quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Feliz de quem tem escolha

A parte boa de trabalhar em casa é que um gajo consegue separar uma roupita para lavar e depois estender, dar um jeito à cozinha, e porque o frigorífico mora cá, sempre dá para se comer o que se tem em casa.

A parte terrível de trabalhar em casa é que um gajo não consegue justificar não separar uma roupita para lavar e depois estender, escusar-se a dar um jeito à cozinha, e porque - raios! - o frigorífico mora cá, acaba a comer o que de pior se tem em casa.  

11 comentários:

  1. A minha bolha do LinkedIn está cheia de posts a apregoar o trabalho remoto, quase sempre ilustrados com fotos de 1 mate latte e vista para 1 praia em Bali ou 1 piscina no Alentejo, e eu - que o faço há 5 anos #ObrigadaCovid mas sempre na minha secretária IKEA e com vista para a parede - fico sempre cheia de vontade de mencionar o melhor benefício que isto me trouxe: estender roupa na hora de almoço/na pausa entre reuniões!

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    1. Só a propósito de vistas: secretária do Aki (ainda não havia ikea), mesa da cozinha ou da sala; vista para a parede respetiva. Sem latte. Uma garrafa reutilizável, com água, não sou de fiar com líquidos perto de computadores. Mas também podia ter um poster de uma praia exótica e levá-lo comigo de divisão em divisão :D

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  2. Check! #MeeToo #QuemNunca #NaMuche . Não conseguir não deixar (sem se perceber como, porquê, nem quando) a casa no caos de coisinhas espalhadas pela chão, roupa a ganhar mofo na máquina e ou por arrumar nas gavetas é o maior sentimento de culpa do teletrabalho ;) . Mas conseguir passar na mercearia ou mercado após o turno matinal de deixar petizes na escola e antes de ligar o portátil em casa é a maior vitória, logo seguida do honroso segundo lugar para gastar pausas em preparar vegetais (quando há pachorra) que ficam com água na panela de pressão e quando se chega do turno vespertino de ir buscar petizes é só ligar e temos sopa feita de fresco para o jantar.

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  3. Respondo a ambas: dá um jeitão poder tratar de cenas, que dá. Mas é uma canseira. Uma trabalheira a acrescer ao resto. Sou uma pessoa que precisa de alguma concentração, não vou para nova e cada vez é mais difícil atingir o ponto ideal para tirar proveito do trabalho. Ouvir a máquina da roupa a acabar: são os 15 minutos de estender, mas também a meia hora em que o meu cérebro depois está "qué ito?, qué brincá com ito. agora apetecia mesmo ir ali descansar. e ler. naquele filme / série / livro, aquela situação, será que era aquilo que eu pensei que era, que efeitos terá? a coisa da (situação política actual), será que estou a ver bem, 'xa cá pensar"; e também os aborrecidos "já limpava aquele armário, preciso de separar a roupa de outono para dar, temos pouca fruta, preciso de fazer uma sopa". Um marteiro.

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  4. Miúda.... Situação política, caldeirão de emoções com dissonâncias de votos no círculo família nuclear/alargada/amigos, é fase chata pr'á caramba. E sim, os apitos derivados do multitasking são do piorio também por aqui. Ninguém é super mulher/super dona de casa/super soccer mum (deusnoslivreeguarde). Faz-se o que se pode (maioria dos dias, muito pouco tendo em conta a lista de to do gigante), dentro das prioridades de cada um, e tentando (a mais das vezes falhando) conciliar vontades e interesses.

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    1. É, faz-se o que se pode, falha-se muito, arrasta-se um sentimento de culpa. A verdade é que fazemos mais do que devemos, se falhamos é porque a carga é excessiva. Não descansamos o suficiente, não temos tempo de lazer a sério (tipo, para nós, para lazer e atividades que nos deem prazer, e não para ir a correr tratar de cenas), e pronto, as cabeças explodem. Ou implodem, que faz menos sujeira :D

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    2. Por falar em lazer, eis um cromo para troca: que dizeis de Black rabbit na Netflix? Tenho estado colada ao écran. É falta de melhores critérios televisianos ou vale a pena o gasto de tempo ? Bjs

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    3. a.i., nem de propósito, começámos recentemente. Vimos o 1º, interrompemos para ver outra coisa que era tão merda que nem repito o nome, e voltámos ontem.
      Acho que é tempo bem passado, a coisa está bem feita, gosto muito do Jason Bateman, do Jude Law não, dá para equilibrar. O home está a adorar, porque ele adora este tipo de ficção em que as pessoas só fazem asneira, e depois andam a fugir às consequências.
      Já eu (olha para azunhas). Bom. Não sei se viste o Uncut Gems, é um filme do género, e não conheço um, UM homem que não tenha adorado. Incluindo me mate. Eu revirei tanto os olhos que se iam ficando presos virados para a nuca. Pah, homens adultos, com idade para ter juízo, responsabilidades na vida, e só fazem merda! Putos estúpidos, é asneira em cima de asneira, e depois mentem a quem os podia ajudar, e vão pedir ajuda ao maior mânfio das redondezas, e depois admiram-se.
      Pronto, parece que está bem feito, 8 episódios parece-me muito mas os americanos desconhecem a subtil arte da síntese, enfim. Diverte :D

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    4. Para me compensar, me mate vai ter de ver comigo KPop Demon Hunters, e não se queixar quando eu cantar as musiquinhas. É um novo momento Frozen, mas ele merece.

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    5. Ahahaha. Estou hoje a procrastinar a lida da casa/ir votar/ir buscar mai'nova a festa de pijama (cujo tema eram essas k pop!), precisamente à cause do episódio revelação do por quê homens feitos agem que nem garotos... Não vou spoilar, mas tá bem apanhado...tragédias com repercussões é um tema muito atual. E sim, Jason Bateman é delicious (o outro é só mania que é galã, irritante) dentro do género, gostei dele naquela série em que era pai de família, ao lado da outra loira glacial (nunca fixo os nomes) lá nos profundos pantanais dos estados unidos, metidos com máfias dos casinos. Bom visionamento. Bjs

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    6. E Frozen é vida ;) , ou foi, cá por casa, até há coisa de 3/4 anos. Neste momento, é a brigada Stitch (fôfuuuu) e uns vampiros (ou lá que é) que andam no liceu a aprender a tolerar outra espécie de vampiros (ou outros monstros desses), o cavalo Spirit e essas tais Kpop que ainda não tive pachorra para entender.

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