quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Quem vê tevê e não sofre mais que nada

As outras pessoas, não sei; mas eu cá já elegi a melhor série de 2018: The Terror. Faltam três meses para me provarem que estou errada, força nisso, mas não creio.

De qualquer forma, se gostarem de cenas assim maizoumenos tensas, a roçar ou mesmo a mergulhar no weirdo, e não vos seja essencial um final totalmente esclarecedor, recomendo Castle Rock. Gostei. Ainda não sei se percebi alguma coisa, mas gostei.
Se fordes fãs absolutos de Stephen King, acho que têm mesmo de ver, aquilo está cheio de easter eggs que me mate me foi fazendo o favor de explicar, vá lá, além de imdb caseiro e sem acesso à net, faz também as vezes de explicador de literatura de suspense e terror à sua mais-que-tudo.

No entretanto, já anda todáááá net a embandeirar em arco com a série Sara, e tenho a declarar que sim senhora, já vi o piloto (e o bobby - esta piada paga direitos a mate -, foi episódio duplo), e sim senhora, têm freguesa. Se é a melhooooor coisa que já se fez cáááá e arredores, e aimedês que maravilha, ainda não sei, que só me pronuncio sobre o jantar depois de o comer, e não quando vejo a foto no insta. Até lavar dos cestos é vindima, e sou uma pessoazinha amarga e muito desconfiada de qualquer entusiasmo a cheirar a hipster. De qualquer forma, foi um prazer poder constatar, ao vivo e a cores, que o Albano Jerónimo, em querendo, sabe mesmo representar (até há atrasado só o tinha visto em - mau - piloto automático em pedaços de novelas); e um desprazer verificar que em Portugal se continua a fazer muito má captação de som em exteriores. Caneco, pá, vós que estudais para isso não sabeis por o som de fundo, o ruído envolvente, ou lá o que se chama (eu não estudei para isso) a não abafar a voz dos personagens? Chatice, pá, distrai imenso.

9 comentários:

  1. Um amigo meu brasileiro que trabalha em televisão queixava-se do mesmo em relação ao som.

    Ainda tenho de ver a Sara, mas a minha embirração é com a decoração. É sempre igual e feia.

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    1. Filipa, pois eu fiquei fascinada com o trabalho de cenário e adereços. Está ali um trabalhinho impressionante, de pormenor. As casas têm um ar vivido, de que quem lá está está há anos, e não o ar asséptico e impecável de cenários interiores de novelas, que mais fazem lembrar showrooms de lojas de móveis.
      (sou muito de pormenores, e até chega a ser ridículo, mas fiquei meio presa no facto de ela estar a fritar carapaus que chegavam para um jantar de pelo menos 4 pessoas, e não duas)

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    1. Sãozinha, a sério? Se tiveres vagar, explica porquê, gostava de saber. Gosto de perceber o que faz as pessoas divergir da minha opinião ;)

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    2. O motivo principal foi uma combinação de elevadas expetativas com achar uma valentíssima seca. Não achei aterrorizante, achei só chato, chato, chato, chato de tal maneira que ver cada episódio sim, era um terror e nem sequer vi o último. Aquilo tem tudo para eu gostar, ótimos atores, excelente fotografia, uma estória supimpa, mas se calhar era eu que não estava no estado de espírito certo. Um bocado como me aconteceu com o The Wailing, um filme de terror coreano que andava aí na berra como a melhor coisa do mundo e eu tive de me esforçar para acabar de ver aquilo, seca, seca, seca.

      Já agora, também não gostei do Sharp Objects. O livro é bom, a Amy é fantástica, a banda sonora impecável, mais uma vez, mas achei a série chata, confusa e pretensiosa.

      O Castle Rock vale mesmo a pena? Odiei as últimas adaptações do Stephen King (exceto o It) e já tinha posto de lado...

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    3. Percebo. De facto o ritmo era lento, muito lento. Mas, no meu caso, vinha acentuar o clima de inquietação e claustrofobia. E como dava espaço às personagens, cuja construção diálogos eram fantásticos, pronto, adorei. Mas compreendo o teu ponto de vista, aquilo não era para todos os dias, nós gravávamos e víamos quando estávamos com disposição, e nunca mais de um episódio seguido.

      Sharp objects não li nem vi.

      Castle Rock é, segundo percebi, baseado em personagens e ambientes do SK, e não num livro ou história. Pelo que o homem me foi contando, a vila Castle rock existe na obra do SK, tal como a prisão de Shawshank e outras personagens, mas derivam a partir daí. Não foi fácil "entrar", mas entretanto ganhámos o "vício". Se não te agarrar nos 2 primeiros episódios provavelmente não gostarás.

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  3. Já vi a Sara. Dispensava aquelas tretas espertinhas, mas a história parece boa. E sim, a decoração está muito realista e bem definida.

    O Terror tb não me convenceu. O vilão canibal parecia que estava a pensar que a sua interpretação lhe iria dar um prémio. O monstrinho não metia medo. Não consegui querer saber de nenhuma das personagens.

    Os Objectos Cortantes não me convenceu nem deixou de convencer.

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    1. O Sara tem umas tiradas para lá de espectaculares, e outras muito hipster, verdade :D

      Percebo as objecções ao The Terror. Pessoalmente, gostei muito do mau. E adorei o médico/ físico, a esquimó, o comandante, enfim. Se todos gostassem do amarelo, né?

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  4. Só o nome já me agrada, estou a pesquisar no imdb. Obrigada pela sugestão

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