quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Something is happening here

E eu acho bem, que isto é uma das melhores coisas que já foi escrita, ao contrário de uma cena com um gato preto na capa, que comprei por pura peer pressure de crítica hype, li com muito mal empregue esforço, e despachei num molho para doação a uma biblioteca, que não quero que quem me entre lá em casa e espiolhe as estantes fique com ideias erradas sobre mim*.


*e se aquela estante tem coisas que parecem inexplicáveis, bizarras, incompatíveis por lá plantadas, mas nenhuma que me envergonhe ou não saiba justificar.

6 comentários:

  1. outch... que facada no meu coração Murakamiano :) (mas pronto, gosto de ti na mesma)
    Mas sem nenhuma dúvida concordo que o Dylan é elegível para o Nobel enquanto escritor. A literatura não se limita aos traços definidos por alguns académicos (ou sequer por alguns leitores. Podemos gostar ou não de determinado escritor, género, livro ou poema. Mas temos que aceitar que os limites da literatura não são definidos pelo nosso gosto pessoal. Isso são as estantes lá em casa.
    E causa de toda a polémica gerada hoje, acredito que este Nobel (e o do ano passado) fez mais pela literatura que os outros todos juntos...

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    1. Como acabei de te dizer no teu canto, gostos são gostos. Mas que esta "deriva" é muito refrescante, é. Murakami divide-nos, mas o entendimento sobre o que é literatura une-nos de novo. O nosso amor sobrevive, portanto :D

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  2. Isso do gato estás a falar do Sepúlveda? (facadas no coração...)
    Isto da literatura é como discutir futebol: há muita paixão à mistura, sendo que há clubes que toda a gente reconhece como sendo de divisões menores. Já noutros a opinião divide-se.
    Quanto ao Dylan, bom.... foi surpreendente. Isso é consensual. Eu gosto do Dylan, mas...

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    1. Não, mulher, esse do gato e da gaivota está orgulhosamente na estante! Estou a falar do Murakami e do Kafka à beira mar, que seca tão grande, jesussenhor. Li muita coisa do Sepúlveda e gosto, mas passou-me a febre dos sul-americanos, entretanto.

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    2. Ah bem! Gosto do Sepúlveda, e gostei do gato e da Gaivota, já Murakami... li 2 livros dele porque tenho uma amiga que é fã e ofereceu-me um e emprestou-me outro e... também não é a minha praia. Demasiada parafernália imaginativa. Não tenho paciência.
      P.S. A minha estante é um hino à esquizofrenia. Muita tralha herdada que não tenho coragem de me desfazer, e que não honra nada a minha pessoa.

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    3. A minha é um hino à esquizofrenia, também, mas porque habitam naquela casa duas pessoas com gostos comuns mas também muito diversos.
      (há uma prateleira escondida, que tem 4 biografias do Hitler e o mein kampf. o home tem uma obsessão com aquele período. e está escondida atrás de uma cadeira que não quero que a empregada fique a pensar que aquilo é casa de gente maluca.)

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