quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

[ a emissão segue dentro de momentos ]

 



[a norma das sequelas - salvo raras e honrosas excepções - é esta, não havia razões para que "Confinamento 2 - A Vingança de Corona" fosse melhor que o original. níveis de ansiedade, cansaço, cagufa, desalento a bater recordes. chatice, pá. me no like. 

felizmente já ninguém anda com aquela positividade tóxica do "vai acabar tudo bem", "isto vai-nos tornar melhores pessoas", porque a) até acabar, não me doa a cabeça - a sério, não me doa; b) vai acabar bem o caralhinho, há quem já esteja acabado ainda a procissão vai no adro; c) quanto à natureza humana, bom, não tenho vontade de filosofar, é o que é. 

há bocado fomos à rua, porque era preciso aviar uma receita. aproveitámos para um passeozito, a desenjoar, eu, dos meus trajectos casa - garagem - viatura - trabalho - inverso, e ele de ir ao pão e pouco mais. não contei, porque os nervos me estavam a incapacitar um bocadito, mas tivesse dado uma paulada a cada pessoa sem máscara, e ia passar uma boa temporada na cadeia.

enfim, é o que é. muita paciência, juizinho, e caaaalma. que se foda a calma, ó. chocolate. quero. mais. preciso. mais. chocolate. nunca fiquei tão contente por estar quase a ser "dia de supermercado"]   

6 comentários:

  1. Os meus pontos altos: ir buscar pão, abrir uma garrafa de vinho, pôr tudo a dormir, beber vinho, deitar o lixo fora, beber vinho, ir buscar o correio, beber vinho, ir ao supermercado. Já falei em beber vinho? :)
    Ao fim de semana vario um pouco e bebo um martini, só naquela de fazer algo completamente diferente (definitivamente já estivemos mais longe de fundir a cuca...)

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    1. :D
      Oh pá, eu ando a tentar evitar o vinho, que pode ser um caminho sem regresso (já ando com alguma dificuldade em distinguir dias de semana e de de fim de semana, ainda começava a beber em horário de expediente). Por enquanto o chocolate está a fazer o seu trabalho. Ontem comi tanto que fiquei eléctrica e com uma valente insónia, mas isso agora não interessa nada :P

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    2. Valha-nos o vinho!! Tive de abastecer a garrafeira que as tele aulas do miúdo começam amanhã e é uma estreia cá em casa...3 horinhas de aulas em real time, com os pais em teletrabalho e um irmão de 3 anos também pela casa...era impossível n ceder ao vinho 🙄

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    3. Me, olha, pá, vocezes, os que têm de teletrabalhar e acompanhar filhos em idade pré e escolar, pá, muita paz, muita luz, muita serenidade. Whatever works, menina, forcinha :D

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  2. Eu estava a aguentar sabes, até estava. Mas no espaço de uma semana os putos ficaram doentes e ando sem dormir para acalmar febres de 40 graus nocturnas, a nanny ficou doente e não vem trabalhar, nós em teletrabalho com putos de 1 e 3 anos. Ou seja ele trabalha, eu finjo que, e ainda tenho que aturar o mau-humor do puto grande que tem sempre tanto que fazer... (note-se que eu trabalho a 3 graus de hierarquia e responsabilidade acima dele, mas eu claro, tenho toda a flexibilidade do mundo. Isto de nascer com vagina, dá-nos uma vantagem laboral muito grande). Dizia eu, até estava a aguentar, quando ontem põem Portugal na lista vermelha de países para viajar, onde no regresso, temos que passar 10 dias de quarentena obrigatória em hotel designado pelo Estado, a £2,000 por pessoa com testes, £8,000 para nós. Não é que fosse aí agora, mas saber que se dá uma coisa qq à minha mãe eu não pooso ir aí, nem ela aqui... está a ser a gota de água.

    AEnima

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    1. Ó Aenima, lamento, mesmo! Um abraço forte. Este confinamento está a levar as pessoas a um nível de cansaço extremo, e quem tem filhos pequeninos ou em idade escolar está mesmo ali no limite. E é preciso frisar, a maior carga cai sempre, sempre em cima das mulheres. É injusto e pode vir a ter efeitos tremendos: sofre a carreira, sofre a sanidade mental, sofre a família. Não percebo porque não se vê isto, que quanto mais sobrecarregada está a mulher, pior para todos.
      Quanto às limitações para viajar, já era de esperar. A minha sobrinha voltou da Alemanha no início do confinamento, e para voltar também tem de se sujeitar a uma série de regras (mas não vai voltar tão cedo, está a ter aulas por zoom).
      Aqui as coisas estão a melhorar devagarinho. O número diário de infectados está a baixar, agora é uma questão de tempo até baixar o número de mortes diárias (ainda nas 200...) e de internamentos.
      É exasperante, eu sei, mas também isto vai passar. Vai custar, mas vai passar (arranja bocadinhos de tempo só para ti, mima-te)

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