segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Feios, porcos e maus

Claro que o pior presidente de sempre não se podia despedir de Belém sem deixar um presente de cocó. Tê-lo embrulhado e entregue hoje, é só mais uma prova do carácter de quem nos representou uma década no mais alto cargo da nação. Asco, profundo asco.

19 comentários:

  1. Que vómito. Bem, vamos ver o que acontecerá quando o Marcelo mostrar as suas verdadeiras cores.

    ResponderEliminar
  2. Vai ficar para a história como o presidente mais pequenino, mesquinho, ressabiado que já houve. E sai com chave de ouro na categoria "mediocridade".

    ResponderEliminar
  3. Alguém que me explique porque é que um aborto deve estar isento de taxas moderadoras ao contrário de outros procedimentos médicos e cirúrgicos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A questão essencial não era essa, mas a obrigatoriedade de consulta psicológica, e possibilidade de médicos objectores de consciência poderem consultar a requerente de IVG. Isso das taxas moderadoras é o menos, e estarem a fazer finca pé nesse minúsculo ponto é que não entendo.
      Sem embargo, desde já digo que não sou contra as taxas moderadoras na IVG. O problema é que, para serem cobradas, tal obriga a que o médico revele administrativamente que a consulta se destinava a IVG, o que pode violar o dever de confidencialidade (quem vai a estas consultas desta especialidade tem isenção, portanto, para deixar de ter, é preciso carimbar a paciente, o que é profundamente errado).

      Eliminar
    2. E mais, o médico teria de justificar, para efeitos administrativos, se se trata de uma IVG por opção ou por violação, ou malformação do feto. Isto é uma violação do dever de sigilo, e uma violação do direito de reserva da pessoa que recorre à IVG.

      Eliminar
    3. Sabes que eu acho que a história das taxas moderadoras só foi para ali metida para que o grosso da população não olhasse para o resto? Na época, não resisti a entrar numa "discussão" (civilizada, diga-se) no facebook porque, de tudo o que aquele diploma implementava, as pessoas apenas se focavam na porra das taxas. Por isso, acho que nesse aspeto aquela lei foi muito bem amanhada, fazendo com que quem se insinuasse contra parecesse que o fazia apenas por causa das taxas... E hoje, pelos títulos dos jornais (não li as notícias), o que continuava a saltar à vista era a história das taxas. Enfim...

      Eliminar
    4. Sou eu, outra vez. Fui ao facebook e, mais uma vez, os comentários do costume: "Ai, eu cá acho que devem pagar taxas moderadoras." SOCORRO!

      Eliminar
    5. Tal e qual, Smelly: pão e circo, é disso que o povo gosta. Queres passar uma lei restritiva de direitos? Enfia lá uma norma popularucha, que já ninguém se lembra do que interessa.

      Eliminar
  4. Anónimo, também não vejo razão para que o aborto seja isento de taxas moderadoras quando a vasta maioria de outros procedimentos médicos não o é. Contudo, se ler o artigo que a Izzie linkou vai ver que curiosamente a isenção de taxas moderadoras não aparece com razão para o veto do presidente às alterações à lei do aborto, mas sim o facto de a lei pretender afastar médicos objetores de consciência das consultas de aconselhamento às mulheres, e de obrigá-las a ter estas consultas mesmo que elas não queiram. E isto sim, é verdadeiramente vergonhoso.

    ResponderEliminar
  5. Se não me engano, consultas materno-infantis estão isentas de taxas.

    O que mais me enoja é a obrigatoriedade do apoio psicológico. É que segundo o nosso código deontológico, a não ser em certos casos, só se deve dar apoio à quem o pede. Claro, com a excepção de pessoas institucionalizadas, etc.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Essa do "apoio psicológico"... Se por um acaso, que espero nunca aconteça (bate na madeira), alguma vez precisar de recorrer a uma IVG, e me mandassem falar com um psi, ia eu arguir ao doutor objecção de consciência. Ficava caladinha a consulta toda, com expressa recusa de "apoio". Era o que faltava, tratar as pessoas como incapazes, a priori.
      O que deve existir é apoio para quem solicite, antes e depois, isso é que era.

      Eliminar
    2. por acaso inicialmente quando se falou na medida do apoio psicológico, parti do pressuposto que seria isso, uma pessoa que acompanhasse o processo antes e depois. assim parece-me só que foram buscar o fantasma do apoio psicológico: está lá para os coitadinhos se orientarem.

      Eliminar
    3. Na minha ingenuidade pensei o mesmo: finalmente vai haver apoio psicológico universal e gratuito! Sou mesmo parva. E até podia ser um complemento fantástico, nesta área, onde por vezes há situações que só o médico não consegue lidar/sinalizar/orientar.

      Eliminar
  6. Sinceramente, espero que o parlamento trate disto enquanto a criatura ainda está na presidência. Ia dar-me um gozo do carai vê-lo a ser obrigado a promulgar a lei.

    ResponderEliminar
  7. Parece-me claro "está, ainda, por demonstrar em que medida as soluções normativas agora aprovadas promovem o bem-estar da criança e se orientam em função do seu interesse"

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oh Gawd. De repente toda a gente enche a boca com o "superior interesse da criança", e nem 10% saberá como decorre um processo de adopção e em que medida e em que actos tal interesse é salvaguardado e promovido. Dica: não é na formulação da lei sobre quem pode ser candidato a adoptante.

      Eliminar