sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Ah, a primeira vez!

A minha primeira vez a mascar uma pastilha de nicotina (como são profícuos em boas intenções, os primeiros dias do ano) e posso já adiantar que
- o prometido sabor a mentol acaba num instantinho;
- a boca sabe-me pior que se tivesse fumado um cigarro;
- estou li-gei-ra-men-te agoniada;
- e tenho a língua um nadica dormente.
Mas não fumei um cigarro.
E ainda bem, que só tenho dois e ainda pelo menos uma hora de trabalho.

[acho que vou antes experimentar os pensos de nicotina]
[alguém tem uso para 29 pastilhas de nicotina? novas! nunca usadas! estado impecável!]

12 comentários:

  1. Fumei 25 anos. Consegui deixar há uns 4 e pico anos mais ou menos, reduzindo ao teor de nicotina dos cigarros primeiro e depois à quantidade. Passei de 1mg para 0.6, depois 0.3, depois para slims e depois para slims 0.1, até que já não estava a fumar practicamente nada, 2 por dia - um a vir e outro a voltar do trabalho. Deixei sem me lembrar em que dia fumei o último. Numa primeira fase da redução fumas um pouco mais, mas depois habituas-te a fumar o mesmo (ou menos) em menores doses. Fases de maior stress na vida recomecas a fumar mais, mas rápido voltas ao "normal". Vinha uma constipação ou gripe e passava quase uma semana sem fumar e aproveitava para reduzir mais ou pouco. Demorou uns 3 anitos acho, aos altos e baixos mas sempre numa trajectoria descendente. E quando parei estava perfeitamente feliz, sem stress, sem engordar, sem notar ou me aperceber que parei... foi um processo lento e natural.

    Mudei de casa há pouco e encontrei a gaveta ainda com uma meia dúzia ou mais de maços de tabaco por enxertar. Tive sempre tabaco em casa... a ideia de "se me apetecer, está ali"... relaxava-me e esquecia o vício até.

    Antes disso já tinha tentado deixar (à séria) umas boas 3 ou 4 vezes. Com chichetes, com terapia, cold turkey, etc... sempre um stress danado. Tive uma fase de uns mesitos sem fumar (cometer uns delitos aqui ou ali) e foi o máximo que consegui. Agora nem consigo estar muito perto de fumadores, o cheiro incomoda-me.

    Força.

    Tentar vale sempre a pena. Sempre. Mesmo quando falha, estás um passo mais perto de encontrar a tua solução.

    Abraço


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  2. Olha, eu li o livro do Allen Carro e vi os vídeos do Joel Spitzer, e certo certo é que já lá vão catorze meses. Não sei como, resultou.

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  3. Força nisso!!!
    Fui fumadora durante anos (média de 10 a 20 cigarros/dia, em alturas de stress ia aos 20/30 por dia), deixei de fumar durante outros tantos, voltei a fumar mais uns anos e deixei novamente (acho que definitivamente desde há 3 anos e tal) e de entre as "técnicas" que utilizei, a que melhor resultou comigo foi a de não me privar do cigarro mas sim adiá-lo. Sempre que me apetecia fumar, sobretudo quando me apetecia MUITO, pensava se poderia aguentar mais 10 minutos, e depois mais 5 minutos, e assim por diante. E cortei com o café porque era quando mais me apetecia. Reintroduzi apenas quando me senti livre do vício.
    Entretanto confesso que durante um momento particularmente stressante há coisa de um ano atrás cravei um cigarro e... não me soube a nada. Pior que isso, não me ajudou a acalmar (coisa que acontecia no passado). E foi aqui que eu tive a certeza que não voltaria novamente a fumar.
    Espero que consigas também :)

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  4. Obrigda pelos comentários e pelos contributos :)
    Estou a testar hipóteses, porque não sou uma grande fumadora (máximo 10 por dia, só muito raramente ultrapasso), fumo por stress (e porque gosto do tabaco, verdade seja dita), mas isto não é vida.
    Pretendo ir reduzindo até parar naturalmente, mas uma ajudinha química (nicotina9 que me fizesse "esquecer" o cigarro não era mau.

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    1. Eu fumei durante 20 anos e, na maior parte do tempo, fumei entre 5 a 8 cigarros por dia. Desde que fui mãe passei a fumar um maço, e estava a custar-me horrores reduzir para a dose habitual. Por isso pensei, carago, se é para sofrer, deixo de vez. E eu fumava porque gostava...comecei a fumar sozinha, como uma totó...o que é certo é que os mitos todos que tinha na cabeça (nunca tinha tentado deixar), não se materializaram. Tenho noção de que não posso voltar a dar uma passa, porque se não nunca mais deixo.

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    2. Eu já fumo há mais de 20 anos, mas sempre mantive um consumo baixo, felizmente. Ao fim de semana e nas férias fumo mesmo muito pouco, menos de 5 por dia, às vezes só dois.
      Não consigo um cold turkey, já experimentei - daquelas situações em que estive sem fumar por estar doente, e achei que já agora largava de vez... foi sempre um fiasco! Apesar de conseguir ter dias em que só fumava dois cigarritos, depois do corte intencional não pensava em mais nada, ficava com os nervos em frangalhos.
      Bom, vamos ver como corre agora, tenho de me documentar (vou ver as referências que deixaste) e ter uma compensação qualquer, ou dou em doida.

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    3. Eu sempre que me apetecia fumar, nas duas primeiras semanas, ia ver um vídeo do Joel Spitzer ou ouvia música. Ouvia e dançava. Ajudou para caraças. Só engordei passado um ano e mesmo assim foram só três quilos...não compensei com nada...fui comprando coisas com o dinheiro dos maços...nem deixei de beber café, nem de vir à rua "fumar". Mas esta cena é muito pessoal...

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    4. Whatever works, é o que é. Cada um tem de encontrar o que funciona para si, ou quais os coping mechanisms melhores ;)

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  5. Respostas
    1. Na mesma, como a lesma. Ando pelos 8 diários, mas ainda não tive tempo de ir à farmácia aviar os patches...

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    2. Ontem - domingo - fumei um! Mas foi um dia muito atípico, estava enjoada ao máximo, dores do período, costas empenadas, enfim

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