quarta-feira, 10 de abril de 2019

A minha vida é isto, uma luta de classes constante, se calhar Marx explica

Ora pois então sucede que, embora mui apreciadores do passeanço, não saímos da pátria mãe desde 2015, por vicissitudes várias que não cabe aqui explicar. Sucede ainda que não tenho férias desde 30 de Julho do passado ano (chuif), já estive menos rebentada, e se não me ponho a andar daqui para fora já sei que nas férias acabo a fazer uma perninha. Vai daí, vamos uns dias lá fora, ver se chove.

A escolha faz-se sempre da mesma forma científica: lista de sítios que não conhecemos (ainda são muitos), pesquisa de voos, escolher o que mais conv€m. Não que seja o único factor, no caso a passagem até nem é a mais barata, mas para os dias livres era jeitosa, havia vagas, e o preço do alojamento por lá foi uma alegre surpresa.

Agora entra a parte rezinga, muito derivada da minha luta interior de Olívia patroa, Olívia costureira. Por exemplo, é verdade que a vontade de ver Veneza é imensa, mas eu também sou sinto-me uma vítima da turistificação, e tenho mesmo imensa pena dos venezianos. Donde, corta. Nem calhando, a nossa última saída foi para Praga, cidade que nos parecia fazer caretas a cada esquina, toma, toma, é nisto que se está a transformar a vossa Lisboa. Sou solidária, portanto, com os nativos. Todos, mas nem tanto que me abstenha de ir seja onde for. De qualquer forma, quero crer que lá fora me comporto - e sempre comportei - de forma a representar um incómodo menor: sim senhora, ocupo espaço, mas não faço más figuras, não sou mal educada, tento passar despercebida. Ao contrário do que tenho sentido da mole humana e estrangeira que nestes últimos três anos tem invadido Lisboa. Porcões, arrogantões, gritões, malcriadões, beberrões de merda, pardon my french. Eurotrash, pura e simples. O facto de ter um alojamento local debaixo da minha alegre casinha (cuja lotação é superior aos actuais habitantes do prédio) não ajuda. Mesmo nada. O brexit já foi uma bela gota de água, mas ter um grupo de ingleses por baixo uma semana, ui, nem vos digo o que aumentou a minha xenofobia selectiva. Os alemães também benzós, mas para chegar ao nível destes ingleses ainda têm de beber muita cerveja. Literalmente.

E agora continuem comigo, por favor, sim, isto tem uma lógica, embora não pareça do raciocínio tortuoso supra: nunca tive aquela cagança de dizer que não sou turista, mas sim uma viajante, porque, noção. Claro que sou turista. Zero vergonha nisso. Posso não ser o tipo de turista da viagem organizada, autopullman do ponto A ao ponto B, resort fechado TI, etc, mas sou turista. Não sou é lixo*. E também não sou uma pedante que compra aquelas neo-tretas de ah, e tal, vou ao sítio x e quero sentir-me como se fosse de lá, tázaver, ter as experiências dos locais e coise, p'cebes, ver as cenas pelos olhos deles, dormir onde dormem, comer onde comem. Treta, treta, treta: somos sempre estrangeiros numa terra desconhecida, ainda que seja a décima quarta ida, e até já topemos as tourist traps à légua; não, não somos assimiláveis aos locais, e não, não teremos a experiência de ser local, a isso chama-se emigrar, e ainda assim só se for por uns anos valentes. Donde, a tal local experience que é vendida com o alojamento local, ei, ei, ei, venha viver num bairro local, durma com eles, compre onde eles compram, os nativos, é dos maiores golpes publicitários de sempre, e o pior é que pegou. Os grandecíssimos poios que se alojam lá no prédio são, por norma, uns valentes pés rapados, forretas, ou sei lá eu o quê, e pior, arruaceiros que se estão nas tintas para o descanso e bem-estar dos locais. Sim, sete alminhas num T2+1 (onde enfiaram duas camas de casal, uma single, e um sofá cama), a pagar uma diária, à cabeça, que nem um hostel cobra, são o quê, viajantes, curiosos do mundo e suas pessoas? Poupem-me. E se lhes devo a aliás oportuna abertura de duas lojas auchan nas proximidades, que sempre dão para desenrascar, a verdade é que ali o que mais têm para venda e os camelórios de facto compram são cenas para sandes, cerveja, e vinho mais caro que na concorrência, ao menos isso, chulem os motherfuckers.

Donde, orgulhosamente: não contem comigo para me alojar via airbnb. Ne-ver. Hotel, é que é. O hotel, ou qualquer estabelecimento de hotelaria, paga licenças, compra a fornecedores locais, emprega pessoas (ainda que paguem mal, essa é outra luta), paga impostos e contribuições, tem inspecções, enfim, trata-se de uma unidade económica que contribui para a criação de riqueza. Um AL (e estou a falar de apartamentos ou quartos destinados a tal, não a pequenos hostel) criam o quê? Temos de um lado, a maior parte das vezes, um proprietário que, em vez de arrendar a habitantes, arrenda a uma empresa parasita, afinal até paga menos imposto sobre o que recebe. A empresa parasita (muitas são estrangeiras, o caso da nossa é uma unipessoal cujo sócio é uma outra sociedade com sede em offshore, sim, eu fui investigar, e eu descubro tudo, assim esteja motivada) tem uma sede que não passa de uma domiciliação para correspondência, contrata tarefeiros, a recibo, para cargos tão pomposos e ocos como property manager ou host/ess, contrata empresas de limpeza cujas empregadas são tantas vezes trabalhadoras estrangeiras, a ganhar fortunas de €2 à hora, e uns trolhas para arranjos que aposto não passam facturinha.

É isto. Pedindo, de novo, antecipado perdão pelo meu francês, uma autêntica casa de putas, tudo pela porta do cavalo, por baixo da mesa, nada de emprego, nada de rendimento que acrescenta, apenas lucro fácil que, no fim, feitas as contas, e em termos globais, são trocos. E um dia, que vai chegar, mais cedo ou mais tarde, rebenta. Já aconteceu, e nessa altura fazem o quê às casas, que as pessoas que lá queriam viver não tiveram outro remédio que não se endividar na banca para comprar no subúrbio. Suspiros.

Donde, pqp, turista serei, em hotel me alojarei, e pequeno almoço fufê degustarei. E com um incomensurável menor risco de voltar com um camadão de sarna ou marcas de percevejo. Poizé. Cá por coisas que eu cá sei.


*não, não vamos tirar selfies ou fotos-recuerdo pessoais no memorial do Holocausto. não estou a brincar: já vi dissoem blogs, feice, instagrã: lixo.

55 comentários:

  1. Muitas palmas para isto. Mesmo com um ror de filhos, vou sempre para hotéis. A cena Airbnb mata-me.

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    1. Sãozinha, do ponto de vista do utilizador, até admito que um apartamento em airbnb possa ser conveniente para famílias com crianças. Pessoalmente, preferia um estabelecimento de hotelaria, sei lá, aparthotel, aldeamento, há imensos com equipamentos previstos para a garotada.
      Do ponto de vista de vizinha de um airbnb, mil vezes uma família com crianças que grupos de jovens. As crianças fazem barulho, que fazem, mas é barulho normal. E deitam-se cedo, não andam dentro e fora aos gritos, e a tocar às campainhas do andar de cima às tantas da manhã (já aconteceu).

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  2. Eu já tive um AL, versão pequeno hostel. Vendi-o e não deixou saudades.
    É um negócio tramado e como a Izzie diz dá trocos.
    É muito difícil não recorrer a tarefeiros ou a empregadas estrangeiras porque, com o aumento da concorrências, as margens estão completamente esmagadas.
    Neste momento, duvido que a maior parte dos proprietários esteja a recuperar o seu investimento ou só o recuperam aquando da venda por via da especulação. Aqui no Porto há muito turismo (embora, na verdade, me pareça que tem vindo a diminuir) mas a situação não é tão catastrófica como em Lisboa. Também moro no centro da cidade e vejo os efeitos que o turismo desenfreado traz. Admito que estive no setor (tinha um prédio parado no centro da cidade,houve uma fase de algum desespero profissional) mas nunca mais me volto a meter nisto. Os turistas só querem alojamento barato, são uns vandalos mal educados e é uma vida escrava. Mesmo num hostel pagam 15 euros por cama e querem pequeno-almoço completo, shampoo e miniatura de sabonete, toalha e recepção 24 horas. Depois desta experiência, também jurei para mim mesma só ficar em hoteis. Izzie, desculpe o relambório mas saí desta experiência traumatizada :).

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    1. Manuela, na minha zona também há um prédio que foi adaptado a hostel, e por mim tudo bem: é uma unidade hoteleira, embora seja considerado AL. Tem regulamentação diferenciada, não há vizinhos habitantes permanentes a ser incomodados, toda uma diferença. Para quem tenha um prédio e o queira por a render, seria uma opção a considerar, e há proprietários que arrendam prédios a quem os explora como hostel.
      Mas admito que deva ser uma via sacra. Os turistas de hostel não querem gastar muito - é para isso que serve e sempre serviu o hostel - agora controlar esse tipo de turista não deve ser fácil. É que como habitante também noto que essa maltinha tesa que chega às revoadas é cada vez mais entitled, querem tudo e um par de botas a troco de nada. Lá está, lixo, querem luxo vão para um hotel, ou fiquem em casa. Não fazem cá grande falta.

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  3. Voltaste :D.

    Antes de tudo, eu sou uma má pessoa e considero que os turistas pé-rapado não servem para nada. Os outros também podem ser bêbados, mas sempre consomem em restaurantes.

    Essa situação q descreveste é como a da Uber, em que já não é X a disponibilizar o seu carro, mas X á contratar Y, que, depois, contrata Z.

    Vais então à Alemanha :)?

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    1. Filipa, andamos a atrair muito turismo de lixo, juro. Já vi 2 grupos de despedidas de solteiro/a em Lisboa (percebe-se logo porque andam com t-shirts iguais, a dizer ao que vêm). Fiquei para morrer, caneco. Eram ingleses, no caso, ou seja, somos o novo sul de Espanha para esta gente :/

      Yep, vamos a Berlim. Só 4 noites, porque gatinhos, mas já dá para ver muita coisa. Me mate está num stress porque só soma cenas que quer ver e fazer e já anda a ganir "não dá para ver tudo, não dá para ver tudo", como uma barata tonta :D (com grande pena vamos ter de cortar uma walking tour que queríamos fazer, na verdade queríamos duas, a o III Reich e da Guerra Fria, helás, e o museu da Stasi ainda está em ponderação.)

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    2. Juro, os ingleses só me dão vontade de celebrar o Brexit, tanta é a raiva. Ou são alienados ou são idiotas, até um peixe grelhado lhes mete impressão.

      Não podem ir a Berlim sem visitar um clube sado-maso :D.

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    3. Não fales dos ingleses, que os americanos não conseguem comer um peixe inteiro - morrem de nojo, não o sabem arranjar, acho uma risota.
      Ando pelos cabelos com os ingleses e esta história do brexit, decidi desligar. É verdade que o referendo é vinculativo, e tudo e tudo, mas a UE já lhes deu todas as possibilidades de resolverem, ao menos da forma menos prejudicial, o imbróglio em que se meteram. E eles continuam a portar-se como crianças mimadas, a querer ter o bolo e a comê-lo. Pena tenho eu dos escoceses e dos irlandeses do norte, vão ser as principais vítimas desta estupidez (um adiamento até 31.10? a sério? vão eleger deputados para o PE? andam a gozae c'a gente?)

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  4. Também vou sempre para hotéis porque sou extremamente preguiçosa em férias e mini férias. Tenho aquela política do "se é para ir para pior, não vou", ora é fácil ir para melhor, basta não me pôr a servir pequenos-almoços ;)

    Boa férias, goza-as bem :)

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    1. Mac, eu mato por pequeno almoço de hotel, que de manhã estou sempre cheia de fome. Ia lá agora para uma casinha para depois ter de ir às compras e fazer o dito? Jamé! Em férias, e fora, não se cozinha, mais faltava.

      É só para a semana, mas conto gozá-las bem, obrigada :)

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  5. Berlin e uma cidade espectacular. Com muito para ver, optima para andar a pe (tudo plano).
    É uma cidade de grandes contrastes, moderno e antigo, limpo e sujo, este e oeste, pobre e rico.
    Berlin nao tem um centro, tem varios centros, nao so de por ter sido uma cidade dividida, mas por resultar da aglomeracao de varias povoacoes.
    Berlin e cosmopolita e Internacional, nao so turistas mas tambem habitantes. Os berlinenses sao bastante diretos e famosos por isso...nao sao conhecidos pela sua simpatia 😉, mas nunca tive problemas.
    Boa viagem

    Ana (a viver em Berlin ha ...xiii tantos anos)

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    1. Ana, é essa a ideia que temos, há anos que queremos visitar, mas nunca se proporcionou :) Não vamos muito tempo, mas pronto, havemos de voltar.
      Quanto à simpatia, bof, os londrinos são uns monos e nunca me assustaram!
      Obrigada :)

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  6. Nem imagino o que seja viver com uma coisa dessas por baixo de mim. Logo eu que acordo com qualquer coisinha e não durmo após vislumbrar o primeiro raio de luz do sol! O turista aqui em Lisboa anda a torturar-me mas noutras coisas, nomeadamente o ter ficado sem Belém, mesmo aqui à beira, com espaço, cafés, restaurantes, rio, parque infantil e espaço para a cadela gozar. Agora é impossível, no outro dia quis ir apresentar o puto à comida chinesa chego ao restaurante e tenho todas as mesas ocupadas por uma excursão de... adivinhaste, chineses. Isto sem falar dos meus ricos pastéis, que não degusto vai para anos, desde que as filas à porta me tornaram cliente apenas da casa-de-banho (cenas de quem tem putos). Quanto a Berlim, adorei, e o memorial é qualquer coisa. Senti os pelinhos todos a arrepiarem-se, é tão árido, simples e esmagador como devia. Depois, tens os idiotas, nas selfies. Já na altura em que lá fui,há q'anos, sabe deus, agora com tanto telemóvel melhor que a minha máquina da altura imagino. Divirtam-se!

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    1. Goldfish, é um pesadelo e um stress, nunca sabemos o que nos vai calhar na rifa. Nós até somos tolerantes (embora o proprietário ache que não, porque nos queixamos; ora, temos razões para isso!), mas já entrei na fase fuck you and shut the fuck up. Atender o intercomunicador à 1h30? Fuck you, how dare you, respect the neighbours! Fuck, fuck you! E tau.

      Já não vou a Belém há séculos, porque sei ao que vou e não estou para isso. Já me chega a loucura na minha zona, não há esplanada, miradouro onde se possa respirar. A Baixa parece uma colónia de férias, a Feira da Ladra já está à pinha, e ainda é Abril. Felizmente a nossa tasca preferida é antecedida de uma série de tourist traps, e a clientela ainda é maioritariamente tuga.

      E vamos divertir, divertimos sempre, somos uns simplórios :P

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  7. Oh que inveja também quero ir a Berlim. Então e vais em Junho?, segundo a saudosa Rita Maria é o melhor mês

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    1. a.i., já fui e já voltei. Adorámos e recomendo. Por acaso apanhámos um tempo belíssimo

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  8. https://eco.sapo.pt/opiniao/o-mal-de-mao/

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    1. V., obrigada pelo link; li com atenção mas não me identifico: não sou a favor da eliminação ou suspensão do AL. Mas acho que é uma área que deve ser muito bem regulamentada e fiscalizada (esta parte é, actualmente, inexistente).
      Muitas cidades europeias já começaram a fazê-lo, e até a limitar as licenças, com base em cálculos percentuais. Por cá é a balda, e a verdade é que nem sequer os que exploram o AL beneficiam: com a concorrência desenfreada os preços estão a baixar, e casa vez mais casas com licença de AL são postas à venda. Ou seja, a regulamentação até pode ser amiga do negócio, antes que o mercado dê cabo dele. Whatevs.

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  9. Lamentavelmente, um discurso ignorante, leva a comentários igualmente ignorantes...
    Desde quando os turistas que nos visitam, e se alojam em AL, são 'pés-rapados' ou os AL's são apenas geridos pelos proprietários para ganhar uns cobres?
    Izzie, limitar o pensamento ao seu umbigo é demasiado redutor para a imagem que quer dar do AL, esquecendo-se que foi o turismo que nos tirou a todos da lama e, em particular, o AL deu um 'empurrão' enorme naquilo que hoje podemos dizer de 'retoma' económica.
    Não apenas o AL, mas todos os pequenos negócios que giram em torno do turismo e que vieram promover o emprego, dando impulso a uma economia decadente, permitindo assim que possa pensar em ir de férias para Berlim.

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    1. Economia decadente...enfim. Sim, a maioria dos turistas q frequentam AL contribuem muito paea a economia.

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    2. D'ALMEIDA, all caps, os que se alojam no meu prédio são de certeza, visto que pagam uma diária de cerca de €10/€15. E é gente, na maioria, com um nível de civismo muito rasca. Há ALs bem geridos, e com qualidade? Haverá, decerto. O turismo é bom para a economia? Claro que sim, mas é um negócio muito dependente de modas, enfim, não cria um fluxo constante e sustentável se for deixado em roda livre vai implodir.

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    3. Já agora, antes do boom do turismo já tinha condições económicas que me permitiam ir passar férias a Berlim, ou outro destino; e continuarei a ter se o turismo morrer. Mas a forma como gasto o meu dinheiro é um problema meu, e só meu: afinal o que recebo é declarado e pago todas as minhas obrigações.

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    4. Filipa, já perdi o rasto e agora não tenho (mesmo) tempo para procurar, mas aqui há tempos li uma reportagem onde se discriminava o gasto per capita de cada turista, por dia, e era menos (contando com o bolo de despesas mensais que faço) do que me sai do bolso por ser portuguesa :D

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    5. Algo me diz que o das CAPS tem um AL :D.

      Já agora, lembras-te de dizeres cm estavas assim a modos q nervosa com a estreia do SW? Eu desprezo a maioria dos filmes da Marvel e cá estou nervosa com o Endgame :D.

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    6. Filipa, eu não diria que desprezo os filmes marvel, que biolência, mas vi um vingadores e acho que dormi. Não me lembro de nadinha, nem sequer se era mesmo vingadores. Mas deste parece que há muita gente a gostar, vamos lá a ver.
      E o trailer do novo joker? Se me perguntassem há meses sobre o Phoenix fazer o joker a minha resposta seria meh, mas depois do trailer...

      (pá, não me largam, alguém deve ter linkado isto num grupo de titulares de AL, e pela importância que me estão a dar, e cruzada que montaram numa merdinha de um post, acabaram a validar a minha má impressão. apre. nunca farei um post sobre a uber, está visto)

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  10. Bem sei que não vai publicar este comentário, não teria coragem para tal, pelo que nem vale a pena identificar-me. Digo apenas que tenho um hotel mas também tenho AL e o seu pst é um chorrilho de preconceitos que só mostra a sua ignorância. Ambos os cenários têm regras específicas, regulamentos, impostos e muitas, muitas taxas. Ambos. Antes de escrever, informes e se acha que a hotelaria tem muito mais regras que o AL, leia este site e depois diga: wwww.alep.pt E se tem tanto ódio a turistas espero que nas férias fique em casa.

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    1. Anónimo/a,
      Não sou anti-AL, apenas acho que está a ser gerido de forma atamancada, especulativa, e mal. Sem respeito pelos habitantes, e com uma perspectiva de lucro a curto prazo.
      Sou zero anti-turista. Mas custa-me muito ver que graças a uma cada vez maior oferta, a preços de uva mijona, Lisboa se está a transformar num destino apetecível para um turismo de fraca qualidade.
      Finalmente, não teça considerações sobre a coragem de alguém que não conhece. Só não publico comentários ofensivos. Se vem para uma discussão sã, é bem vindo. Como não adianta qualquer argumento para além de especulação sobre preconceitos ou ignorância, que nem sequer se dá ao trabalho de apontar ou refutar objectivamente, de facto não há nada para discutir.

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  11. Passo a informar às santas ignorancias, que hoteis têm Airbnb... :o... chocados... :o
    Fiquei em Bali num Airbnb 5 *****. Isso é o mesmo que dizer que a cena Booking.com e Expedia não é pra si. Não me diga que ainda vaí à agência pedir que lhe façam uma rota para ir para uma Punta Cana ou méxico... destino muito apreciado pela classe média Portuguesa.
    Trabalho em Hotelaria convencional e se trabalhasse também tinha vergonha do que tinha escrito... a 2,00€/trabalham as senhoras das limpezas dos hoteis onde fica; fazem 15H/dia delimpezas e não recebem mais que um ordenado de 600,00€/ onde o empregado é pago para sair às 00H00 do bar do hotel mas como ainda há clientes fica até às 3 da manhã e no outro dia entra às 9H para dar uma maozinho nos pequenos almoços. Férias, só de inverno durante o mês de Janeiro... e trabalha à 20 anos na mesma empresa.. mas como é por contrato de 10 meses... não tem direitos nenhuns....

    Há turismo com ou sem AL. Ou acha que os grupos de 60 chineses em Belém hospedaram-se todos em casas e apartamentos???????????
    Antes era na cadonga com os room/zimmer/chambre...
    Onde trabalho têm 8 hoteis todos a bombar nas horas. Verão ou Inverno... infelizmente os ordenados ficaram da altura da crise e esqueceram-se do volume de trabalho que aumentou....
    Vá lá para o seu hotelzinho escravizar os outros....

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    1. E quanto ganham as empregadas de limpeza no Airnb? E qual é o mal de ir às agências? Ai, tanta palermice junta.

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    2. Anónimo/a, olha, hoje saiu-me a fava. Fui linkada em algum site de empreendedores de AL, foi?
      Mais uma vez, argumentos zero, só achincalhamento. E atoardas sobre hábitos de turismo de quem não conhece. Agências, viagens organizadas, Punta Cana? Lol. Iep, sou mesmo eu. Só que não.
      Anyhoo, sei bem das condições de trabalho de pessoal de hotelaria, e como menciono no texto, essa é uma outra luta. Sou 100% solidária, e acho que deveriam ser pagos condignamente, como é óbvio.
      No hotelzinho onde estive não escravizei ninguém, calha ser um país onde o ordenado mínimo se situa nos €9,90 / hora.

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    3. Filipa, se o destino for mais longínquo ou "exótico" ir a uma agência ajuda imenso. Principalmente se uma pessoa tiver o tempo contado, ou uma janela de tempo limitada para viajar. Só usei uma vez, mas ia para um país que era uma ditadura, onde havia imensas restrições de segurança e circulação, e nem pensar em andar lá à vontadex. De resto, skyscanner e booking.
      Já agora, há agências e agências: para quem gosta de um turismo mais real e genuíno, conheço quem tenha viajado pela nomad e só tenha a dizer maravilhas. Não é é para Punta Cana :D

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  12. Como este blog revela um profundo desconhecimento do Alojamento Local, deixo aqui um link para uma petição que esclarece que esta é uma actividade não só bastante regulamentada, taxada e burocratizada, como é ainda mais democrática e justa em termos de emprego e mais-valia para as populações locais: https://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=nao-matem-o-al

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    1. Vai por pontos, para me organizar:

      - Esta é a minha opinião, vale o que vale. Tanto como outra qualquer.

      - Este blog não revela desconhecimento, profundo ou superficial. O post ou quem o escreve talvez, mas o blog?, deixem-no sugadito, que é a primeira vez que abordo o assunto.

      - Quanto ao desconhecimento, infelizmente conheço bem a Lei do AL, e toda a jurisprudência já produzida quanto ao tema. Infelizmente, porque tive de ir estudar, graças à excelente vizinhança e perturbação a que venho a ser sujeita por esta actividade.

      - Tenho pena que neste país uma pessoa não possa demonstrar desconforto ou queixar-se de diminuição de qualidade de vida graças a ter de viver paredes meias com um AL, sem ter de levar logo com uma horda de fundamentalistas que a venham acusar de querer arruinar a economia, ser contra o empreendedorismo, e por aí fora.

      - Cá preocuparem-se que as regras sejam cumpridas, e os hóspedes não incomodem os demais habitantes, isso é que não. Temos forçosamente de baixar a cabeça e as calças ao santo euro do turismo, seja qual for o sacrifício. Acordarem-nos sucessivamente com barulho, a bater à porta ou campainha? Sujarem as partes comuns? Ter um vai-vem de gente porca e mal encarada a entrar pelo prédio? Que maçada, estes habitantes!

      - Finalmente, se têm o direito de explorar uma actividade económica num prédio de habitação, têm deveres correspondentes. Preocupem-se com esses, que na situação com que tenho de lidar diariamente não há um módico de civismo por parte de quem ganha com o AL e demais vizinhança. Ignoram simplesmente qualquer aviso, interpelação, não cumprem as regras, portanto, de que vale ser regulamentada se não cumprem?

      - E pronto, é isto, e se têm tanto a apontar-me, estúpida habitante incomodada, perguntem-se antes como é que a vossa atitude empreendedora pode estar na génese da hostilidade dos habitantes quanto ao AL.

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    2. P.f. aprenda a respeitar as opiniões dos outros e, sobretudo, a ter a humildade de reconhecer que errou. A minha resposta foi adulta e educada, pelo que é perfeitamente escusado fazer acusações de fundamentalismo e armar-se em virgem ofendida. Se V. Exa. tivesse o mínimo conhecimento da lei do alojamento local, saberia que pode apresentar queixa em relação aos barulhos, ou outros incómodos, junto da câmara municipal, a qual tem poderes para retirar a licença ao AL prevaricador. Repito, respeite primeiro se quer igualmente ser respeitada. Cumprimentos.

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    3. Onde é que desrespeitei a sua opinião? Caramba, se há aqui uma virgem ofendida não sou eu.
      Eu sei que posso apresentar queixa do prevaricador junto da CML. Mas também sei que o prevaricador tem a obrigação de fornecer um contacto directo aos condóminos, para ser alertado nessas situações, sei que o prevaricador tem a obrigação de informar os hóspedes das leis e regulamentos quanto a ruído e comportamentos a ter no edifício, e sei que até deve ter um livro de regras. E até tem de assinalar o AL, para evitar a história de tocarem a todas as campainhas, a ver se alguém serve de porteiro.

      V. Exa. é que entrou em casa alheia a apontar ignorância, problema de que não padeço. E até tenho humildade a rodos para reconhecer quando erro, mas para isso é preciso que me demonstrem que errei, coisa que o caro comentador não soube fazer: quem é o ignorante agora? E quem é o intolerante, que me manda fazer queixinhas à CML, mas reconhecer que a maioria dos que exploram um AL não se ralam minimamente em explicar as regras aos hóspedes ou cumprir as regras legalmente impostas?
      Caramba, a conversa que o meu marido teve com a "manager" deste AL, até reviro os olhos, a burra ignorante nem sabia como se processava a recolha de lixo em Lisboa!

      Portanto, remeto-o para o meu primeiro ponto: é a minha opinião, é tão válida como outra qualquer.
      Para terminar, esta é a minha casa, V. Exa é que aqui entrou a mandar bitaites, portanto tem zero legitimidade para dar lições de moral sobre respeito. A sua resposta apenas veio validar o que disse: são pessoas muito susceptíveis, e a quem não se pode dizer um ai. Credo.

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    4. Relativamente ao fundamentalismo: hoje, 23.04.2019, entre as 09.59 e as 15.48 vieram cá parar 5 alminhas vindas não sei de onde (são todos amigos? passam a palavra?), e isto num blogue que tem pouquíssmo tráfico, é quase um tasco familiar, cujos posts raramente têm mais de 3 ou 4 comentários. E é notório o discurso da ignorância, e apontar o dedo. num post em que falo sobretudo da minha experiência como turista. Lá está, susceptibilidade em excesso, reacção excessiva em relação à opinião veiculada. Credo, credo.

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    5. Primeiro, a sua atitude é de conflito e ofensa permanente. Acha normal chamar os outros de fundamentalistas? Acha elegante falar em "alminhas" e fazer insinuações de amizade? Fazer valer os seus direitos é fazer queixinhas? Afinal, estou a falar com um adulto ou com uma criança? Eu nem sequer li os comentários dos outros utilizadores, por isso não misture tudo no mesmo saco.

      Segundo, eu tanto respeitei a sua opinião que lhe disse que revela um profundo desconhecimento do tema. Quer provas?

      "Hotel, é que é. O hotel, ou qualquer estabelecimento de hotelaria, paga licenças, compra a fornecedores locais, emprega pessoas (ainda que paguem mal, essa é outra luta), paga impostos e contribuições, tem inspecções, enfim, trata-se de uma unidade económica que contribui para a criação de riqueza. Um AL (e estou a falar de apartamentos ou quartos destinados a tal, não a pequenos hostel) criam o quê?"

      Ora não será precisamente o contrário? Muitas vezes, os hóteis pagam salários miseráveis, oferecem empregos precários e contribuem muito menos para a democratização do acesso aos benefícios do turismo do que o AL. O AL também paga impostos e contribuições (até mais altos do que os hóteis). A contribuição do AL para a criação de riqueza é muito mais justa e equitativa.

      Se isto não prova o seu profundo desconhecimento do tema, então é muito mais grave. Prova a sua má fé!

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    1. Caramba, já estou farta deste assunto, mas cá vai.
      - No texto mencionei essa questão dos maus salários actualmente praticados no sector hoteleiro. Sou contra, obviamente. Mas trata-se de trabalhadores com contrato e que se podem sindicalizar, ou seja, reivindicar os seus direitos. O sistema de AL é, por natureza, mais receptivo à precariedade e trabalho à tarefa.

      - Falemos de remunerações miseráveis: quanto recebe quem faz a limpeza dos AL? E os host, os manager, outros prestadores de serviços, etc? É passado recibo? Há contrato? Descontam para a segurança social? Têm seguro de acidentes de trabalho?

      - Falemos de higiene. Fazem desinfestações? Já ouviu falar da praga de percevejos em Lisboa, que começou em estabelecimentos de AL e hostels? Há, efectivamente, inspecções sanitárias? É que se me queixar de um hotel mandam lá gente, num piscar de olhos...

      - Falemos de fiscalização. É que sim, já liguei para a Polícia Municipal, que foi lá picar o ponto, e teve uma atitude de desvalorização total. Vou tomar medidas mais incisivas, mas a CML, neste momento, está totalmente refém do turismo, e ou pressiona para que se faça vista grossa, ou tenta mudar regras que venham impor maior rigor. Sei de um caso até bastante grave, e que não posso revelar por respeito à minha fonte.

      - "Democratização do acesso aos benefícios do turismo"? o que é isso? É enfiar uma cama de casal por quarto, camas extra, sofá cama, e alojar num apartamento feito para habitação de 4 pessoas, no máximo, sete, oito, dez? Todos a usar instalações sanitárias configuradas para os tais 4 habitantes? A fazer lixo, por dia, em quantidade superior a todos os restantes habitantes? A não separar o lixo/resíduos? É receber um bando de arruaceiros e ainda se sentir grato? Fazer de Lisboa a nova Lloret del Mar?

      Quanto a isto:
      "Se V. Exa. tivesse o mínimo conhecimento da lei do alojamento local, saberia que pode apresentar queixa em relação aos barulhos, ou outros incómodos, junto da câmara municipal, a qual tem poderes para retirar a licença ao AL prevaricador"
      Não é verdade.
      O processo de cancelamento de licença, previsto no art.º9º nº1 da LAL não se inicia se houver queixas por ruído, apenas se houver violação, pelo titular da exploração, de regras que, essas sim, podem potenciar os incómodos, entre os quais o ruído.
      O processo de cancelamento por incómodos causados a outros condóminos é o previsto no nº2 do art.º9º, e é bem mais complicado: deliberação em assembleia de condóminos, por maioria de mais de metade da permilagem, a opor-se ao exercício da actividade; esta deliberação é enviada para o Presidente da Câmara Municipal, que decide sobre o pedido de cancelamento, ou seja, é-lhe dado o poder de decisão sem que esteja vinculado à deliberação dos condóminos. Por isso, até posso chamar a polícia municipal cem vezes, que não tenho garantia de conseguir seja o que for.

      Insisto: a falta de civismo e de cumprimento de regras dos titulares dos AL tem criado situações de tremendo incómodo. Se isto é democratizar o turismo, muito obrigada, façam-no no vosso prédio. Ou comprem um prédio e dediquem-no só a isso.

      E deixe-se de tretas, não gosta deste estabelecimento, vá beber a bica ao do lado. Ninguém o convidou, e dado o afluxo de gente com o mesmo propósito, é óbvio que alguém divulgou este texto junto de defensores / titulares de AL.
      Neste momento, e como se tornou um hóspede barulhento, incómodo, enfim, dispensável, vou fazer o que fazem os hotéis: pô-lo na rua.

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    2. Palmas para ti!

      As pessoas só entendem o que querem e tornam-se fundamentalistas das suas causas, não há paciência, até parece que deixam de ver e de ouvir, e só conhecem uma razão. Tiveste mesmo muita paciência!

      (eles duram pouco, depois de amanhã já se foram)

      (eu gosto é dos pequenos-almoços dos hotéis, o resto é paisagem :D

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    4. Mac, a sério, de onde vieram estes todos, de repente? Não faço ideia, que não tenho nem conhecimentos nem meios para rastrear links, mas lá alguém terá descoberto este tasco e pronto.
      E, caramba, eu nem sou anti-AL, só acho que deve haver regras estritas, e mais poder para o cidadão que tem de levar com a actividade económica alheia sem ser tido nem achado. Mas nunca consegui ter uma conversa civilizada, nem nunca assisti a um debate são entre quem manifesta preocupações com o AL e os pró-AL. Estes acabam sempre a culpar-nos da iminente ruína económica do país ou algo que o valha, e são incapazes de reconhecer que há falhas graves na gestão dos estabelecimentos que legitimam uma lei mais dura. E a partir do momento em que há empresas com sede off-shore titulares de AL... bom, estamos conversados quanto à mais valia económica e fiscal para o país.

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    5. Beeem, que tipo mais agressivo, credo! Estavam as pessoas aqui numa amena cavaqueira e entra esta pessoa quase a espumar pela boca... Irra!
      Parabéns pela paciência, Izzie, que Deus malibre...

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    7. Paulo Matos, é o último que lhe publico, que já nem o posso ver. E só porque diz uma série de alarvidades e mentiras.

      - Auto-emprego? Só se for para o titular do AL. As empregadas de limpeza, empreiteiros, host, manager, são tarefeiros, muitas vezes até fornecidos por empresas que os contratam nessa qualidade e disponibilizam aos titulares de AL.

      - Não sei das outras pessoas, mas eu não escolho um hotel que tenha uma classificação inferior a 8 / 8,5 no booking. E pelo menos 9 em limpeza. Siga.

      - Nos hotéis fazem desinfestações periódicas. A limpeza que vejo ser feita no AL por baixo de mim, valha-me Deus. Por-cos. Siga.

      - A fiscalização que vocês exigem é relativa à questão das licenças. Não querem - e bem! - gente sem licença a explorar AL. Mas a partir do momento que despejam os hóspedes no apartamento, pouco se importam com o seu comportamento.

      - No AL por baixo de mim há 1 casa de banho para 7 hóspedes. Há uma retrete de serviço /de despejos que não deveria contar e cuja canalização decerto não foi fiscalizada, porque então não contaria. Ou seja, não é propriamente apta para uso regular. Siga.

      - Não tenho qualquer odiozinho de estimação, já me cansei de aqui explicar que nada me move contra o AL, apenas considero que a prática tem vindo a revelar falhas imensas, e que demonstram que quem faz vida desta actividade económica não cumpre. As pessoas terem de recorrer a tribunal para defender os seus direitos, casuisticamente, é uma violência.

      - Como também já me cansei de explicar, falo com conhecimento do meu caso pessoal, e do que me é relatado por pessoas conhecidas, que, tal como eu, são afectadas nos seus direitos de proprietários, habitantes, e pessoas. E lanço o repto: metam a mão na consciência, e parem de se esconder atrás de argumentos como "isto é só inveja" para refutarem as queixas. A culpa de haver tantas queixas vem da prática desresponsabilizadora de quem explora o AL.
      Tenho zero inveja: podia arrendar a minha casa facilmente e tirar um lucro brutal em relação ao que pago ao banco, até o suficiente para pagar uma prestação de outra (boa) casa no subúrbio, ou mais pequena em Lisboa. Ou até ir viver para uma segunda habitação, um bocado fora de mão mas que até está paga, veja lá. Mas não quero. Quero viver onde escolhi, em paz e sossego. E os titulares de AL não têm o direito de mo impedir.

      E essa "toda a gente" ficar a saber que minto? Olhe lá a noção, eu sou só uma blogger desconhecida, com um blog familiar. Vá pegar-se com alguém com mais peso, que aqui não há influencer nenhum. E não disse mentira nenhuma.

      Adeus.

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    9. P.S.: se o titular é uma empresa, vê-se no registo. Muitas são sociedades unipessoais, ou seja, de sócio único. Esse sócio único pode ser, e no caso pessoal de que falo é, uma empresa com sede em off-shore. A sociedade unipessoal pode ter sede em off-shore. E isto não se sabe por consulta do registo de AL, mas da certidão de registo comercial - que eu consultei. Ter sede em off-shore é uma prática muito mais comum do que se pensa, por evidentes facilidades e benefícios fiscais. Vê, quem é o inguinorante?

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    10. E faça o que entender, se apagar os seus comentários, já ninguém pode ler os seus brilhantes argumentos, neste espaço livre que é a internet. Que pena.

      E insisto: não lhe publico nem mais um. Já chega.

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    11. Izzie, só podem estar debaixo das pedrinhas à espera de uma oportunidade para surtar. Credo. Deus me livre de viver num prédio e estar a levar com o regabofe dos AL. Só não vê isto quem não quer, ou seja, quem quer que os outros aturem em seu benefício. Eu por muito menos ando doida com a quantidade de vizinhos meus que deixam os cães toda a noite nos jardins a ladrar, quanto mais. As pessoas estão muito pouco habituadas a respeitar o sossego dos outros.

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    12. Ui, cães a ladrar. Felizmente não sofro desse mal, mas é indecente, caramba. :/

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  14. "Donde, orgulhosamente: não contem comigo para me alojar via airbnb. Ne-ver. "

    Hum... nem no Louvre? Acho que a iniciativa que vai levar um sortud@ a passar uma noite no Louvre, numa parceria do Louvre com a airbnb, será caso para reconsiderar a posição acima assumida. Heim?

    E já agora... uns diazinhos na casa do Monet?

    https://www.voltaaomundo.pt/2019/04/23/esta-casa-de-claude-monet-esta-disponivel-para-alugar-no-airbnb-e-um-sonho/?utm_source=jn.pt&utm_medium=recomendadas&utm_campaign=afterArticle&_ga=2.100402841.688788677.1556183604-1932570913.1503563793

    E já agora, só como informação: há muitos AL que usam a plataforma booking e nem usam a airbnb, outros usam ambas, outros usam imensas (expedia, tripadvisor, etc).Não devemos confundir uma plataforma como é a airbnb com os locais para alojamento local, que podem estar nessa plataforma ou noutras. Pode, no entanto, constatar pela Booking (escolhendo a opção apartamentos, por ex, e a listagem não vai mostrar os outros tipos de alojamento como hóteis) que as classificações são, pelo menos cá em Portugal, bastante altas: geralmente acima de 9.

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    1. Ernesto, lamento informar que tenho um interesse abaixo de zero em pernoitar no Louvre. Do que me lembro não existem lá caminhas confortáveis, ou casas de banho com duche, ou privacidade... E à noite deve ser creepy. Já um dia inteiro só para mim, não dizia que não.

      E *suspiros* não confundo a plataforma com o negócio, é uma figura de estilo, sinédoque, google it. Assim como chamar xerox a uma fotocópia.

      Ainda bem que têm boas classificações. Se bem que desconfio que são mais devidas à pouca expectativa que o tipo de hóspedes tem. De facto um apartamento com cozinha e liberdade para fazerem o cagaçal que bem entenderem é cem vezes melhor que ficar num hostel.

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  15. Curiosa a sua interpretação e julgamento de todo um sector baseado num único caso que, pasmem-se as almas deste mundo, se aloja por baixo de si (salvo seja!). Em muitas realidades se assenta o alojamento local, ora no porquê, ora no como, da sua existência. Não digo que essa sua não seja real e que não se faça acompanhar de outras tantas situações similares. Também reais são outros alojamentos e seus enquadramentos existenciais. Talvez não acredite mas existem realmente proprietários que fazem a gestão completa e é essa a sua principal, e até única, fonte de rendimento. Que, ao contrário de si, têm reclamações dos hóspedes pelo barulho que os vizinhos fazem.
    Talvez não acredite mas existem muitos T2, por essa Lisboa fora, que albergam 7 pessoas, não apenas por uma noites, mas por meses ininterruptos, com rendas pagas mas não declaradas. Talvez não acredite mas existem hotéis e estabelecimentos de hotelaria que não compram a fornecedores locais e que contratam "empresas de limpeza cujas empregadas são tantas vezes trabalhadoras estrangeiras, a ganhar fortunas de €2 à hora".
    Acho curiosa essa sua forma de "sentir imensa pena" dos nativos que vivem nos sítios que quer visitar. Costuma-se dizer que "quem tem boca vai a Roma" talvez então, por princípio, quem tem pena não deva ir a lado nenhum.
    E se é verdade que muitas pessoas tratam o turismo por tu, não é menos verdade que tratem bem mais prosaicamente as pessoas e os lugares que visitam, respeitando essa "local experience" de ficar alojado numa casa tantas vezes decorada com artefactos locais, nacionais e onde podem experimentar e cozinhar o "ai que bons que são os produtos portugueses!". É tão verdade existirem essas alminhas que se alojam por baixo da sua santa casinha como aquelas alminhas que vêm como simples turistas, não sendo nem lixo nem pedantes. E agora continue comigo, porque vai sentido o que digo, são nem mais, nem menos, turistas como a Izzie! Perdoe-me o meu french e talvez não acredite mas que "los hay, hay!"
    A educação, tal como a xenofobia, não se compra, adquire-se! E tenho esperança que mude de opinião até pela possibilidade de conhecer realidades tão díspares daquela que descreve. Até porque o futuro à experiência pertence e o seu "ne-ver" também é um ever, basta só tirar o n!

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    1. Carla Manata, sente-se melhor, desabafou? Bom, não tenho muito tempo e estou a sacrificar o fim da minha hora de almoço, isto de ser escrevo de horários de um não-auto-emprego é uma chatice (estou a brincar, não tenho horário, mas tenho que fazer, leve o tempo que levar).

      Olhe, eu ali em cima fartei-me de perguntar a um seu correligionário, que insistia que não pagava tão mal como os hotéis, quanto ele pagava afinal às senhoras de limpeza, e não obtive resposta :/ Fiquei sem saber se pago pouco ou muito à minha. Estou a brincar, pago bem, 14 meses, férias, e ainda a vou aumentar este verão.

      Anyhoo, sim, tenho pena de quem vive em Veneza, Praga, Dubrovnik, Barcelona, só para mencionar os mais gritantes. Também tenho pena de mim, mas a avaliar pela fraca ocupação que se tem sentido este ano, aliada ao facto que já reduziram em €40 a diária, se calhar para o próximo já não tenho negócio de hospedagem de vândalos a incomodar-me.

      Por fim, que já vai longo, xenófoba é a mãezinha (vivo num bairro com muitos residentes imigrantes e, pasme-se, mil vezes estes que os arianos que lá se alojam); muitas felicidades e estimo que tenha muito bons hóspedes, saiba gerir o seu negócio em cumprimento da lei, civismo e decência, e consiga fazer dele boa fonte de rendimento.

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  16. Devido a uma elevada afluência de indivíduos cuja proveniência não consigo apurar, e cuja presença perturba o normal funcionamento do estabelecimento, será encerrada esta caixa de comentários.
    Já houve contraditório que chegue, muita saudinha e até.

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