quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

And now for something completely different

Ora bem, ora bem, este é um daqueles assuntos que só com a ajuda do (estimado) público, ao qual apelo sem qualquer pudor, e aliás de mãos postas.

Avançando já com o disclaimer e pressuposto: não sou mãe. Não percebo nada de infantes e juvenis e, dizem as más línguas, sou um bocadinho fascista, conservadora e bruta nas minhas ideias sobre educação, o que é giro numa anarca-libertária, mas nem por isso contraditório, um dia explico. Quer isto dizer que, face a muitas cenas que putos conhecidos e desconhecidos fazem, eu tenho aquela solução de correr tudo a valentes castigos, em vez de estar ali a indagar o que sente pobre petiz, partilha as emoções e o caneco. Não quero saber se comer de faca e garfo e boca fechada causa traumas: come de faca e garfo e boca fechada. É assim e acabou, e não tenho de justificar. A título de exemplo.

Ora sucede que eu tenho três monstros sobrinhos, de quem gosto muito, que gosto, mas viessem eles parar às minhas mãos no estado em que se encontram actualmente e numa semana ficavam com um calo na nuca, de tanto caldo. Mas gosto muito deles. Ponto. A mais velha já vai fazer quinze (licencinha, deu-me uma tontura, não tenho idade para ter uma sobrinha de quinze), e eu achei brutalmente engraçado e finalmente adequado começar a dar umas voltas com ela. Vai daí, fiz a proposta: "Chavala, queres ir com a tia a Londres, no próximo verão?" Se alguém me tivesse proposto isto nos meus quinze anos, no exacto segundo seguinte tinham de chamar o inem (à data 115), que eu teria um piripaque de emoção. Mas ela, nada. Nicles, Niente. Minto: disse: "era fixe". Sem modulação de voz. Flat como um mar algarvio. E continuou a dedilhar no telemóvel. Achei que poderia não ter percebido bem e repeti. E zero. Pronto, não esperava uma reacção tão histriónica como a que eu teria - ainda hoje, que por mais que lá vá ainda é um excitex - mas. Coise. A mãe da criatura, que calhou apanhar a conversa, ficou estacada. Até para ela era de mais. E diz a mãe: "Ó coisinha, tu ouviste o que a tia te disse?" E a outra "aham, muito fixe". Os olhos da mãe pareciam a super-lua.

Orabemorabemorabem. E agora? Eu já tinha verbalizado várias vezes (perante mate e meu pai, os únicos a quem posso verbalizar tais coisas) que estão ali três que têm tudo e não dão valor a nada (a sério, não me façam falar na orgia da abertura de prendas natalícias, que se repete ano após ano, e antes da crise nem vos digo). Mas isto. Pá. Um bocadinho excessivo, não? É que eu, que já andava a matutar no assunto e a planear cenas e taletal, fiquei assim a modos que. Sem vontadinha nenhuma.
Faço o quê, hein? Dou-lhe uma valente lição, tipo, bom, "pareceu-me que não estavas interessada e desisti, vou antes gastar o dinheiro numa boa causa"; ou dou-lhe um valente chuto; ou faço de conta que na boa e vamos na mesma? Sinceramente. Pá. Não tenho habilitações para lidar com estas merdas.

38 comentários:

  1. Se quiseres podes levar-me a mim, que assim com'assim, devo ser do mesmo tamanho (ou mais pequena, que já sao 15 anos). Pois, nã sei que te diga.

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    1. Depende dos adolescentes, não é, Luna? Se fosse uma que nós cá sabemos, mesmo já estando a caminho dos 18, acho que até ficava gaga com a emoção :)

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  2. eu ia na mesma, talvez ela se contagie pelo teu entusiasmo. por acaso essa orgia de prendas e mimo materialista não me irrita, mas angustia-me. acho que se estão a criar adultos profundamente infelizes. comprar casa, carro, telemóveis e outros gadgets, mais roupa, viagens e outros que tais da vida moderna, com um ordenado médio em portugal...boa sorte.

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  3. agora não tenho tempo para ler tudo (cá virei oportunamente para isso), mas sobressaltei-me na parte em que falas nos traumas por comer de boca fechada com talheres. Hã? em que país é isso, para eu nunca lá ir. Não sei com que pais andas a conviver, mas eu nunca ouvi tal coisa. Sempre me disseram que os crianços gostam de regras e de um ambiente com imposições bem definidas, para saberem o que é o certo e o errado.

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  4. ah espera, afinal não resisti e li tudo já (não fosse ter acontecido alguma coisa muito grave). Então, não vês que a miúda 'tá na fase da adolescência em que, tipo, género, não pode mostrar entusiasmo por nada, porque isso não é, tipo, fixe. Topas?
    (de qualquer modo, eu cá voto na resposta do gastaste o dinheiro noutra coisa. Mas claro que eu sou uma coração mole e depois arrependia-me de ter sido reagido impulsivamente numa resposta rígida e era capaz de voltar atrás na palavra)

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  5. Acho que eh engolir o bom senso e planear Londres.
    Quando a sobrinha ganhar juizo - inevitavelemnte chega a todos- tera memorias incriveis.
    Lembro-me de ser uma sobrinha-neta bem ingrata de uma Tia-Avo muito querida. La para os vinte e tais ganhei juizo e comecei a ser uma sobrinha-neta presente e amiga (estou nos quarenta e ela ja partiu, nunca esquecerei a paciencia que ela teve naqueles anos de parvalheira)

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  6. A minha dúvida é se há alguma coisa a que eles reajam histrionicamente, e, se sim, o quê?
    Um "era fixe" é uma reacção positiva. Leva a miúda com a condição de só poder usar o telemóvel para telefonar aos pais, ou algo do género.

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  7. O meu filho mais velho também tem 15 anos e aqui em casa temos o mesmíssimo filme. A coisa chega ao ridículo de nós estarmos num excitex com qualquer coisa de arromba, que achamos que ele vai delirar e ele brinda-nos com o seu ar blasé. E sim, tiram-nos a vontade para tudo, mas o melhor é que quando se apanham nos sítios ou com o prendão, adoram. Acho mesmo que é só género desta geração, mas é muito irritante. Aqui em casa damos grandes sabatinas, discursos do "ah sabes lá como era no meu tempo e tal", mas não têm grande efeito. A verdade é que para estes miúdos estarmos com este tipo de discurso, não lhes diz nada, como não me dizia nada, quando me falavam no racionamento durante a guerra.

    Tiram-nos a vontade, mas compensam quando já estamos sem espectativas, é assim ;)

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  8. Podes sempre levar-me no lugar dela, "era fixe" :P

    Agora a sério, era uns anos mais nova que ela na primeira e única vez que fui a Londres. Fui com a escola depois de pedir muito aos meus pais, e mesmo assim hoje em dia concluo que não absorvi tanto quanto desejava muitas das coisas que vi (certamente contribuiu para isso o facto de mal entrarmos num museu a maioria dos colegas começarem a sentar-se com ar de seca à espera da hora de ir embora, para a maioria dos labregos o ponto alto da viagem foi comprar uma t-shirt no Hard Rock Cafe -_-'''). Com isto quero dizer que... se a ideia não a entusiasma guarda o teu dinheirinho, talvez daqui a uns anos ela dê mais valor a essas oportunidades. Dito isto acho válido notar que também não tenho crias e a minha falta de afinidade por crianças e adolescentes já vem da infância.

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  9. Sinceramente também não sei o que faria. Mas provavelmente teria uma conversinha pé de orelha com ela e explicava-lhe que ir a Londres não é propriamente ir ali até à esquina e para pensar bem se queria mesmo ou não. Olha que eu já faço isso com o meu de 4 anos, em pequenos programas, para ir aprendendo a vida é feita de opções. Não está entusiasmado, falo com ele para perceber que é SIM ou nim e já não é a primeira vez que fica tudo sem efeito, que eu cá prezo muito a minha sanidade mental.

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  10. Diz que vão mas ela é que tem que fazer o itinerário da coisa... Ver se se entusiasma! Posso ser da tua família ...?

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  11. Diz que vão mas ela é que tem que fazer o itinerário da coisa... Ver se se entusiasma! Posso ser da tua família ...?

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  12. Eu também não sou Mãe e nem para tia fico que o meu irmão também não vai nessa... Os meus 15 anos são do mesmo tipo que os teus. O bom que teria sido ir a Londres! Eu cá dava uma lição exemplar à sobrinha: levas-me a mim :D
    (Aos pais dos meus sobrinhos do coracao, meus amigos, não tenho problema nenhum em criticar a lista de casamento que foram os presentes de Natal!! Até me meteram à procura por N continentes um jogo que é desmantelar uma bomba. I know... Resolveram o problema da falta do dito presente com a compra de um tablet. Para um miúdo de 6 anos!! Eu cá não tive problema de dizer que o que lhe deviam ter dado era uma árvore e um par de joelhos esfolados. Não é só ter tudo, é ter demais...)

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  13. Eu mudava de ideias mas eu sou uma gaja "ruim". ;)

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  14. Caaaaaalma... Tenho a solução para o teu problema. Eu, que me habituei a ler-te assinar muitas e variadas vezes como titi Izzie, redirecionas apenas o destinatário de tão generosa oferta e levas a Londres esta tua sobrinha Rafinha ( até rima e tudo, vê lá). Se bem te lembras, falei aqui nesta bonita caixa de comentários que fui recentemente a Londres, um bocadinho contrariada ( parva! ), e vim de lá MARAVILHADA. Posto isto, quando é que vamos?

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  15. Até parecia que me ias fazer um favor. Assim ficas queda e muda com muito tempo livre para aquilo que te entusiasma. De nada. Bye!

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  16. Londres é (foi) a tua cena. Se calhar precisas de tentar saber qual é a cena dela :)
    Começar estilo: "No outro dia quando te perguntei se gostavas de ir comigo a Londres, pareceu-me que não ficaste muito entusiasmada" e ir por aí fora numa tentativa de perceber o que ela realmente pensa/sente sobre o assunto, metendo de lado as tuas expectativas sobre o que gostavas de fazer com ela e e estando aberta a perceber que tipo de experiências ela apreciaria.

    (Digo-te isto à distância da coisa. Se fosse comigo, provavelmente rosnava-lhe)

    Já agora, a minha madrinha convidou-me para ir com ela a Londres e a Cambridge quando eu tinha 16 anos. Fiz os 17 anos lá :)

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  17. Tive uma cena parecida com a minha irmã mais nova, que é um bocado "entitled"(é uma pena não haver uma tradução boa disto para eu poder resmungar melhor com ela). Uma pessoa vai por ali fora cheia de generosidade e a meio do caminho perde a vontade toda.

    Acho que é mesmo dela, que não é educação, porque nenhum dos outros é assim e nem acho que tenham sido educados de forma muito diferente (ela só tem três anos de diferença do seguinte).

    No caso, tentei separar um bocadinho o que eram as minhas emoções (a minha vontade egoísta de despertar gratidão - legítima, mas minha) e o que achava que seria uma reação apropriada da parte dela, mas depois disse-lhe, acrescentando outro exemplo.

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    1. Olá Rita,

      Só vim pedir que não percas a esperança. Sinto que também tive fazes na vida em que me sentia muito "entitled" e a minha irmã, pouco mais nova, e debaixo do mesmo tecto, não era assim. Uns anos depois, a humilde era eu, comparada com os trejeitos e vida muito muito "entitled" dela. Também te digo, com as doenças na família, putos, coisas da vida, também lhe passou o entitlelismo.

      É cíclico parece-me. E não se limita à adolescência. A vida encarrega-se de nós pregar umas boas lambadas para nos tirar os títulos. Cheira-me que 2016 vai ser um dessas anos de vida.

      Não percas já a esperança nela. :)
      Beijinhos,
      E

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  18. @all, muito obrigada, não esperava tanto, já li tudo, tudo, mas agora tenho de ir ali aviar uns fregueses e já cá volto :)

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  19. se quiseres posso ser tua sobrinha :p
    agora a sério: talvez seja uma questão de feitio (dela)?
    eu acho que vais acabar por fazer de conta e ir na mesma, apesar de tudo :)
    (de certeza que ela vai gostar e achar mesmo muito fixe; se não achar, o problema não é teu :))

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  20. Aimêdês, tanta opinião. Tudo lido e ponderado, cá vai.

    1º Um disclaimer: a minha sobrinha não é horrenda, tem inúmeras qualidades (como os outros dois monstros); é só uma adolescente muito "entitled", como diz a Rita. E às vezes tem um bocado a mania. Eu lido bem com duhs e eye roll (faço-lhe o mesmo, muito maduro, eu sei) e sarcasmo (idem, aliás ela aprendeu com a família, somos assim), mas tenho dificuldade com a parte do entitled. Não espero grandes manifestações de gratidão, mas era giro que ela desse algum valor às coisas. Não dá, e infelizmente não é só nisto. Eu culpo a betice do colégio onde ela anda - lá, não ter um ipod equivale a ser pobre (eye roll meu).

    2º Ela, como muitos da sua geração, tem tido mais oportunidades que alguma vez eu tive, e ainda bem - sinceramente. Já viajou bastante, por mor de umas actividades que ela tem. E depois há a complacência dos pais, que lidam mal com coisas como disciplina e deveres, educam com culpa, e têm medo que os filhos os odeiem (a sério, há dias em que até é divertido, e o mais giro é que os próprios nem se dão conta).

    3º Eu não sou assim. Não tenho problemas nenhuns que uma criança ou adolescente me odeie por a obrigar a ter maneiras, a pedir desculpa, ou lhe chamar a atenção por estar a ser egoísta, parvalhão, etc. Não pediram para nascer, certo, mas não nos fazem favor nenhum em ter consideração, respeito e modos. Também não espero que sejam perfeitas; as crianças existem para testar limites, fazer asneiras, etc e tal, e nós também fazemos muitas, mas como adultos não podemos achar gracinha e ficar impávidos. Acho eu.

    4º Não acho que tenha eu, a ofertante, de ir ao encontro das expectativas de Sua Excelência. Não estamos a falar de um livro ou peça de roupa, que terá de respeitar o gosto do ofertado; a viagem é a Londres, finito; se gosta, fixe, se não gosta, não come e passa fome. Se eu lhe desse a possibilidade de escolher, dizia de certeza Nova Iorque, e olhaí. Sim, que ela não teria vergonha de pedir uma viagem que custaria o triplo - remeto para o entitled.

    5º A chavala nunca foi a Londres. É melhor que Badajoz. Digo eu. Mas, se ela chateia muito, vamos é ao freeport e já gozas.

    6º Vou falar com ela, com franqueza. Ou então faço-me de morta e espero que ela fale no assunto. E depois faço como a minha mãe fazia: "ah, mas achei que não estavas interessada". Ainda estou a maturar as possibilidades.

    7º Agradeço muito tanta gente interessada em ser minha sobrinha :D isto não é habitual em mim, não gasto horrores com eles em cenas parvas, mas isto era um presente especial pela quinceañera, pronto. E sim, tinha imenso prazer em lhe apresentar a minha cidade favorita. E, se pudesse, levava todas 'ocês comigo ;)

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    1. Para mim, até a Trafaria é fixe. come-se lá uma caldeirada que nem te conto (#somossimples)

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  21. Se decidires levá-la e a coisa der para o torto a meio da viagem, podes sempre castigá-la, obrigando-a a ir à Primark de Oxford Street num Sábado à tarde. :)

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    1. Essa é a ideia do século, para castigos. Ó coisa, vai ali dentro comprar um par de collants tamanho tal xis denier à titi. Perfect.
      (agora a sério, da última vez que fui calhou passar em frente a esse colosso e nem queria acreditar. e a quantidade de gente que entrava e saía? credo.)

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  22. Depois disto vou a correr dar beijinhos aos meus sobrinhos (15 e 21, neste momento) e à minha afilhada (17) que deliram quando faço alguma coisa com eles.
    (por vontades deles abancavam na minha casa, que basicamente tratam como se fosse deles).
    Mas tenho esse problema com o sobrinho do respectivo. Não consigo arrancar uma palavra daquela boca, raisparta o gaiato (17), está na idade do armário e passa horas em silêncio (o que não acho de todo normal - na minha família falamos todos muito).
    Leva a miúda e combina com ela que lá não há telefone (incluindo internet, claro) para ninguém. Vão aproveitar a viagem. Se ela não quiser (está no direito dela) deixa-a cá e manda-lhe fotografias da tua viagem de 5 em 5 minutos. Mas olha: adolescência - get used to it. (eu ainda me lembro de saber que devia dizer SIM, queria dizer SIM, que a lógica e o melhor para mim era dizer SIM - mas era o raio do NÃO que me saia boca fora - felizmente não me aconteceu muitas vezes).
    bjs


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    1. Eu fui uma adolescente muito, ahém, complicadita. E chata. se calhar isto é a paga, ou praga de mamãe :P

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  23. Bolas, já me ultrapassaram...leva-me a mim :)
    Nem me fales disso das prendas. Acho q o meu puto vai sofrer imenso graças ao trauma q tenho de ver o nr de prendas das minhas sobrinhas.
    Eu já me passo pq a minha mãe comprou 2 prendas p o puto...(e nenhuma era roupa)

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    1. Me, se eu tivesse filhos iam ser muito traumatizados, quando se comparassem com os primos. É que não acredito em excessos, até porque depois os putos não conseguem apreciar nada, andam a saltar de coisa em coisa, é uma sobrecarga de estímulos. Tantas vezes vi os meus sobrinhos a começar um lego e deixarem aquilo a meio (e nem arrumam as peças, tipo, que se lixe, acho um despropósito).

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    2. É um perfeito abuso. Nem sequer é humanamente possível, quem quer q seja, desfrutar assim, de tantas prendas em tão pouco tempo.

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  24. Ora bem, não sou mãe, mas posso dar a minha opinião? Vá de férias a Londres e quando regressar e a sua sobrinha a questionar sobre a razão de não a ter levado, pegue no tablet, telemóvel, iphone, whatever e faça exatamente a mesma expressão. Caso seja questionada de forma desabrida e chocada pela adolescente, repita as expressões usadas pela mesma. Sempre. Vai ficar bués magoada, bués chateada, bués sei lá o quê, mas é a vida. É um calduço que assenta lindamente. E escusam de começar a dizer que eu digo isso porque não sou mãe. Ainda bem para os rebentos, ou estavam todos numa instituição de acolhimento temporário! E não, não me esqueci de que já fui adolescente. Fui e nada fácil. Nada mesmo. Já nem vou comentar a falta de modos à mesa, tal como mastigar boca aberta, não saber usar garfo e faca, mergulhar a cabeça no prato, etc, etc.... M.Lopes

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    1. M.Lopes, high five, que é da minha liga! :D Brutas e fascistas. Agora a sério, quando falo nisso há imensa gente a torcer o nariz e chamar-me exagerada, mas vejo muitos exemplos de défice de educação básica. Lá em casa, aos 5/6 já comia de faca e garfo, aos 6 arranjava o meu peixe e cortava a minha carne. E palavras como por favor, obrigada, com licença, eram aprendidas muito cedo.

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  25. Eu tenho que te dar os parabéns pela coragem de tal oferta. Entreter uma chavala de 15 anos "entitled" numas férias não é coisa fácil. É abdicar da Tate modern, dos passeios à beira rio a inspeccionar bugigangas e livros antigos, é fazer fila pró London eye pela enésima vez. É aturar Starbucks e chains do género a todas as refeições, trocar um musical por um blockbuster na Leicester sq a mais de £20 por bilhete, já para não falar na tarde inteira no trocadero. Tens coragem.

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    1. AEnima, eu sei que teria de fazer concessões, mas ia com o espírito de lhe mostrar a boa, velha, rica Londres. qual Trocadero. Uma vez passei a porta, para ver o que era, e saí de imediato.
      Anyhoo, estive com ela e nem mencionou o assunto, pelo que está resolvido. Se entretanto me perguntar, digo que achei que não lhe interessava. Ponto.

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    2. Vem cá que faço te eu companhia. Pronto. A modos que não é nessa cidade que vivo mas já estou farta de ir lá só para reuniões e voltar. Um dia destes vou é fico de vez por lá.

      Se quiseres conhecer outra terriola - o meu cribb está quase pronto a ter visitas.

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    3. Vontadinha não me falta, mas este ano não me cheira que vá a lugar nenhum, por causa de cenas :/

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