quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Estou além

Por outro lado, é sempre bom constatar que há tanta gente erudita que apenas gasta as vistinhas em leituras elevadas e consagradas.
Devem ser as mesmas pessoas a quem cai tudo ao chão se alguém se atrever a afirmar que o guião do Assalto ao Arranha Céus é tido e estudado como um dos mais tecnicamente perfeitos de sempre. Ou que o Robocop também é estudado como um filme paradigma (só o vi o ano passado, e tenho de concordar). Claro que podem sempre argumentar que preferem Blade Runner - eu também e, já agora, porquê a sequela, porquê - mas isso já é uma questão de gosto pessoal, e não tira mérito ao primeiro, nem é uma afronta pessoal haver quem o distinga.
Ca-re-do. Ja-sus-ca-re-do.
(se houvesse um prémio Nobel da cagança, ui, tanto candidato)

8 comentários:

  1. Melhor dia de sempre nas redes sociais :)

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    1. Nem me digas nada, o que me diverti. Como diz uma música de um filme que nunca vi, I had the time of my life ;P

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  2. Só tenho lido merda engalanada acerca do Bob Dylan. Num blog, então, parece que se juntaram os tontos todos, armados em conhecedores, incapazes de perceber o que Dylan significou ou a justificação para o Nobel. E, depois, há aquele palhacito que gosta de botar discurso para a sua audiência de parvas. Ainda me lembro que lhe foram perguntar se, como homem, considerava a Ferrante uma boa escritora, já que, como mulheres, sentiam que não poderiam afirmar isso.

    Peço desculpa pelo tom do comentário, mas há dias em que tudo me irrita.

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    1. Merda engalanada é lindo :D

      Atenção, eu até acho que uma pessoa possa defender que é uma atribuição injusta, por motivos de gosto pessoal. O que não entendo é esta fúria quanto à forma da produção literária. Até já li muitas bocas de que para a próxima entregam o nobel a um blogger. E? Os livros são publicados por editoras, empresas que de acordo com determinados requisitos decidem o que deve ser publicado ou não. E com a publicação vem a divulgação, claro. Só vê a luz via livro a obra que alguns decidem meritória. Com as actuais plataformas um autor pode chegar ao público sem ser mediante livro impresso. Pode alguém publicar excelente literatura via blog? Claro que sim. Ainda estou à espera ;)

      (essa discussão da Ferrante não sei onde se passou, mas podiam dar a sua opinião como pessoa. é muito libertador.)

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    2. Passou-se por aí ;). Uma Blogger escreveu que precisava de uma opinião masculina em relação à Ferrante, já que lhe parecia que está apenas era lida por mulheres. O gajo seria o árbitro, por assim dizer.

      O palhaço respondeu que já havia lido o Princepezinho e outros livros associados ao público feminino, mas estava com medo de ler a Ferrante, talvez temendo que a pila lhe caísse.

      Claro, ninguém tem de gostar de Dylan ou concordar com a sua qualidade, mas a maioria nem conhece a sua obra e, no entanto, notam sentença.

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    3. O princepezinho, associado ao público feminino? :D
      Agora a sério, não percebo a necessidade de uma opinião masculina. Nem a dificuldade, resmas, paletes de críticas de homens li eu por essa net. Basta o Google e subscrever uns jornalecos estrangeiros.

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  3. Viva a autêntica Literrrrrrrrrrrrrrraturrrrrrrrrrrrra, a excelsa, a única possível, a de olho azul e porte atlético. O resto, fuzile-se tudo!

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    1. Ah, Lady Kina, se não é livro não é literatura. Se o editor não gostar, não existe.

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