quinta-feira, 29 de março de 2018

The Cat Diaries (13)

Então e a pinxeja? A menina? A do meio? A bolachinha?
Está óptima, obrigada.
Pronto, era só isto. Não era nada. A coija boa, embora ainda tenha tiques e toques de medo, de vez em quando ainda se solte um instinto primitivo de, vendo-nos a caminhar na sua direcção, dar um pulo e fugir, está um doce que só visto.
Começou, primeiro, por demonstrar excelentes e meritórias qualidades domésticas, desde que descobriu que mantinha é melhor que chão, e se estiver a dita mantinha em cima de superfície fofa, olaré.



Curtindo o fofinho, numa boa

Seguiu apreciando valentemente o quentinho que se liberta daquele objecto estranho a que os humanos chamam radiador (ligado em permanência, junto às caminhas), ou do outro, o melhor amigo do mano, que irradia cá um calorzinho que até se consola.
O primeiro ronrom chegou perto do final do ano passado, em reacção a umas festinhas gostosas. De início, éramos nós a tomar a iniciativa: menina deitada qual odalisca, na sua caminha fofa e macia, e nós a fazer uns afagos (depois de pedir licença, que lá em casa é tudo gente muito educada). E ela gostou. Foi-se habituando, e gostou. Aos poucos fomos alongando as sessões de mimo e, um belo dia, temos ronrom. Não posso jurar, mas tenho quase a certeza que foi com me mate (traidora!, bandida!, vendida!).



Dona do pedaço

Daí em diante a evolução tem sido digna de nota. Se já se demonstrava uma garota muito curiosa, que de quando em vez apanhávamos a espreitar o que estávamos a fazer, passou a fazer aproximações deliberadas, como que pedindo atenção, especialmente a ele (a dengosa!, a serigaita!).

Fazendo o stretch em frente a papás babados

Festas, festas, afasta um pouco, aproxima de novo, festas, festas. Um dia demos com a biscas deitada no sofá, em cima de uma almofada. Quando nos viu saltou para o chão; mas voltou ao mesmo poiso. E começou as rondas: nós sentados, e lá vem ela, um miadito tímido, festas, festas, e dá meia volta. Até ao dia em que salta para cima do sofá quando lá estamos sentados. E nós aos gritos por dentro, soltando um foguetório. Salta para sofá, festas, salta para o chão, vai embora. Mas um dia fica. Julgo que se passou comigo: eu sentada no lugar do costume, ao lado uma almofada (A almofada), e ela salta, sobe para a almofada e aceita, não, pede festas. E deita-se. Ajeita-se e fica. E eu deixo-a ficar. Vai repetindo a rotina, mas só com um de nós no sofá. Um dia, adormece na mufadinha. Neste dia:


Coijamáboa. Muxigata dos papás. Lontrinha que tarda nada está a senhas de racionamento.

E pronto, o resto é história. Entretanto já se decidiu que estar no sofá, entre papá-mamã, não é má ideia, até porque há o dobro das mãos festeiras à disposição. Aliás, já reclama o seu lugar, na sua almofada (A almofada), e todas as noites há sessão de mimo, com muita festa, ronrom, escovadela (e bem precisa, que larga pelo que é uma loucura), e amassar. Também já é frequente ouvi-la ronronar lá de uma das suas caminhas, onde se enrola e adormece, depois de amassar devidamente. E brinca, brinca muito. É uma campeã de bola: seja de papel, alumínio ou corda, faz uns passes, uns dribles, uns remates que é um espanto.

Ferradinha

O único problema é que come como uma condenada. Por gulodice, por não ter mais nada para fazer, por enfado, come, come, come. Já sabe a que horas é o pequeno almoço (um terço de gourmet gold, a dividir entre todos) e reclama se atrasa (o que acontece quando o mano mai'velho demora o passeio matinal). Tem me mate na palma da patinha, e não digo que me tem a mim também porque o blog é meu, e aqui tenho o direito de definir quem sou, e o que sou é uma cabra insensível.

15 comentários:

  1. precisava de um curso intensivo, até amanhã às 18 horas. voi ficar a cuidar de um mimado, filho único, cuja dona vai serigaitar. o desgraçado foi à tosquia, diz que só tem frio, vem com a manta dele, mas a casa é-lhe estranha, eu também, lhe sou. estou tramada.

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    1. Mia, e que tal está a correr? Há gatos que odeiam sair da "sua" casa, ficam nervosos ou medrosos. Outros aceitam melhor. É deixá-los estar, deixá-los conhecer o ambiente, ter água, comida e caixote e... o resto faz-se. A menos que seja uma peste como o nosso mai'novo, que eu não deixava em casa de ninguém :P Que destrua a nossa, pronto, mas a dos outros...

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    2. acabou por não vir, e eu já com o estaminé todo pronto. ele era locais de fuga, locais de anonimato,locais de sesta, locais de tudo e mais alguma coisa que este apartamento pudesse dar ao animal,primo direito, por acaso, esqueci-me de referir. ficou em casa com nanny particular. a dona foi galdeirar e ficou descansada. mais descansada. eu fiquei assim, a pensar que podia ser uma experiência com bigodes pra contar. agora, népia. paciência. quem me mandou pôr a boca no trombone?

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    3. :D se calhar a dona teve medo de incomodar, ou que o bicho fizesse alguma traquinice ;)

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  2. esqueci-me de deixar votos de boa páscoa. foi de um arrepio que me deu, só de o imaginar todo barbeado , coitadinho.

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    1. Red, está uma bobona fofona. E sempre que a escovo tiro imenso pêlo, até tremo de pensar nas bolas de cotão que andarão escondidas lá pelos cantos (que à vista não estão)

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  4. Tão fofinha. Adoro as tartarugas.

    Eu adoptei uma gatinha com ano e meio, há 2 anos no Natal. Tinha passado os primeiros 9 meses de vida na rua e os outros 9 num apartamento só de gatos.
    Escolhemos porque era pequenina, já tínhamos um gato com 6kg, trouxemos aquela com 3kg. Era meiga, mas muito assustadiça. Agora? Uma chata do caraças não nos deixa, e mia, mia, mia. Mia porque quer festas, mia porque quer ir à rua. 5 minutos depois mia para entrar. Mia por mais festas. Quer sair outra vez. Resolve correr a casa toda aos pinotes às 2 da manhã. E subir para o roupeiro e claro saltar para cima da cama onde nós estamos a dormir. É a menina da casa.

    Ele é mais discreto, adoptado com 2 anos, gato único de pessoa idosa que nunca tinha saído do apartamento, viu se numa associação com morte do dono. Muito meigo, não gosta de colo, nem de agarramentos. Festas só quando eu estou a ler na cama. Para enfiar a cabeça entre a minha cara e o telemóvel. Espera pelo marido chegar a casa, tirar os sapatos e sentar-se na cadeira dele, para lhe atacar os pés. O marido faz lhe montes de mal e o gato adora.

    Vão sempre de férias connosco para PT 1800km de carro.

    Adorava ter mais dois ou 3 gatos...

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    1. A Scully já mia bastante, o Fox nem um pio. Pode ser feitio, não faz mal.
      Aqui entre nós, não me importava de ter mais um, mas com 3 acho que já atingimos o estatuto de crazy cat people :D

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    2. Mais e eles ficariam com pouco espaço para cada um. Depois, Mas Max teria de lhes mostrar :D.

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    3. Espaço nem lhes falta, e ainda assim os mais arredios fazem vida numa zona muito circunscrita da casa (sala e cozinha). Já vão tendo alguma curiosidade por outros cantos, mas ainda não fizeram poiso neles.
      E Mad Max, bom fica para outro capítulo da novela. Eta gatinho mai melga. (mas tão crido)

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  5. https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10211247091754177&substory_index=0&id=1265590232

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    Eu sou a anónima do gato que ataca pés.
    O laranja, Topaze, quase 8 anos, adoptado em França com 2 anos, a cinzenta, Saphir, quase 4 anos, adoptada con 1,5 na Marinha Grande.

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    1. Opá, opá, opá, são ambos lindos, mas o Topaze tem um ar régio, imperial!

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    2. O Topaze não mia. O máximo que escutamos dele é um mi, metade dum miau

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    3. Ui, é da mesma estirpe que o Fox. Nadinha. Mas tem cá um olhar expressivo...

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