Parece que o indivíduo lhe fez uma razia, não sei se já tinha o pé na estrada, ou se isto se passou numa passagem de peões, já lá vão muitos anos desde que me contaram e não tenho uma memória assim tão boa; para o caso nem interessa muito, o facto é que sujeito A fez razia a sujeito B, deslocando-se o primeiro de carro e o segundo a pé. Vai daí, o coisinho a penantes solta desabafo que consistiu num sonoro "filhadaputa", sucedendo que cidadão automobilizado seguia de janela aberta e ouviu. Acto contínuo, pára o carro, sai, e assenta valente castanhada no rosto do incauto peão, e isto porque, segundo a sua posterior justificação, aliás prestada a agente da autoridade que calhou assistir, ninguém faltava ao respeito à sua mãezinha, uma santa senhora, que até já tinha morrido (aposto que disse "falecido") e tudo.
E pronto, foi assim que aconteceu. Eu achei graça, mas fiz de conta que não, que sou pessoa que até se esforça por corresponder às expectativas, e meus interlocutores até mereciam uma normal circunspecção e escândalo com a historieta. Além de que como é que eu ia explicar, depois, que não, não eram gargalhadas de indiferença "ao que isto chegou!", mas em haver gente tan burra, tan limitada, tan enfim que reaja assim (e à frente de um polícia! credo, pá.) quando era por demais compreensível a oportunidade da intervenção, evidente a generalidade do insulto, que o agredido obviamente não particularizava nem desmerecia especificamente a mãe da cavalgadura. R'almente há gente com umas sensibilidades muito sensíveis.
[E do que me tenho safado, eu, pessoa tão dada ao desabafo vernacular.]
é um daqueles casos em que argumentar parece uma perda de tempo, mas ficar calado faz mal ao estômago.
ResponderEliminaré. um gajo faz o quê? e como se explica a um çençível destes que não tem razão?
Eliminar