Temos bilhetes para The Divine Comedy e Iron Maiden; pelo meio o espectáculo da Joana Marques, e só não avancei à maluca para Lacuna Coil e Jinjer (este era mais para me mate, que ele adora muito) porque o LAV não tem lugares geriátricos, i.e., sentados. Nunca fui fã, mas me mate contaminou-me com os metais pesados: desde o primeiro - nem calhando, Ozzy Osborne - viciei-me. Não sei se alguém não iniciado acreditará, mas o ambiente é óptimo, tipo, wholesome as fuck. Claro que se uma pessoa vai para muito perto do palco, arrisca um mosh pit (até agora não assisti a nenum), mas, de resto, tranquilo. Cada um na sua e, mais giro, famílias inteiras. Iep, vi putos ali a partir dos oito, alegremente no headbanging, e até um mais pequeno às cavalitas do (presumo que) pai tanto no Ozzy como nos Moonspell, com aqueles fones de protecção, coija mai fofa. E muita, muita miúda nova. Moonspell e Ghost pareciam uma festa de raparigas, e das mais variadas idades; algumas com os pais ou um dos pais, e muitas por lá largadas, no maior à vontade. Em Ghost, a maior surpresa: uma moça perto dos trinta e poucos, vinte e muitos, com uma velhotinha. Mesmo velhota, upa dos sessenta e muitos, bélha sou eu, e da minha idade também havia muitas. Sinceramente, em termos de concertos, são daqueles onde mais segura me senti. Como disse wholesome as fuck.
*[E valha-nos estas piquenas distrações para nos conseguirmos esquecer que, enquanto a esquerda anda entretida a produzir e encenar pecinhas de teatro em que mimam a jornada do herói mítico, cruzando águas turbulentas e enfrentando tormentas, para salvar o pobre oprimido, o calcado, o que seria dele sem estes virtuosos e bons heróis, o Trumpas conseguiu um acordo de cessar fogo, a promessa de libertação de todos os reféns, e o compromisso (vá, sugeriu-lhes peremptoriamente) que os países árabes da vizinhança vão bancar o prejuízo da reconstrução. Tornando politicamente possível, com a paz, a queda de Netanyahu, que já tarda. E eu estou muito aturdida com esta nova realidade, e no domingo vou fazer o que posso, ainda que só pela minha cidade, embora nenhum dos partidos à esquerda mereça o meu voto, mas a Alexandra é moça do meu curso, e sempre a tive por muito inteligente, competente, determinada, e preciso de ter fé em alguma coisa e em alguém.]
Boa reflexão civil ;) por aí nas redes ontem e hoje continuam os cidadãos não filiados a fazer o que podem cada um pela brasa de sua sardinha. Que os santinhos de todos os mares já antes navegados nos acudam e nos dêem paz de espírito para um soninho sereno hoje, amanhã e pelos próximos 4 anos (ósdepois logo se vê como resolver), Ámen.
ResponderEliminarPor outro lado, é um bocado esquisito que ao cessar de hostilidades pela trumpista mão (em tempo de apagão governamental nos USA, não esquecer) se tenha seguido o anúncio das (de novo!) tarifas à China por causa dos metais raros.
ResponderEliminarCirco. E este de inofensivo não tem nada.
Olha, autárquicas, estamos conversados, calhou cocó.
ResponderEliminarO Trump e o pessoal que o rodeia é perigosíssimo. Acho que toda a gente de esquerda e centro moderado tem essa noção. Mas é esta mesma esquerda e centro moderado (amorfos, comatosos) que tornaram possível a sua eleição.
Esperam-se tempos interessantes, mas não do tipo interessante-bom.