Já agora, novidades. O que não falta por aí são movimentos e ideologias que defendem a morte de certo tipo de "gente", por considerarem que a dita "gente" ofende certos princípios ou regras éticas que são bandeira desses movimentos. Estado islâmico, anyone? Ah, mas esses são maus, e os defensores dos bichinhos são bons. Sim, sim, convençam-se disso. Nós, os nossos ideais, somos tão bons como os meios que escolhemos para os impor, defender, divulgar. Julguei que já toda a gente sabia.
sexta-feira, 31 de julho de 2015
Fierce creatures
Pergunto-me se as pessoas que desejam ou defendem a morte, por vezes com requintes de malvadez, de um indivíduo que, cruel e deliberadamente, e para gozo próprio, causou a morte de um outro ser vivo, no caso, um animal, têm noção da contradição ética que a sua posição encerra. Entendo e/ou defendo a actuação deste fulano? Nem por sombras. Acho que qualquer tipo de actividade que causa sofrimento deliberado e injustificado noutro ser deva ser liminarmente proibida? Claríssimo. Mesmo sendo, por princípio, contra uma certa forma de justicialismo público, através de redes sociais, até consigo achar alguma piada à ironia de ter sido descoberto, e estar a ser encurralado, obrigado a deixar de exercer a sua profissão - aquela que lhe permitiu ter cinquenta mil bombocas para pagar subornar quem lhe proporcionasse a satisfação de perseguir, ferir e matar um bicho raro - nunca disse que sou boa pessoa. Mas defender que lhe devia acontecer o mesmo? Que devia morrer? Pior: que se pudesse, o matava, porque gente desta não faz falta? Ora, ora, ora. Não. Porque não me coloco no mesmo patamar sociopata de quem faz uma cena destas, ponto.
Já agora, novidades. O que não falta por aí são movimentos e ideologias que defendem a morte de certo tipo de "gente", por considerarem que a dita "gente" ofende certos princípios ou regras éticas que são bandeira desses movimentos. Estado islâmico, anyone? Ah, mas esses são maus, e os defensores dos bichinhos são bons. Sim, sim, convençam-se disso. Nós, os nossos ideais, somos tão bons como os meios que escolhemos para os impor, defender, divulgar. Julguei que já toda a gente sabia.
Já agora, novidades. O que não falta por aí são movimentos e ideologias que defendem a morte de certo tipo de "gente", por considerarem que a dita "gente" ofende certos princípios ou regras éticas que são bandeira desses movimentos. Estado islâmico, anyone? Ah, mas esses são maus, e os defensores dos bichinhos são bons. Sim, sim, convençam-se disso. Nós, os nossos ideais, somos tão bons como os meios que escolhemos para os impor, defender, divulgar. Julguei que já toda a gente sabia.
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Pois Izzie a confusão que estas pessoas me fazem. Não percebo mesmo a coerência. Mas sabes que mais? pessoas assim, proliferam por aí que nem cogumelos. Isto assusta-me... e o "gosto mais dos meus animais do que das pessoas e dava mais a minha vida pelos meu animais do que por certas pessoas"... enfim...
ResponderEliminarBeijinhos
Tal e qual.
ResponderEliminarobrigada. tenho muita dificuldade em explicar isto por escrito mas de forma simples, acho que as pessoas estão sempre prontas para uma crucificaçãozinha e incomoda-me o quanto é fácil arrastarem-se pela onda.
ResponderEliminarÉ o chamado "justiceiro de facebook" que, na verdade, só quer aparecer e demonstrar que é muito boa pessoa. Mas dali não se pode esperar que venha grande coisa.
ResponderEliminarCaraças, é que não tiro uma vírgula. Calhaus com olhos, pá.
ResponderEliminarDulce/Porto
Eu não entendo, tanta compaixão para com uns seres e tanto ódio para outros. Já li em cenas, sobre a questão de testes em animais, tipo para quê se às prisões estão cheias de pedófilos e assassinos. E esta é a altura em que o Mengele bate palmas lá do outro mundo.
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