quarta-feira, 29 de maio de 2019

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[então essa semana, Izzie? lindamente, está a correr lindamente. e ainda hoje é quarta.]

sexta-feira, 24 de maio de 2019

The Cat Diaries (18) The Dude Abides

Caramba, long time no write sobre gatunfos, aposto que algumas almas mal intencionadas já pensam que os fizemos em estufado e estolas.
Nope, tudo vivo e de saúde.
Cumpre, portanto, actualizar este boletim, que qualquer dia já não tenho direito a usar a faixa de cat-blogger.

Comecemos pelo mais velho, 'tadinho, tantas vezes esquecidinho e relegado para último plano, é a sina dos sossegados e paz d'alma, concentrados e arreliados que andamos com as loucuras dos mai'novos.

A notícia que importa: deve ter sido lá para meados de Novembro passado, a mesma altura em que encontrámos a nossa (espero que) ultima e mai'nova, que senhor Fox Mulder nos resolveu brindar com o primeiro ronronar. Começou como uma espécie de pigarro, estava a ligar a máquina e devia precisar de ser oleada, ou exercitada, porque foram muitas as discussões lá em casa: "eieieieiei" me mate, todo entusiasmado "fiz uma festa ao Fox e ele começou a ronronar. E eu, senhora dona Tomé, fui ver, fiz festa, e ou zero ronrom, ou um som que era tudo menos semelhante a. "Não ronrona nada", dizia aqui a péssima mother of cats, e espoNZa ainda pior, a seu mate, que continuava a insistir que era sim senhor.

E era. Como disse, começou rouco e baixinho, hoje em dia é um definitivo, audível, expresso ronrom. Depois de mais de ano e meio com a mesma rotina - falar sempre com voz delicodoce; iniciar aproximações com vara com penas;  abordá-lo sempre de lado ou por trás, nunca de frente; iniciar tentativas de escovagem e perceber em que parte do corpo era mais receptivo (cabeça); estender a mão, deixá-lo cheirar e, se a postura corporal o manifestasse, festa com a mão - chegou ao ponto em que estendia a mão, ele cheirava, e baixava a cabeça: hurra!, sinal inequívoco de que quer a festinha, não a vai meramente tolerar. E assim fomos, até que se soltou e se entregou.

Actualmente senhor Fox já pede festas e escovinha. Sim, pede. Gosta de estar no mesmo plano que nós, portanto salta para cima da mesa da sala, fica a olhaaaar fixamente, e pronto, já sabemos, valente escovadela e festunças na cabeça, atrás das orelhas, queixo, tudo ao ritmo de um ronrom muito quentinho.


O seu primeiro amor: o aquecedor

Caraças, foi um longo caminho, mas valeu a pena. Se ele não capitulasse também não fazia mal, cada um é como cada qual, gostaríamos dele à mesma. É que mesmo quando esquivo e desconfiado o Fox sempre revelou ter um feitio muito especial, e muito adorável. Primeiro, não é nada briguento, nem maniento, e tampouco caprichoso. Desde que chegou à nossa casa que se mostrou muito protector da sua companheira Scully, e depois do Max (apesar de este ser um chatinho). Observou-nos sempre, SEMPRE, com muita atenção, quando interagíamos com a Scully e com o Max, e agora com a Selina já baixou um bocadinho a guarda. Quando o Max fazia asneira ficava especialmente atento à nossa reacção (que nunca foi violenta, apesar de muito se ter ralhado). Espera sempre que os manos estejam servidos e de tacinha à frente para atacar a sua parte de paté.

Mantendo os idiotas dos humanos debaixo de olho, like a boss




Curtindo o ar livre, like a boss

Gosta muito de dormir e, no verão, ao sol, de preferência numa cadeira com almofada. Mesmo com os 40º que fizeram o ano passado preferia estar na varanda, à sombra, vá lá, que dentro de casa. Não dispensa a sua voltinha pelos logradouros - ainda me lembro do clique, da alegria dele quando se apercebeu do local, da vastidão, e pode matar saudades da liberdade. Já sei que muita gente condena estas voltinhas mas volto a avisar: a) ele é um gato de rua; b) estes logradouros não têm acesso à rua-rua; c) não é um gato briguento, a colónia está esterilizada e ele também. E volta sempre. E já responde ao nosso chamado. Às vezes com mais vagar, afinal é gato, suspiro, e que atire a primeira pedra quem, numa situação semelhante, também não seria apanhado a argumentar com um calmeirão laranjão, sentado num muro a fingir que nos ignora, que já são horas de ir para casa.

Pose "eu não conhecho echta chenhoura"

É um tipo bestial, o nosso Fox.
Um bonzão.
Um pachola bon-vivant.
Um amorzão.

Curtindo uma soneca no braço do sofá, like a boss

E forjou com me mate uma amizade muito especial: são ambos os (feitios) protectores da casa, e já sabe que o home nunca deixará algo de mau acontecer-lhes. Aliás, é me mate o "chamado" à escovadela vespertina, função que cumpre com muito zelo e gosto. E a mim dá gosto vê-los.



Enfim, like a boss


quarta-feira, 15 de maio de 2019

Portanto, resumindo

Carros estacionados em cima de passadeiras, deixa 'tar;
Passadeiras quase apagadas, num faz mal;
Passadeiras em locais mal iluminados, paciência;
Pessoal a circular a mais de 50 k/h em localidades, e perto de locais onde se prevê atravessamento de peões pelas, tcharaaaaam, passadeiras que lá existem, que s'a lixe;
Haver gente encartada que desconhece aquela regra de que em mudando de direcção, mesmo à direita, têm de dar prioridade ao peão, cagámos;
Existirem alminhas que acham que estando verde para popó o sinal intermitente amarelo com um peão desenhado é para eles terem cuidado a atravessar, s'a foda.

Agora pintar cores entre as riscas brancas da passadeira???? Nem pensar, que seria!!! E não, não é homofobia básica e enrustida, é mesmo ralação com segurança rodoviária e direitos dos peões e assim.
Sniff. Passem-me um lencinho, que sinto uma lágrima a aproximar-se.
[camiões, camiões de piretes para esta gente]

sexta-feira, 10 de maio de 2019

Irritação de fim de tarde

Põe-me doida, mas assim de cabeça perdida, a girar como a da menina do exorcista (e só não vomito uma papa verdonga porque a) noja; b) não aprecio creme de ervilhas), ver alguém que vive da escrita ou vá, alguém em cuja actividade profissional a escrita tem um peso muito grande, a  usar "quanto muito". Pumbas, paro logo de ler e, em calhando ser um blog ( e ó, se já vi disto em blogs de dizáine irrepreensível, daqueles que não devem facturar pouco), tau, clique na cruzinha.
"Quanto muito": não. Nope. Néri. É "quando". Quando muito. Repetir cem vezes. E, cada vez que vos sentirdes tentados, lembrai: a quanto está a chaputa, quanto muito. Ou outro disparate qualquer, que vos lembre que não faz sentido.
A quem não acredita, é googlar, agora tenho aqui uma cena para acabar e não tenho tempo para links.

Pronto, já desabafei, já estou melhorzinha, não vou continuar com o assunto ou tarda nada lembro-me do pessoal que acha que nãoseiquê foi uma grande perca, e aí arranjo um problema de nervos que me dura o fim-de-semana todo.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

Prosaicamente, que eu sou uma 'soa mui prosaica

Gostava que a amável audiência me esclarecesse se é um problema só da minha zona, ou, mais especificamente, só lá de casa, de propósito para me chatear; ou se em outros pontos de Lisboa cidade, grande Lisboa ou mesmo do país, andam a ser avistadas irritantes, enormes, assustadoras traças nocturnas, em tons de castanho e pintalgados laranja, que se alapam à roupa estendida (assim entrando, à traição, à sorrelfa, na casa de uma 'soa), ou aproveitam qualquer janela aberta sinalizada por luz interior para nos invadir lar, doce lar, provocando inerentes sustos, e uma perseguição e extermínio que dispensava.
É que, tirando a gataria júnior, para quem a coisa é uma sorte grande e arredondamento, dada a diversão proporcionada com as caçadas, os habitantes andam com uns nervos que já não se pode.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

You will never find a more wretched hive of scum and villany





A espécie humana, aquela que caminha a passos largos para a própria extinção, e por mérito próprio, atenção, que nenhuma outra é dotada da necessária racionalidade que lhe permita planear e executar tão metódica e eficazmente a destruição do seu habitat, a espécie humana, dizia eu, da qual nem tenho um rol infinito de queixas porque a) ou sou uma anjinha; b) ou ando muito distraída; c) ou tenho tido uma boa quota de sorte; d) não me dou muito (introverts unite, each in its own home), tem dias em que (me) consegue provar que de facto a misantropia não é uma escolha, uma característica dos excêntricos ou falha de carácter, mas sim uma absoluta necessidade. A espécie humana, e sim, sei que estou a generalizar, que corro o risco de ser injusta, que se calhar isto se deve às actuais (e miseráveis) circunstâncias, essas que há dois anos não sentia na pele porque, lá está, e estou mesmo convencida disso, tive muita sorte com as pessoas que me calharam (e até sabia), por tudo o apontado e mais umas coisas, de facto não merece melhor destino que o que vem traçando, incapaz que é de, nas mais pequenas coisas, ser solidária, empática, colaborante ou até, vá, é pedir muito, ter um mínimo sentido de dever e de comunidade, a espécie humana, dizia, neste momento não me merece qualquer consideração ou simpatia, excepção feita a dois seres que in extremis, mesmo contra os próprios interesses e sem obrigação disso me salvaram o couro, e o que se me oferece dizer sobre a espécie humana em geral, e gente que me calhou desde que tive a estúpida ideia de me mudar de onde até estava bem para onde agora estou, é que estimo que se foda.