quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Strange days have found us, and through their strange hours, we linger alone

Acho que ontem a minha mãe me fez um bruto elogio. Não daqueles tipo a minha rica filhinha é a mailinda / elegante / fofinha / criatura mais espectacular, mas daqueles que interessam mesmo. Acho, porque não tenho a certeza. Não temos muita prática nisto, nem uma como emissora, nem a outra como receptora. São muitos anos nos papéis de Mrs. Understated e Miss Designated Cuckoo-Bananas, nesta família.


8 comentários:

  1. não me digas que quando passavas de ano não tinhas direito a presente ou que quando tinhas boas notas não fazias mais do que a tua obrigação? ;)

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    1. Olha, tu também? Ena.
      (a cena dos presentes até concordo, não faz sentido dar prendinhas por ter boas notas. mas custava muito um sinal de entusiasmo por se tirar boas notas, hum?)

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    2. sim, mas não da parte da minha mãe, felizmente (um chega).
      dos presentes também não senti falta (aliás, só me comecei a aperceber de que isso existia quando, bem mais crescida, ouvia colegas falarem nisso e achava estranho, confesso), mas sempre achei aquela frase completamente escusada e, se queres que te diga, um bocado triste, para não dizer anti-pedagógica, mas enfim.

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    3. Sim, dá para passar a mesma ideia mas com uma frase mais amiga, acho eu.

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  2. "Estuda que para ti é". Frase lapidar e seca, durante 16 anos de estudos, que me ficou para sempre na memória. Hoje, sou uma mãe muito exigente, mas muito mais entusiasmada com as boas notas (que não precisam de ser excelentes). E sim, eu dou prendas. Se eu gosto de dar e ele gosta de receber...
    P.S. - Gosto mesmo do formato deste teu blogue e quando não conheço o título, vou sempre à procura. Paula.

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    1. Isto cada pai/mãe sabe de si, o que às vezes acontece é as prendas funcionarem como suborno. Quando era adolescente conheci uma fulana que sempre foi boa aluna, e nunca recebeu nada. O irmão era um estroina e fartava-se de facturar: se passares, oferecemos-te uma mota, e por aí fora... E isto é perverso. Agora demonstrar entusiasmo, dar um presente como recompensa, não me parece nada mal.
      P.S.: obrigada, Paula :)

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  3. Quando cheguei a casa depois de saber que tinha entrado na faculdade o meu pai diz-me da cozinha "não te vou pagar isso". Ás vezes digo-lhes meio a brincar meio a sério que fui criada por bichos.

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    1. Wow, Fuschia.
      (do dia da minha última oral, e em que me licenciei, pertantes, não guardo memória de alguém me ter parabenizado com um tom de voz sequer ligeiramente entusiasmado.)

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