sexta-feira, 14 de junho de 2019

Há quanto tempo não alinha numa boa teoria de conspiração?

Por mim falo, nunca; mas ele há dias em que a realidade me assoberba e (quase) cedo ao menor denominador comum, alinho os neurónios por baixo e zás, sai-me a parvoeira. A última que me vem agastando e tomando forma é de que a Câmara Municipal de Lisboa foi toda tomada por uma seita de odiadores de lisboetas e, secretamente - ou nem tanto, tururu, música dos X Files - anda a dar o tudo por tudo para que os lisboetas desistam de o ser, e abalem de vez para o subúrbio, o campo, ou um asilo de loucos. Novamente, por mim falo: ele há dias em que a tentação é grande, a de por uma tabuleta à porta, agrafar uns valentes cobres e ir para outras paragens. Onde também iria ter de desembolsar uns valentes cobres por uma habitação equivalente (a loucura imobiliária já se alastrou por toda a grande Lisboa, e não estou - não estamos - nessa de mudar radicalmente de vida), passar outras valentes horas no trânsito. Abdicar, enfim, da vida que escolhi, dos quinze, vinte minutos de trajecto casa-trabalho-casa, do verde nas traseiras, do metro ali perto, do bairro que tem tudo, do luxo de (querendo) ir à Baixa ou Alvalade a pé (conta como exercício, e de borla), Feira da Ladra ao sábado de manhã e almoço de peixe grelhado do bom, fresquinho, numa tasca ainda não muito conhecida mas onde já nos conhecem, e onde os portugueses ainda fazem a grande maioria dos comensais. Dos passeios de eléctrico já abdiquei há muito, nem no inverno se consegue uma viagem agradável; aflige, para além das multidões de turistas, a sua rudeza, ninguém diria que são oriundos, na maior parte, dos tão afamados países nórdicos hipercivilizados, mas onde pelos vistos também sabem ignorar uma mulher grávida e com um pequenito pela mão, uma idosa que mal se tem de pé, São Turista no seu lugar sentado, como se de uma conquista intocável se tratasse. Chiado e Baixa no verão, só se tiver mesmo de ser; e durante os Santos, se possível, sair - este ano não deu, mas por obra e graça meteorológica o vento não favoreceu o banzé, e apenas os selvagens brit no airbnb nos estragaram o feriado. Apenas, diz ela já quase conformada, quando a verdade é que, quanto mais turistas ingleses lhe calham ao caminho, mais cai no furioso e revanchista desejo que lhes saia o Boris e um hard brexit na rifa, a ver se levam o tratamento e afastamento que merecem (depois arrependo-me, mas só um bocadinho, por todos os nossos que lá fazem vida).

E como se encaixa a CML nisto tudo, ora, é a economia, Izzie Maria da Conceição, habitua-te, está a entrar dinheiro, aguenta e não chora, quem está mal que se mude. Sim, sim. Então não. Só que não.

A CML, essa, deixou de fazer parte da solução, e parece querer fazer parte do problema, abdicando de exercer os seus deveres de defender a cidade e quem cá vive. A CML está como aqueles polícias que vêem roubar e nada fazem, é o que é. A CML bate palminhas ao dinheiro que entra, mas não se percebe muito bem o que faz com ele, que as papeleiras abarrotam e têm pilhas de lixo na base, as eco-ilhas idem aspas, o chão mete nojo, os tags alastram (até a minha zona, tantos anos virgem, já serve de pasto ao c@br@o do geco e outros tantos anónimos), o lixo dos alojamentos empilha-se à porta dos prédios, sem ser separado. Autuações, fiscalização?, cá agora. A CML, agora gestora da carris, e querendo ser também gestora do metro, não reforça carreiras, nem batalha por reforço de comboios. A CML e a sua polícia municipal faz vista grossa a infracções de ruído de vizinhança, desvaloriza, que tenhamos um bocadinho de paciência, falemos com eles, afinal se os turistas vêm para cá para se encabrar durante toda a estadia, ao som de colunas portáteis que incomodam toda a vizinhança e a impedem de também aproveitar varandas ou pátios, os incomodados que tentem resolver - e o giro que é, (tentar) falar civilizadamente com ingleses ou alemães grandes que nem postes e embrutecidos de grades e grades. E o ruído de vizinhança nem é o pior, embora seja o que mais me aflige. Mas há que ser justo, há o resto, e o resto é de doidos. É que hoje em dia, a avaliar pelo pouco que vejo (e o muito que passei a ver, num grupo sobre o problema no feicebuque, e me deixou verdadeiramente chocada) a CML emite licenças especiais de ruído como se estivessem em saldo. Bailaricos e festarolas, com música ao vivo ou gravada, amplificada, e transmitida por potentes PA? Vale, afinal é o mês das festas, yay, e somos um povo bonacheirão e folião. Obras ao fim-de-semana? Vale, afinal a reabilitação urbana é tão necessária (que é), e ali vai nascer um novo hotel para termos mais turistada, yay, queremos mais eurotostão a pingar, e que se lixe se o martelo pneumático a britar em full power incomoda tanto o habitante como o turista. Barcos de cruzeiro que parecem blocos de prédios, atracados no porto e com música noite fora? Qual o problema, francamente, turista, eurotostão, etc, é o mercado, a economia, tal como também deve ser o mercado e a economia o horror de poluição que estas embarcações cá deixam.

Enfim. Em cima de tudo isto, um regulamento de alojamento local que tarda em aparecer, coroando decerto uma lei que, na prática, por falta de meios (e quiçá vontade) de fiscalização já deixa os habitantes na base da cadeia alimentar, mercê da mercantilização predatória do alojamento baratinho.

Como lisboeta, aqui nascida e aqui retornada após uma infância e adolescência nos subúrbios, sinto-me tratada como uma excrescência, um incómodo, um estorvo. Que esta cidade já não é para mim nem para os muitos que, com algum sacrifício, aqui compraram ou arrendaram habitação, e aqui desejavam permanecer. Que mais valia ir para longe, fazer o trajecto de ida e vinda apenas para trabalhar, deixando mais espaço e à-vontade para quem nos visita. Como lisboeta sinto-me mal amada, muitas vezes mal tratada, posta em segundo plano. Sinto-me triste, desmoralizada.
Já como cidadã dotada de um intenso mau feitio e personalidade teimosona, sinto-me tomada de um sério espírito de contradição, uma feroz vontade de resistência. Não passarão, carago, não passarão. Como os irredutíveis gauleses, resistir. Até quando, essa é a questão. Que uma pessoa é de ideias fixas, mas não é super.




21 comentários:

  1. Sempre que vou a Lisboa nos últimos anos é aos de-repentes, pelo que não tinha noção da dimensão do problema. Sim senhora, é bonito ver a cidade dinâmica e cheia de vida - mas não se acaba por ser transformada num parque de diversões gigante para o pessoal do norte europeu. (Mas ei, não se deseja um Boris ou um hard Brexit nem ao pior inimigo :'( )

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    1. Para quem cá vem de fugida é natural que não se aperceba. Mas para quem vive, ou simplesmente trabalha, a situação do lixo e sobrelotação dos transportes já é tema há algum tempo.
      Lisboa sempre teve turismo q.b. Quando fui viver para a minha actual zona de residência já havia hotéis e hostels nas proximidades, mas nada que se assemelhe à situação actual. E os serviços não querem ou não sabem responder. O aumento das rendas já expulsou imensa gente, e não falo das actualizações de rendas antigas mas uma renda de um T3 passar de €700 para €1.200, por exemplo. O preço das casas é impossível, acho que hoje em dia não teria condições para comprar a minha, e ali bem perto estão a construir um condomínio onde os T3 estão entre os €700.000 e €800.000, e os T2 passam os €600.000. Juro que não sei quem compra, mas que los hay...

      Cada vez é mais desgastante, cara e incomodativa a vida em Lisboa. O meu bairro era um sítio central, com imensos serviços e sossegado, agora nem tenho palavras. Mete dó.

      (e estava meio a brincar com o Boris - os turistas ingleses são, de longe, os mais arruaceiros - mas olha que para lá se caminha hein? que salsada...)

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    2. Caramba, esse mercado imobiliário está um caos. Acho que as cidades foram apanhadas desprevenidas com o boom dos Airbnbs e afins. E juntando a isso a abertura do mercado nacional às low-costs aéreas fica um cocktail jeitoso. Barcelona foi a primeira a quebrar; pode ser que experimentem por lá soluções que possam ser implementadas em Lisboa.

      No caso dos serviços não darem vazão, pois, isso já é culpa inteirinha do governo local que não os sabe gerir. Não é só abrir as portas a multidões de turistas e agradecer os euros extra.

      E já agora que falas dos transportes, lembro-me de nas últimas vezes que andei de metro em Lisboa andar a fazer sprints pelas plataformas afora porque os comboios encolheram (3 carruagens em horas de ponta, a sério?!). Há uns dez anos quando estudava na capital lembro-me bem de nunca ter apanhado comboios encurtados. Ou seja, não só os serviços não estão a responder como em alguns casos parece que estão a regredir...

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    3. O mercado está impossível, juro que não sei onde um casal de classe média consegue comprar casa. Mas a tendência actual é baixar, e ainda há muita gente a pedir preços irrealistas. Enfim, o alojamento local também não se consegue manter nestes níveis, o aeroporto está no limite de capacidade, pode ser que amaine. Eu cá estou à espera.

      No tempo da troika diminuíram as carruagens para 3, é verdade. Foi o caos. Voltei a usar o carro (levo tanto tempo de carro como de transporte, tenho parqueamento, e as minhas costas agradecem). Entretanto já repuseram mais carruagens, na linha verde acho que são 4, nas restantes 5, mas não afianço. De qualquer forma, a linha vermelha, que vem do aeroporto, tem um tempo de espera enorme, tal como a azul, que é a maior e vai a pontos chave da cidade. É inacreditável. Não tarda um mês e vou aí matar saudades dos metros de 3 em 3 minutos, se tanto :D

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  2. Já agora, um artigo que subscrevo integralmente: https://hojemacau.com.mo/2019/06/14/lisboa-capital-do-barulho/?fbclid=IwAR0WtpW1jfQGETwCNQ2RfQEQ33dl_wUxfI3j0_FmeFK0cMIHJRNl4S-Zkio

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  3. Se quiserem vir aqui para a capital do Ribatejo, são 40 minutos de transportes até Lisboa...eu compreendo isso tudo. Saí de Lisboa há 16 anos, sempre que lá vou rebolo os olhos e treme-me tudo, imagino se aí vivesse...

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    1. Sãozinha, 40 até chegar à segunda circular :D depois são mais quarenta, no mínimo!
      Quando tivemos obras na casa de banho, e porque era o único duche, fomos para o concelho de Torres. Ora acordávamos às cinco e pouco da matina, deixava o home, seguia, ao fim da tarde fazia o percurso inverso, chegávamos cerca das oito. Era uma exaustão... e nem aproveitávamos o sossego do destino, só o cheiro a mar :/
      Lá está, se quiséssemos ou pudéssemos mudar de vida, local de trabalho incluído, ponderava ir para longe. Assim, não dá.
      (eu adoro Lisboa, e por isso tanto mais me custa vê-la a transformar-se numa Lloret del Mar. e na zona onde vivo aquilo era praticamente uma aldeia, e até 2012 / 2014 foi)

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    2. Quem trabalhar no Parque das Nações demora só 40 minutos, vá.
      Ou quem for de rápida até ao Campo Grande, na das 6h50.
      A propósito do que ali disseram acima, ultimamente tenho ido a Lisboa em trabalho e andado de metro...epá, em 1998-2003 não se esperavam sete minutos por um metro em hora de ponta!
      E o meu bairro (que era ali entre Santa Apolónia e os Sapadores) era relativamente barato...agora pedem 1500 euros por um T2. Está tudo maluco.

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    3. Ah, sim, de comboio é rápido (e eu adoro comboio, é uma pena neste país o comboio servir tão poucas zonas, o oeste está desfalcado).
      O metro anda atrasadíssimo. Outro dia cheguei à plataforma, já bem composta, e ainda faltavam oito minutos!
      Essa zona era bem sossegada (Bairro Lopes, encosta da Graça), mas agora nem te conto.

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  4. Tudo muito bonito mas se calhar até votou no PS e no Medina.
    A cidade no estado em que está, o país nem se fala mas a malta prepara-se para continuar a votar nos mesmos.

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    1. Como se o PSD mudasse alguma coisa, quando o dinheiro fala mais alto...
      Já agora, nas últimas autárquicas não votei, porque estava fora e não era possível o voto antecipado nos moldes que hoje estão previstos. E nas próximas o Medina não leva o meu voto, de certeza. Aliás, nunca gostei da postura dele, embora tenha feito algum bom trabalho.
      Esta situação não é de cor política, infelizmente, é assim fosse tão fácil. Os cidadãos têm de se fazer ouvir.
      Izzie

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  5. Há uns 5 anos, Lisboa ainda era dos lisboetas e de quem vivia em Portugal. Agora, sinto-me uma estrangeira na cidade, tudo me parece uma parolada sem fim. Restaurantes estupidamente caros, no mercado da Ribeira, os empregados falam comigo em inglês, o Metro lento e demorado e cheio, os comboios entupidos de turistada.

    A cidade está a ficar descaracterizada.

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    1. Filipa, uma pessoa sente-se um bocadinho a mais, isso sente. Os restaurantes abrem como cogumelos, mas é tudo para turista ver, a Baixa qualquer dia é só hotéis e restaurantes :D e lojas de souvenirs!

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  6. Nem me fales, isto está impossível, então até aqui na parvónia Ajuda (zona nada turística do bairro) apanho turistas no café a tomar o pequeno almoço, a turistar de mapa na mão, se a minha avó visse isto aqui no bairro nem sei. Nem falar de Belém, a meca do turismo desde sempre, mas que de manhã e de Inverno até era boa para esticar as pernas e levar a canídea e o miúdo a apanhar ar, agora parece Amesterdão no meses de Verão, sendo que um pastel de Belém não me passa pelo estreito há anos! Mas para mim o pior é o caos no trânsito, aqui não há coisas finas como metro, é autocarro e é pouco, demorava mais de uma hora a chegar à Lapa para ir trabalhar, nem sequer para ir pôr o miúdo à escola no Restelo tenho uma carreira directa, são dois autocarros e, imagino, também cerca de uma horinha entre chegar à paragem e esperar duas vezes que cheguem os autocarros. E a invasão dos "ubers" e companhia? Agora que têm o autocolante TVDE é que dou por eles, condução digna de taxista e aos magotes. Surreal. Só o Monsanto me salva...

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    1. Oh, a Ajuda, era um bairro bem característico e ainda afastado das turistadas. Só não procurei casa aí porque me ficava muito fora de mão, quando comprei casa a Ajuda era (ainda) muito em conta. Provavelmente aconteceu o mesmo que na minha zona: o turismo subiu.
      E os TVDE, pois. Ainda ontem um fez uma manobra proibida que faz favor, não me tocu porque por sorte arranquei mais devagar :/

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  7. Vejo o mesmo acontecer no Porto sabes? Talvez porque agora so la vou 2 vezes ao ano em vez de 8. Os portuenses "Sairam" da crise virando-se para o Turismo e para os ricos. Vais 'a rua da Picaria, onde vendiam ferragens e putas ha 20 anos, e copos com muitos bons bares ha 10, agora esta cheia de restaurantes para turista chiq-naice, com muito dinheiro e sem tento. Cozinha gourmet, 8 pratos, nenhum deles maior que um Ferrero rocher e muito piores, e sais de la cheia de fome a sonhar por uma bifana depois de arrotar 250 euros por casal.

    E as bifanas? Tambem ja nao se vendem nas roulotes, picantes, bem boas e com molho duvidoso... agora ha casa de bifanas, casas de francesinhas, casas de pastel de nata... e' um enfardar de "produtos tipicos" para agradar a turistas que perdem todo o sabor e originalidade.

    E sim... as casas... eu chocadissima com os precos de Bristol, que duplicaram em 5 anos, e quando ligo 'a fiche vejo que o Porto esta' mais caro por m2 que Bristol, no sul "rico" do UK!

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    1. Pois diz que sim, começou aqui em Lisboa mas o Porto já nos apanhou. Lisboa está cara na compra de habitação e na restauração para turista, mas também apanhamos muito pé descalço.

      Aqui também se fartaram de abrir cenas típicas que valha-nos a santa paciência. Não há casa que não venda pasteis de nata fajutos, daqueles congelados, há uma loja de enlatados na Praça da Figueira que parece a Feira Popular, e depois há uma que me dá vontade de pegar fogo: pastel de bacalhau com queijo da serra. Isso mesmo: um pastel de bacalhau recheado com queijo da serra, e vendem aquilo à turistada com a maior cara podre, como se fosse um petisco nacional inventado há séculos.

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    2. E aquele restaurante asiático, sem um único dono português, o Boa Bao, em que um empregado pensou q eu fosse estrangeira, e, ao telefone, era de puta e caralho para cima? O problema não foi esse, foi mesmo o preço absurdo. Um cocktail, um prato principal e uma sobremesa e pagas 60 euros. Passei-me e perguntei se os empregados recebiam 1200 euros. Eles, envergonhados, responderam q recebiam o ordenado mínimo. Não se admite.

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    3. Geezz que isso e' muito mau! Mas nesse pe, ha que admitir que nao me importava nada que exportassem o pastel de bacalhau para aqui… mas depois arrependia-me, ao ver os pasteis de nata branquelos e sem limao aqui 'a venda como "nata de Portugal"

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    4. Filipa, não conheço, mas por esse preço tem de ser mesmo muito bom, caneco. Se é para gastar bem, há sítios muito afamados. E claro que recebem o ordenado mínimo, na restauração é uma vergonha, pagam mesmo mal :/

      AEnima, os pastéis de nata congelados são tal e qual aqueles que se vendem no supermercado, mas os cafés compram em quantidade, e têm lá um forninho para poderem dizer que está sempre a sair. Lágrimas, lágrimas. E caem-me tão mal, o meu estômago tem um alarme para gordura má (os bolos que faço em casa nunca me dão má digestão, engraçado)

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    5. Filipa, por onde tenho andado, 60 não é mau para o Porto, juro. O pior até hoje foi esse boteco na rua da picaria em que 4 pessoas, 2 casais, euzinha, paguei 500 euros. E nem vinho bebemos. Um escândalo que vale ser denunciado... sai de lá depois de degustar os recomendados 8 pratos cheia de fome... mas fome mesmo. Cada prato se come numa dentada....chama-se "mini bar" porque é tudo em miniatura. E quase me vomitei toda com um prato "surpresa" que não diziam o que tinha e era foie gras. Nojo total.

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