje. Tomara que o aproveitem bem.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

E anda com uma cara, o infeliz


[ando desde o início da semana a pensar escrever qualquer coisa sobre as eleições, a campanha eleitoral, o plafonamento e outros temas realmente importantes, mas entretanto amarrota-se-me o raciocínio, embrulha-se-me o estômago, e não sou capaz de desatar este nó de tristeza e desânimo.]