sexta-feira, 29 de junho de 2018

Antigamente é que era bom, o caraças

Ai, ai, ai que vai fechar a Suiça! Ai, ai, ai que Lisboa perde mais um dos seus marcos! E?

Parece que sim, que há quem esteja ralado com esta ocorrência. Há até quem, decerto num exercício de rebuscada memória, fale no encerramento da "pastelaria" Suiça. Que o nome é esse, não contesto; mas pastelaria, ei, há limites para o saudosismo, o delírio, a saudade. Aquilo, senhores, e não é de ontem, era sim um pardieiro. Uma espelunca que faz favor. E atenção, nada contra espeluncas: alguns dos nossos mais tradicionais e queridos estabelecimentos vivem disso. Olha a Ginginha do Largo de São Domingos; olha aquela tasca na esquina da Rua da Misericórdia e o Camões, em que da montra se podia apreciar a bela sertã preta retinta com o molho de bifanas mais velho que eu, olha a outra na Praça do Chile (Ribeirão Preto?) com as sandes de ovo mai'rançosas de sempre. E quem não recorda com saudade a Ti'Alice em frente ao Frágil, onde se ia degustar o belo pontapé no genital feminino? Assumidamente e orgulhosamente espeluncas.

Mas a Suiça, uhuuu, com esplanadinha para a praça, empregadinhos fardados e de bandeja, mesinhas com toalha, a cobrar os tintins e cinco tostões por uma bica mal tirada, com um interior a precisar, já nem falo de uma remodelação profunda, ao menos uma limpeza esmerada, uma lixiviazinha ali não entrava há muito, aposto, a fazer fé no cheirete a sujo entranhado. A Suiça não era nada, e já há muitos anos, quanto mais ex libris da capital. Para além de uma tourist trap mal amanhada, para o pessoal nativo não servia mais que de ponto de encontro.

E não me entendam mal: se quiserem alguém para se zangar a valer com o lupanar em que se está a transformar a Baixa, contem comigo, que ia tendo um enfarte quando vi aquela disneylandia do enlatado, aquele tugúrio de neon enfeitado, que dá pelo nome de Mundo da Sardinha, ou lá o que é. Já nem falando das "lojas" de souvenires que abrem porta sim, porta sim, onde antes havia lojinhas bem catitas e fermosas. O coração até me falhou uns batimentos quando um dia topo com uma onde antes estava a Casa dos Carimbos, esta aqui:


Linda, linda, linda. Podiam ao menos ter deixado o letreiro, mas de certeza algum sortudo se afiambrou ao mesmo.

Está tudo a fechar, verdade. Nem vou entrar pelo assunto "lei do arrendamento", porque a minha opinião não é das mais simpáticas (não, os senhorios não são a santa casa da misericórdia e não, não têm obrigação de financiar comércio local ou tradicional, ou mesmo habitação, a preços que mal cobrem custos com IMI e seguros). É o que é, não é de hoje, é verdade que o assunto turismo está a ser muito mal gerido. Nada de novo. A habitual nacional-inoperância.

Mas depois, depois lembro-me daquela vez em que entrei na tal Casa dos Carimbos, que estava de porta aberta e balcão descerrado; vejo a senhora atrás do dito e lanço um "olhe, podia dizer-me o pre..." e logo recebo de volta um rosnado de "estamos fechados para almoço!". Ah, pronto. Sim senhora. Se me diz assim tão gentilmente, então volto depois - não voltei.

Semelhante aos semblantes generosos, sorridentes, hospitaleiros dos queridos anfitriões que nos atendiam na Suiça. E a Confeitaria Nacional, na altura do Natal? Credo, uma pessoa faz-se religiosa enquanto aguarda o Bolo Rei, que só uns valentes ai-jesus nos aliviam, enquanto assistimos ao bailado lento das senhoras atrás do balcão, algumas até perdidas a olhar para o infinito, decerto ocupadas a matutar nos grandes segredos do universo.

E a gentileza, prontidão, solicitude com que somos atendidos em alguns dos (aliás lindos, lindos) estabelecimentos de retrosaria na Rua da Conceição? Não devem ter ouvido falar da feroz e eficaz concorrência da Retrosaria Zora, preços mais em conta, stocks gigantes, sempre alguma funcionária pronta a atender, e por acaso em locais com estacionamento grátis? E nem me recordem a minha última excursão à Baixa por via de lãs, credo, Brancal, Serranofil, antes encomendar na net, ou, fazendo de phyna, gastar mais no ECI.

Verdade, verdade, há muitos doutores com pressa em desligar a máquina; mas a crua realidade é que o comércio antigo e tradicional da Baixa já há muito que estava acamado, algaliado, agonizando apesar dos cuidados paliativos. Morre de velho, de caduco. É triste, é. Há alternativas mais frescas, mais apelativas, mais simpáticas, mais em conta. Mas, mesmo a receber a extrema unção, aqueles pobres anciãos insistem-se vítimas dos tempos, queixam-se de que ninguém os ampara, ninguém lhes dá a mão, e juram que morrem por abandono e descaso.

'Tá bem, abelha. Quem não vos conheça, adiante.

35 comentários:

  1. A última vez que fui à Baixa para fazer compras vim de lá a desejar-lhes piolhos naquelas cabeças para se coçarem. A má educação e má vontade ao estilo "não me apetece trabalhar e estou a fazer-te o favor de levares a minha muito preciosa e rica mercadoria" foi uma quase constante, ao ponto de sair disparada de uma das retrosarias. Precisavam de se actualizar, educar e outras coisas mais. Não foi o turismo nem a lei dos arrendamentos que matou o comércio da Baixa, foram os próprios comerciantes.

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    1. Mac, eu desisti daquelas retrosarias. Enchi o saco. Quando queria alguma coisa muito específica era lá que ia, afinal só em botões tinha imensa escolha numa só rua. Mas uma pessoa cansa-se de ser invisível ou motivo de enfado para suas excelências. A Zora não é má, e até no corte inglès vendem mais barato que na Baixa.
      E de facto não é só nas retrosarias...

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  2. Isso é bem verdade. Eu no fundo só tenho pena é q a malta mais nova e fresca n pegue naquelas lojas (ainda q com coisas novas e diferentes).
    E que as cadeias de lojas de centro comercial n se instalem na rua. Odeio centros comerciais....mas bem sei q a malta curte é ir passear para lá e q na rua tá frio/chuva/calor/sol/vento....uma pena

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    1. Me, também odeio centros comerciais, só lá vou em último recurso. Já não ia ao colombo há uns dois ou três anos, só em desespero lá fui.
      Gosto muito de ir às compras na rua, seja alvalade, avenida de roma, baixa. Mas muitas lojas só abrem ao sábado de manhã, por exemplo.

      Na minha zona um tipo novo pegou na loja de malhas do avô, e deu-lhe uma volta bem boa. Sou freguesa do Armazém das Malhas, e aconselho: coisas boas, fabrico português. E bom atendimento.

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    2. Eu acho q há tanto negócio com potencial.
      Sim, infelizmente tenho de ir aos CC mais vezes, mas sp q posso vou antes à baixa.

      E sim, tb adoro isso do comércio local. Queixam-se, mas depois fecham nos horários/dias que a malta pode ir...

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  3. O ideal seria espaços que nos servissem, mas actualizados. Para começar, bombas nos espaços de comida saudável e paleo. Depois, bombas nas espeluncas que descreveste. Bombas nos restaurantes que levam 20 euros por sopas. Bombas nas lojas de lembranças importadas da China. As velas do Loreto e a Bénard sobrevivem :D.

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    1. Filipa, oh, mas há espeluncas que fazem parte, e que deviam ser estimadas e preservadas :D Agora estabelecimentos a viver só da história e prestígio de antigamente, bof. Aqui há tempos entrei na Casa Chineza (com z, como está no letreiro), era hora do lanche e deu-me a saudade dos sonhos com calda que ia lá comer com a minha mãe, nas nossas idas à Baixa. Que desilusão. Aquilo parou no tempo, está feio, com ar sujo e ultrapassado - e a montra de pastelaria dava dó.
      A Bénard tem uns croissant muito bons, sim senhora, mas já está completamente assimilada pelo turismo :/

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  4. Há que tempos que falo dos horários do comércio tradicional!
    Perto de minha casa há de tudo: mercearias, talhos, frutarias, peixaria, farmácia, cabeleireiros, lavandaria, dorgaria.
    Fora a farmácia (que é daquelas 24h/7 dias) e a peixaria (que está aberta ao sábado à tarde) não há hipótese nenhuma de eu ser cliente destas lojas/estabelecimentos: abrir às 9h00 e fechar às 19h00 com 2 horas(!) de almoço, só dá para velhos e desempregados que são, como toda a gente sabe, quem tem mais poder de compra.
    No outro dia precisava de diluente, andei que andei a tentar chegar a tempo para comprar o dito na drogaria perto de casa. Não tive hipótese, tive que ir ao AKI.
    Lembro-me que, de todas as vezes que havia manifestações do comércio tradicional contra as grandes superficies eu me perguntava porque é que estas alminhas não propõem horários alargados? Porque é que não abrem à hora do almoço?

    (E bem, já não comento a "simpatia"...)

    Dulce / Porto

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    1. Dulce, acho que toda a gente que trabalha tem o mesmo problema: saio de casa está tudo fechado; chego a casa e ou está fechado ou está a fechar. Não me vale muito ter tudo quase à porta, não. Sábado de manhã lá se faz o sacrifício de acordar (mais) cedo, ou puf.

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    2. Para te ser franca Dulce, o que me parece mal é as grandes superficies estarem abertas tantas horas e as pessoas acharem normal trabalhar 12 horas por dia. Vejo o exemplo aqui no UK, às 5 está tudo a sair to trabalho e o comércio tradicional fecha as 6 ou 7, e os supers (de cidade, pequenos) as 8.o comércio tradicional tb está aberto aos sab e domingos e as grandes superficiea aos domingos so podem estar abertas no max 6horas.

      As pessoas trabalham 7 ou 8 horas por dia mas com os minutos contados. Nao há reuniões de 2horas em que metade dos chefões chegam 40min atrasados, vai das 9:00 às 9:55 para se poder arrumar as mesas pq o grupo seguinte a usar a sala para reunir quer começar as 10 em ponto tb.

      E toda a gente tem tempo para ir buscar os putos à escola, fazer jantar, e às 7;30 já estão jantados e com os miudos na cama. Os teatros e os concertos começam as 7, ou na loucura 7:30, e as 11 ja estão em casa a ir para a cama, o que dá para ter uma vida social (family permitting) todos os dias da semana.

      O que está em crise e a fechar aqui são exactamente as grandes superfícies, por causa da concorrência dos produtos online para quem quer coisas em massa, e tradicionais para quem quer algo diferente. A house of fraser vai fechar a maioria das lojas, a debehams tb, a M&S Está com sérios problemas, a toys'r'us já faliu, o IKEA vai reduzir e mudar o comércio para online, etc. E cada vez há mais restaurantes e cafezinhos a oferecer brunches e pinderiquices, mobília reciclada, vinyl, roupa para gente de mamas grandes, lojas de sapatos ortopédicos, loja de cadeiras para corrigir postura, loja de chás exóticos... tanta coisa diversificada!

      Gosto muito de Portugal, sou alma muito tuga, mas os portugueses podiam aprender muito com os nórdicos a ser mais eficientes.

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    3. AEnima, tens razão. Nós estamos tão impregnados desta cultura de sair do trabalho às sete da tarde que fazemos com que o resto "viva" em função disso. Não sei se é cultural, ou de quem é a culpa - acho que se calhar do excesso de trabalho que todos temos, é mal comum, poucas são as pessoas que se conseguem "despachar" numa jornada de sete, oito horas, e de facto as chefias, ou quem organiza a distribuição de trabalho não é muito eficiente.

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    4. Ninguém é eficiente a trabalhar 10 / 12 horas por dia. E não vale a pena fazer almoços curtos se o trabalho vai caindo e sair a horas é motivo para apontar o dedo.

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    5. Fuschia, pois não. Mas por cá continua a ser mal visto sair a horas. Muita gente passa mais tempo a encanar a perna à rã, a fazer render o peixe, que a trabalhar por isso mesmo. É uma questão cultural, e tem muito a ver com más chefias. Me mate é um bocado feroz nisso de sair a horas, e nem fazes ideia do que é criticado e até alvo de tratamento discriminatório ou até malcriado por isso.

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    6. E' isso mesmo... a cultura do "quanto mais horas demorar melhor empregado e'" atrasa muito a vida economica e social portuguesa. Aqui ha mais a cultura de usar todos os minutos para trabalhar (e nao estar a perder tempo como eu a comentar um blog), para poder sair cedo. Tambem andamos todos exarcebados de trabalho, mas sabemos que e' para ser feito das 9 as 5... 6 nos dias maus. Tambem se trabalha muito em casa, verdade, chego ao trabalho ja com os emails todos respondidos no autocarro, e 'a noite ainda vejo mais uns quantos para adiantar servico, mas quem nao o faz, nao e' penalizado, antes exaltado por conseguir nao ter que o fazer.

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    7. Havia tanto para se dizer nisto dos horários. Mas é mm verdade, esta questão cultural em portugal... (acho q é cultural, embora seja cultura recente, foi, na minha opinião, assimilada mto rapidamente)
      Aenima tem mta razão no q diz.

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    8. E assumo a minha culpa de pensar da mm forma q a maioria...

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    9. Me, a verdade é que como é esperado que se passe muito tempo no trabalho, as pessoas habituam-se...

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  5. Não fosse eu de ideias fixas (teimosinha que só visto) e já tinha deixado de ir às compras na Baixa há mais de 8 anos.
    Num brilhante dia de férias tinha eu 3 objectivos (acessório para a batedeira, espreitar a durbel com malas em promoção e finalmente comprar um canivete suíço para o afilhado adolescente), levei um com um extasiante “tem aqui o telefone do distribuidor, ligue para lá” na pollux, um rosnante “as malas estão todas marcadas” na durbel e um não menos fulgoroso “temos o que está exposto” na Casa Policarpo. Enfunada e a soltar fogo pelas ventas rumei aos espanhóis que não só me resolveram os objectivos como quase me levaram ao colo às ditas cujas secções.
    No que à Suiça concerne tenho plena consciência que vivem à custa do nome mas confesso que as lágrimas são de sangue, quando me lembro dos Esquimós e Tíbias
    Teimosia à parte insisto na Manteigaria Silva (salivar sff) na Pereira da Conceição (cevadinha moída na hora que a pessoa com dna antigo é hipertensa e não pode abusar do café e as companheiras bolachas araruta e outras variedades a peso) Velas do Loreto (gosto de ter a casa aconchegada e com cheirinho do bom) Ervanária Rossil (o verdadeiro detox) e o meu guilty pleasure dos últimos tempos que é o Martim Moniz.

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    1. Lá está, Vanda: acham que nos fazem um grande favor, e com muito enfado.
      Tive de ir googlar a manteigaria, que não conhecia, ainda por cima numa rua onde passo tanto. Agora tenho de lá entrar :P
      Gosto muito do Martim Moniz. Está pejado de lojas chinesas, mas ainda se encontra coisas giras. E agora há pelo menos dois supermercados chineses, para quem gosta dessas aventuras culinárias ;)

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    2. A manteigaria silva é um clássico, sempre foi lá que a familia comprava o bacalhau e restantes vitualhas, não falho. No ramo outras aventuras do Martim Moniz existem ainda as lojas indianas com especiarias divinais e no que toca às artes da agulha e didal e bjuteiras as lojas dos chineses são "o" mundo. A moda pois, temos pena mas dá para tema de conversa nas esplanadas. Pelo MM o pessoal não se compadece com a Lex trabalhistica do nosso jardim e trabalha ao sábado à tarde e a durante a semana até às 8h. Compras e esplanadas a céu aberto the perfect mix.

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    3. Vanda, também já comprei bijus giras num indiano, e quando as fazia comprava muita peça nos chineses.
      As esplanadas são bem simpáticas, mas o que ainda não fui experimentar, e toda a gente fala maravilhas, é o Pho na Rua do Benformoso.

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    4. Esse e o chinês clandestino (muito recomendado pela sobrinhada boémia) já constam da Bucket list de moi même. A ver se despacho a coisa ainda este Verão. Lá pelo meio da praça existe uma cabana de massagens que me fascina :)

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    5. Ah, o famoso chinês clandestino, que nunca soube exactamente onde é. Bom, se for como o da António Pedro, dispenso, aquilo é demasiado "alternativo" para o meu estômago. Mas ouvi falar de um no topo do centro comercial amarelo, que supostamente é muito bom.
      Há muita coisa na minha lista... o Mezze, por exemplo, onde ainda nãop fomos.

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  6. AEnima, estamos de acordo. Eu não sou pró-grandes superficies e até fico irritada quando sou mesmo obrigada a ir a um centro commercial. Será, talvez, por isso, que para determinados produtos (olha, livros, por exemplo) recorro às lojas online.Aqui no Porto já não há livrarias fora dos centros comerciais.

    O que eu quis dizer com "horário alargado" era fazer com que o horário com comércio não fosse coincidente com o horário de trabalho da maioria da população ativa.

    Por exemplo, já há lojas em Madrid que abrem às 12h00/13h00 e fecham às 19/20h00. São 7 horas de trabalho mas em horário abrangente.

    Dou-te outro exemplo: há 30 anos (há 30 anos!!!) trabalhava eu numa loja Foto Sport da Kodak e a loja abria das 8h00 às 20h00. Éramos 3 funcionárias que trabalhavam em turnos rotativos de 7 horas. A maior parte dos clients aparecia das 8h00-9h30 e das 18h30-20h00.

    Portanto, estou completamente de acordo contigo e acho que aqui em Portugal havia que adotar-se o que dizes no primeiro parágrafo do teu comentário.

    Mas, tal como diz a Izzie, ui!, a cultura do não sair a horas...

    Dulce/Porto

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    1. Dulce, a mim, o que mais aborrece, é fecharem ao sábado de tarde. Porque sou uma calona e apanharem-me pronta a ir à rua antes do meio dia, ao sábado, é uma sorte :P

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    2. Pois, uma coisa boa do comercio tradicional aqui e' que esta aberto sabado todo o dia e Domingo tambem, mas menos horas ao Domingo. E o staff vai rodando. Nao ha tantos centros comerciais, nem estes sao tao gigantes como se vem ai' e o pessoal nao lhe sente a falta, muito menos do transito que se acumula ao redor desses colossos em Portugal, que quando tenho que visitar uma amiga na senhora da hora penso sempre mil e uma estrategias para vir ela ter comigo que nem consigo enfrentar as filas 'a volta dos produtos estrela. Um stress.

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    3. AEnima, o que eu gosto mesmo são áreas comerciais, na rua. Os centros comerciais gigantes podem dar muito jeito porque se matam vários coelhos de uma cajadada, mas é uma seca lá ir. A luz artificial, o ar enlatado, horrores de gente. Mas por cá só as lojas de vestuário, e nem todas, costumam abrir sábado todo o dia.
      Cá por mim adoro fazer as compras do dia a dia perto de casa, em vez de ter de ir para o hipermercado. Tenho a opção do lidl, minipreço ou loja auchan, que já dá um jeitão.
      Livrarias e outras é que é pior: a Bertrand, por exemplo, anda a fixar-se muito nos centros comerciais. Há uma na avenida de Roma, que fecha ao domingo. E a do Chiado, fui lá há uns 15 dias, está pejada de turistas: deve aparecer nos guias como sendo a livraria mais antiga da Europa, e é vê-los a cirandar e a tirar selfies :/

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    4. Eu sou phyna e admito que gosto ECI, onde há o único supermercado em que entro :D. Também gosto muito do novo piso 7 e do bolo de chocolate da Landeau. E dos crepes da Godiva :D.

      Não amo a Bertrand do Chiado, mas dá-me jeito lá ir. Gosto muito do online, mas parece que me sinto meio alienada.

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    5. Filipa, o único? Caramba, mesmo phyna, que é muito bom, que é, mas caro , que ó. Também gosto do bolinho da Landeau. Não gosto é da ideia de subir ao sétimo piso do ECI, canseira. Ainda não fui lá desde que o remodelaram, grande falha

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  7. É mesmo porque acho o tamanho ideal. Os outros são muito grandes e o PD da minha zona é um pouco desleixado. E também gosto da apresentação dos produtos. Não noto jma diferença muito sifnificativa nos preços, mas também não compro muito.

    Por exemplo, no 7 andar os crepes da godiva são mais baratos do que im crepe na HD e um bolo da Alcoa é mais barato do que na Bénard. E mesmo no clube do Gourmet tens cncocolates a 3.50. Mesmo uma tablete da neuhaus,que é a marca mais cara que têm, é mais barata do que uma tablete no Equador. As do equador são 9 euros ou 18 euros e as da neuhaus são 5. A única coisa cujos preço é algo absurdo são as pipocas e etc dentro do cinema, mas os cinemas pertencem a um grupo, pelo que nem sequer se podem considerar como sendo do ECI.

    Já a secção de bricolage não se compara com a dos especializados. Nem tem vedações de ocultação de ocultação nem coisa nenhuma :D.

    Muito sinceramente, acho que a fama de mais caro se deve aos produtos efectivamente caros, mas esses são caros em qualquer lugar.

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    1. Filipa, aqui entre nós, eu compro muita roupa no ECI, porque tem muita escolha. E também comprava sapatos, mas ultimamente não têm nada que me tente. Porquê? Multimarcas. Uma pessoa escolhe, prova, e pronto. E depois de conhecer os expositores, já não vamos apanhar desgostos aos mais caros. E tem saldos muito bons, nos últimos dias chega a 70%.
      Já não ia lá ver roupa há muito tempo e fiquei com um desgosto porque já não tem decénio ou adolfo dominguez, mas pronto.

      No super nunca me aventurei, porque na minha zona tenho lidl e auchan, e quando quero detergentes vou ao continente de telheiras (o do colombo é gigante e perco-me, tal como os jumbo dos alegro).

      A livraria é meh, mas já lá comprei cadernos ambar mais baratos que no continente. A retrosaria é razoável. A bricolage nunca visitei porque sou uma pessoa de leroy merlin (e aki para desenrasque).

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  8. Ontem, ao descer as escadas rolantes, vi camisas de senhora a 10 euros :D.

    Mas é mesmo isso. Se queres gastar milhares de euros, podes. Se não quiseres, tens tudo o que é normal nos outros locais e algumas coisas um pouco diferentes.

    Por ideologia, evito o Continente e não gosto de centros como o Colombo ou Vasco da Gama. Perto de mim, só o Aki :D.

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    1. Odeio profundamente, visceralmente, tanto o colombo como o vasco da gama. Aquilo causa claustrofobia, não sei como há quem aguente. Prefiro ir ao alegro, qualquer deles, que sempre são mais arejados, e quando tem de ser.
      Mas há imensa gente que tem fobia ou asco ao ECI, principalmente ao estacionamento ;) E sim, há de tudo. Têm marcas muito em conta, médias, mais puxadotas que em saldo sim senhora. E só me dispo uma vez :D

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    2. O estacionamento é algo tenebroso, mas eu vou normalmente de metro ou táxi (não conduzo), por isso evito-o.

      Esse asco é o mesmo que um amigo tem ao mercado da ribeira: um dia, depois de se perder 30 minutos a decidir onde é que ele queria almoçar (ai, sou vegetariano, ai, aquele é caro, ai, aquele é longe), sugeri o mercado. Não amo, detesto a turistada, mas, àquela hora estava vazio, não havia muitos turistas, estava perto e tem opções para todos os bolsos.

      O meu amigo respondeu-me: que horror, está cheio de betos. Foda-se a sério? Respondi que os betos não eram canibais :/.



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    3. A rampa de estacionamento não me faz muita confusão, mas evito levar carro, é mais uma chatice. E posso ir a pé do trabalho, nos dias em que me apetece caminhar um pouco.
      É incrível, eu sei, mas ainda não fui ao Mercado. Só me dá jeito ao fim de semana, e nesses dias deve estar a abarrotar

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