sábado, 15 de outubro de 2016

We'll always have

Cola Zero.





[a sério que há mesmo quem ande a ulular sobre um grande aumento de impostos e ai 'tadinhas das pessoas por causa da tal fat tax e dos chumbos de munições? a sério? onde estavam essas pessoas quando todos os rendimentos foram massivamente taxados? e nunca se chocaram ou indignaram por produtos essenciais de limpeza e higiene levarem com iva a 23%? oh pá, cheios de sorte de eu não mandar, que nem fazem noção das ideias giras que tenho sobre cenas para taxar. por exemplo, acho que o aumento do selinho do carro devia ser progressivo conforme o valor do dito, e não em percentagem igual para todos. é que se anda ai tanta gente endinheirada o suficiente para gastar em panameras e macan - a sério, uma praga, pelo menos em Lisboa - então também podem contribuir com mais uns tustos para a caixa da comunidade. é que aqui a palhaça, com um utilitário barateco gama média já paga tanto pelo carro como de imi - juro - pelo que é fazer as contas. e beber menos refrigerante. e champagne.]

13 comentários:

  1. Tem que ir às Finanças actualizar o valor da casa l...

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    1. O vp foi actualizado recentemente, como todos. Passou para o dobro, mas o imi não aumentou muito, porque o Costa, esse malandro, achou que não era boa ideia cobrar balbúrdias para financiar a bancarrota que o anterior executivo camarário deixou em Lisboa. Perdulários. A incentivar a habitação em Lisboa. Estou muito longe dos seiscentos mil, portanto. Vantagens de viver num prédio antigo e sem elevador. Mas numa zona aru, viva o uva a seis por cento.

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    2. Ah, e não é preciso ir as finanças, as actualizações são automáticas e periódicas.

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  2. Nem mais! É repugnante ver gente com dinheiro para mandar construir prédios a chiar por causa dos impostos, enquanto se mantiveram calados quando todos os outros eram fodidos.

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    1. Ah, mas eu adorava ter um imóvel com vp acima dos seiscentos mil! Adorava. E nem chiava quando me viesse a nota de liquidação. Não era isso que me ia tirar a papinha da mesa.

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    2. Este anónimo deve estar a pensar na mesma pessoa que eu... que desilusão, confesso! Dá que pensar, ver alguém que tem vp acima desses tais seiscentos mil, estar sempre a "chiar". E quando o povo era roubado às descaradas com sobretaxas de irs e congelamentos de ordenados e reformas etc, ninguém a ouvia a reclamar da "injustiça social".

      AnaC

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    3. OK, fez-se luz, já percebi do que se fala. Vou fazer um ponto de ordem, ok?

      - Este post não era dirigido a ninguém em particular. Ultimamente ando pouco aqui na blogo, e muito no face, onde vi éne murais chorosos de pessoas absolutamente classe média mas se calhar com sonhos de abastança a queixar-se do novo imi, entre outros aumentos de impostos sobre coisas que não são essenciais. acho ridículo. também gostava muito de ganhar o euromilhões (sim, que a trabalhar e poupar, e se sou poupadinha, não chego lá) e comprar uma moradia em Alvalade para remodelar, mas nesse dia, chegando (bate na madeira), o que menos me importará será o imi.

      - Nada contra quem tem dinheiro e decide fazer o que muito bem entende com ele, seja estoirar todo em gomas, no net-a-porter, ou em imobiliário. como tenho a boca seca de dizer, não quero acabar com os ricos, mas sim com os pobres - e não pelo método susaninha, que é escondê-los -, mas sim garantindo que toda a gente tem rendimentos que lhe permitam uma existência digna. Se para tanto é necessário "cortar" em cima, para distribuir por "baixo", seja; não me parece que seja por aí que deixam de poder ter vidas bem boas.

      - Por alguma razão tenho um blog anónimo, que muito poucas - quase nenhumas - pessoas da minha vida conhecem. Aqui posso dizer o que penso, sem problemas. E por problemas entenda-se ter à perna colegas de trabalho que andam em lutas sindicais. Houve um tempo em que fui tola e ingénua o suficiente para sugerir em meio sindical que se deixasse de erguer certas bandeiras que apenas tinham como finalidade a continuidade de um certo status quo, e em vez começar a lutar, a sério, pela qualidade dos serviços, qualidade do ambiente de trabalho, maior rigor disciplinar (que anda aí gente que faz favor, embora eu tenha tido a sorte de sempre trabalhar com gente de muita qualidade) e aumentos, sim, mas na parte mais baixa do escalão. Andei a rondar a "cena" um ano, e desisti. Nunca mais me apanham. Os trabalhadores não têm os sindicatos e sindicalistas que merecem, e não me alargo mais.

      - Finalmente, nunca presumir o escalão de irs de uma pessoa pelas ideologias que esta perfilha. Há pessoas que pagam bem, e apenas se importam por ver à sua volta a pobreza e miséria a aumentar. Mais do que os cortes e descontos que sofri, aflige-me ter visto, nestes últimos anos, pessoas que vivem com os tostões contados - e se trabalham, e se são úteis, necessários, e dedicados - a ver as suas condições de vida a piorar. Quando são divulgados dados que comprovam que a austeridade penalizou os mais pobres, isso arrepia-me. Como colectivo, em vez de estarmos a chorar um aumento de impostos que nos tirará dinheiro que não nos falta para pagar a água, luz ou supermercado, devíamos pensar em quem deixa de comer carne ou peixe para poder dar aos filhos. Ou nem isso. Para mim pode ser menos um par de sapatos, mas para muitos foi menos um frango ou carne guisada com esparguete. E dou graças pela sorte que tive na vida, muitas graças. Porque eu ter uma vida confortável - para mim, para muitos o que ganho deve ser uma miséria, de facto, mas não sou muito ambiciosa e não me falta nada - não se deve só a mérito próprio, mas a toda uma corrente de factores que contribuíram para tal, e não dependeram de boas ou má escolhas que fiz.

      E pronto, é isto.
      Apelo que deixemos, neste tipo de posts, exemplos de bloggers ou pessoas concretas de lado, ok? Discuta-se ideias, e não pessoas.

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    4. Fui mal interpretada, eu não estava a tentar atacar ninguém, nem pensei que a Izzie escreveu este post a pensar em ninguém em particular. Eu é que tinha acabado de vir "de lá" e esbarrei aqui com este anónimo que escreveu o mesmo que eu pensei, e reagi. Não foi um ataque, era só uma constatação. Eu também sou apologista que cada um faz o que quer com o seu dinheiro, e não tenho qualquer raiva a quem tem mais do que eu, até porque tenho consciência de que também eu sou uma privilegiada. Só acho muito triste que alguém, que efectivamente tem muito dinheiro, ande agora a choramingar a enorme carga fiscal que este governo implementou, quando anteriormente nem falava desse assunto. Só mostra um umbiguismo de que não estava à espera.
      Mas se a Izzie preferir apague o comentário, para que não se propague um mal-entendido.

      AnaC

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    5. Ana C, aqui toda a gente tem direito à sua opinião, e só não publico comentários quando são ofensivos, principalmente para terceiros.

      E lamento se posso ter interpretado mal, mas sou uma blogger escaldada. Apesar de evitar certos becos e vielas, avenidas e boulevards, ainda há quem pense que ando por lá à espreita e a escrever aqui sobre os respectivos habitantes. Não há pachorra.

      Anyhoo, e falando de pachorra, também não tenho paciência para lamentos de quem até pode muito, em geral.
      Ele há dias em que me lembro de certas coisas que me deixaram de estômago embrulhado e pronto. Só me dá vontade de usar este caixote para me empoleirar e contar ao mundo, a ver se ganham vergonha. É que nem toda a gente (a maioria, digo eu) que vive de subsídios é parasita. Pode acontecer, por exemplo, hipoteticamente, tratar-se uma mãe de família que trabalhava a dias ou no que calhava, e ganhava abaixo do salário mínimo, e agora vê-se com uma incapacidade total para o trabalho por causa de um cancro, e com uma pensão de menos de €300 por mês. Pode calhar o pai desta família não conseguir arranjar trabalho a sério, com contrato e descontos, porque tem mais de 50 anos e menos que o sexto ano. E ainda acontecer o filho de 14 fazer uns part-time e biscates para ajudar, e não ter dinheiro para os livros e cadernos da escola. E os pais a quererem que estude, e a verem o filho a cair no mesmo ciclo de pobreza deles. Quando temos pessoas destas a chorar à nossa frente, que só comem porque ainda há banco alimentar, é difícil pensar no que nos cortaram por mês, ou na coca-cola que vai aumentar 16 cêntimos. Pagava alegremente ainda mais para que não houvesse gente neste estado.

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    6. Há que perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular dinheiro, já lá dizia a Mariana Mortágua...

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    7. Epá, essa "citação" fora do contexto é do mais demagógico que há. Há que perder a vergonha de ir buscar dinheiro a quem está a acumular riqueza, isso sim. E é preciso saber as causas dessa acumulação de riqueza - que não se confunde com poupança. Se a classe média, que depende quase exclusivamente dos rendimentos do trabalho, perdeu capacidade de poupança, é preciso saber porque há classes, em Portugal, que conseguem acumular riqueza. Talvez se chegue à conclusão de que a tributação não é justa, porque penaliza excessivamente o rendimento do trabalho na classe média e baixa.

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  3. Eu é que peço desculpa. Tal como a Ana C, nunca pensei que post da Izzie fosse pessoal, mas não consegui conter o desabafo, já que foi algo que me deixou revoltada.

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    1. No harm done :) A sério, eu é que sou muito escaldada. Ainda me acusam de andar a promover blogo-guerras ou o caneco, que já aconteceu. Parece que houve quem se ofendesse com coisas que por aqui digo como se fossem dirigidas ou recadinhos, e não eram. E depois houve quem achasse que eu andava noutros locais a comentar maldosa e anonimamente (a sério, com o ip do meu trabalho, como se fosse tão estúpida), e daí a andar merdum a voar foi um tirinho.

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