sexta-feira, 7 de junho de 2019

A modos que não sei quê

Ainda a ressacar violentamente das duas semanas de trabalho mais alucinante, stressante, e intenso que, e ainda sem ter a certeza se preciso de dormir 24 horas seguidas, um balde de gelado ou um dia de spa, penso que posso riscar esta última, porque descobri, recentemente, que não tenho categoria, finura, pedigree para coisas boas que fazem bem a pessoas de categoria, finura e pedigree.

De facto aqui há tempos, num daqueles rasgos que me dão de quando em vez, do tipo "eu mereço!", com ponto de exclamação e tudo, decidi que bem podia investir mais uns cobres nos meus cuidados capilares, considerando até que isto de ter cabelo pintado o torna um bicho exigente e estragadiço.

Vai daí, e embora não esteja de todo insatisfeita com os resultados obtidos com produto de supermercado, encomendei um pack kérastase, champô, amaciador e um óleo. Toda ufana, testei e o cabelo sim senhora, pareceu gostar do mimo: uma lindeza, todo brilhante, soltinho, fácil de pentear.

Segunda lavagem, e o entusiasmo capilar desce uns pontos: cabelo brilantezinho, sim, mas mais pesadote, e ao segundo dia a evidenciar um aspecto de que já via outra dose de água-champô-amaciador-coiso. Chatice, pá, eu que costumo aguentar dois dias impecável, um terceiro aceitável, e um quarto que ou não há tempo e ainda disfarça apanhado ou se lava de novo. Insisto, ainda assim, que afinal a coisa é suposto ser de qualidade ali supé, ao menos a avaliar pelo preço, muitas vezes o que normalmente pago pelo anterior, que por acaso até aproveito descontos de 50% e tudo. Uma desgraça: começo a ficar com um ar de cabelo oleoso de quem passou o dia a fritar rissóis, e logo ao fim do dia da lavagem.

Donde, passei a alternar o kéras com o gliss, e acabando aquele acabou a peneira. Com franqueza. Sinceramente. Olha que coisa. Uma pessoa a querer doutorar o cabelum em cosmética de primeira, e o malandro a exigir o reles comum, está como as outras, não distingue a manteiga whizzo de um caranguejo morto,

Não posso ter nada bom, que o bom não quer nada comigo, é o que é. De um ponto de vista positivo, ao menos não me calhou uma peruca que só se dá com sabão macaco, demos graças pelas pequenas coisas (ou então, se calhar, às tantas...)

10 comentários:

  1. Tenho o pior cabelo da história (alopecia androgenetica😒) e o meu cabelo só se dá com gliss. A única vez que usei kerastase tive de ir ao cabeleireiro a meio do dia porque parecia que tinha passado o dia a fritar batatas num macdonalds a céu aberto numa manhã de 40 graus sem sombra. Mas é a única coisa em que me dou com coisas de pobre, de resto sofro de excesso de bom gosto tendo em conta a minha carteira😁

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    1. Manuela tive de ir googlar, só conhecia alopécia em geral. Caramba, deve ser um desafio!
      Em geral também sofro de excesso de gosto, não posso botar os olhos num par de sapatos (ou uma carteira) que tem de ser ou o mais caro da loja ou ultrapassar o salário mínimo :D Mas como sou instintivamente forreta, e acho um crime pagar três dígitos por uma peça de roupa (a menos que se justifique muito, e excepção feita a casacos ou carteiras, que para ser bom, enfim), acabo por não ser extravagante. Mas em produtos de cosmética não é a primeira vez que a solução mais em conta acaba por se revelar a melhor. Ainda bem.

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    2. Por isso adoro aqui pelas França's as chamadas brocantes (ou vide-grenier, ou vide-garage, simplesmente feiras de usados, há 3 a 4 por ano e por localidade), onde a preços loucos, compras peças de marca e de colecção. Ainda há duas semanas comprei uns sapatos vermelhos maravilhosos, de marca cara San Marino, 119€ na caixa, com a sola níquel, ou seja nunca usados na rua, por 5€. Tenho toneladas de roupa e sapatos de marca e colecção, onde o máximo que paguei forem 20€.

      Também é preciso sorte, paciência e regatear co força...

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    3. R., não tenho quaisquer problemas em comprar coisas em 2ª mão - só no capítulo "sapatos" sou mais comichosa, mas se forem uns quase sem uso e mesmo, mesmo giros, até ponderava -, mas por cá não há esse hábito, e as feiras de 2ª mão são muito fraquinhas. Depois há lojas de velharias, ou lojas com roupa e acessórios vintage, e nessas tudo se paga bem, o mais das vezes pedem um exagero em relação ao valor que a coisa tem. Aliás, basta fazer uma leve pesquisa no OLX para perceber como os preços são uma estupidez: até já vi móveis do ikea usados, que tinha de ir levantar e transportar, a preço quase igual ao da loja! Mais valia ir logo ao ikea, digo eu...

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  2. A Kerastase é, provavelmente, mais nutritiva, o qie acaba por pesar no cabelo. Experimenta a linha John Masters para cabelos pintados. Vende-se na Organii :D.

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    1. Filipa, talvez seja isso, ou mau feitio da cabeleira, sei lá. A verdade é que também não ajuda terem-me feito um corte miserável, uma pessoa pede um simples escadeado e acaba com uma esfregona cheia de pontas, parece um projecto de quarta classe executado com tesouras de poda.
      Essa marca não conheço, ainda vou investigar, obrigada.

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  3. A mim foge-me sempre o pé para o chinelo que é uma maravilha, entre o razoável e o extremo bom gosto, tenho sempre um extremos bom gosto :D, mas há algumas excepções, uma delas são os champôs. Não me dou bem com a Kérastase, fiz a minha última tentativa há cerca de um ano e desisti, deixa-me o cabelo pesado, a precisar de lavagem urgente e com ar de que foi lambido por uma vaca, já o Gliss é O champô, gosto de todos, mas ainda gosto mais da linha solar e da de Inverno, o meu cabelo fica fantástico, mesmo como gosto. Olha tenho tanto medo que eles acabem com estas linhas que tenho sempre um stock, não resolvo o problema, caso aconteça, mas adio os desgosto ;)

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    1. Comigo a de cabelos pintados resulta muito bem, sou fã. Já comprei máscaras de outras qualidades, para cabelos fracos, por exemplo, e também gosto muito. Ou seja, vou manter-me aqui, e a carteira agradece (mais sobra para sapatos :P). E neste fim de semana renovei o stock, a gliss estava toda com 50% directo!

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  4. Usei varias linhas da Kerestase durante muitos anos... anos teen/ jovem adulta, ainda heavily financiada por papa na altura em que o Bes dizia ser um bom banco, enfim. Cheguei 'a conclusao que champos caros e freak-nice sao um total esbanjamento de dinheiro futil que so hipsters com a mania e uns quantos chips nos ombros (geralmente caspa) usam.

    Tem muitos quimicos, sao muito "pesados", deixam o cabelo muito pesado e muto oleoso, mesmo o para cabelos oleosos. So uma trunfa como a da minha mae, que tem cabelos tao grossos, que nem para fio dental servem, e uns 3 ou 4 cabelos por poro... E' senhora que so' consegue lavar o cabelo 1 vez por semana, senao parece palha, e seca-o ao ar com ganchos, a ver se consegue colar a trunfa ao couro cabeludo, e mesmo assim, quando os tira, parece que colocou um capacete... estas a ver o estilo?

    Eu que coitadinha, herdei a penugem do meu pai (que mesmo fininho, nao morreu careca!), que se oleosa so de pensar, e que precisa de ser lavado rigorosamente todos os dias, nao posso usar Keras nem nada fancy. Os melhores (fora os especiais receitados pelo medico para usar 1x por semana) sao os de £4 no super, sem quimico nenhum, para nao irritar o meu courato que e' um menino muito temperamental. E dizem-me os dermatologistas todos que nunca use marcas fancy de cabeleireiros e afins, que tem quimicos a mais e so fazem mal.

    Ufa

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    1. Foi a impressão com que fiquei, e pelos vistos não é só comigo: cabelo pesado e a atirar para o oleoso - e logo nas raízes, bolas!
      E eu a pensar que estes champôs teriam precisamente menos químicos que os de supermercado, hein.

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