terça-feira, 21 de julho de 2020

Entretanto




Na simpática vila balnear onde costumamos passar férias, e para onde rumámos no fim-de-semana na expectativa de uns dias descansados longe do inferno lisboeta, as pessoas baixaram o ficheiro "férias" sem o anexo "pandemia", e passeiam-se alegre e despreocupadamente sem máscara. Tudo bem que na praia não a usem - desde que respeitem as devidas e higiénicas distâncias, nada contra. Mas saem da praia sem, andam pela rua de cara ao fresco, passam umas pelas outras, conversam, convivem, enfim, vivem la vida loca sem paninho na boca e nariz. Apanhámos um camadão de nervos, tive várias vezes vontade de desatar a vociferar com estranhos na rua - mais valia, ao menos afastavam-se, que a loucura assusta mais que um vírus - e começamos a imaginar umas férias sui generis sem esplanada, com um único trajecto casa-praia-casa, zero sardinhas, nicles de pizza em forno de lenha, e muito sedoxil.

10 comentários:

  1. Vá, eu tb vim até uma vila balnear. Admito q tb n uso máscara p ir p a praia. Uso apenas se tiver de ir ao super, ou parar no café p comprar um gelado aos catraios. Naturalmente afasto-me o possível das pessoas na rua.
    Caracóis, encomendámos num café e comemos na esplanada da casa 😉

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olha que no fim de semana, onde estávamos, era impossível manter um metro de distância das pessoas com quem nos cruzámos, quanto mais... e tudo na maior, falando alegremente e expelindo suas gotículas de vapor de água para quem as apanhasse.
      Não quero ninguém a respirar em cima de mim, não quero respirar o ar expledido por ninguém. E isto das máscaras só resulta se toda a gente as usar no espaço público. Claro que há situações e situações, mas uma pessoa cruza-se constantemente com outras, e há sítios muito lotados

      Eliminar
  2. Estive no Algarve há quinze dias. Não havia pessoas, nem nos lembramos da pandemia.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acho que este ano, com medo da pandemia, as pessoas que ali na zona iam para outras paragens ficaram por perto.

      Eliminar
  3. E as pessoas q usam a máscara debaixo do queixo? E q nc desinfectam as mãos?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Filipa, e as que deixam o nariz de fora, as que puxam a máscara para o queixo para falar ao telemóvel... Não entendo. Felizmente ainda não vi disso no supermercado ou outro local fechado, acho que me passava.
      fora de casa, passo a vida a lavar as mãos (primeira coisa que faço quando chego ao trabalho, e desinfecto antes de sair do carro e colocar a máscara) e passar álcool gel. Não percebo este relaxe, começo a ter medo do inverno ou que depois do período de férias haja um aumento de casos

      Eliminar
  4. As pessoas acham que "já passou". Há dias chateei-me com uma amiga. Foms almoçar, e obviamente só tirei a máscara quando a comida estava na mesa à minha frente. Ela tirou a máscara mal se sentou, e falou com a empregada de mesa sem máscara, pelo que lhe chamei a atenção. Respondeu-me "mas se eu vou tirar a máscara para comer, é a mesma coisa!". Só que não é. A comer estamos eu e ela, em diagonal. A falar para a empregada está a expirar directamente para outra pessoa, que está de máscara, que não a protege mas nos protege a nós. Para além desse incidente, tenho assistido a situações absurdas (a máscara por baixo do nariz tornou-se moda), e tenho mais medo agora do que antes. Andam todos muito relaxados.

    Helena

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Os empregados de comércio estão muitíssimo expostos, há que respeitar. Ainda só fui almoçar fora duas ou três vezes, mas falo com os empregados de máscara, coitados, ninguém merece correr riscos e ainda ficar sem trabalho.

      Eliminar