É possível ser crítico da atuação de um Estado em relação a outro Estado, empatizar com o sofrimento e luta da população oprimida do segundo e, ainda assim, ficar horrorizado quando um grupo terrorista chacina indiscriminadamente civis do primeiro. E condenar, claro, porque nem podia ser de outra forma, a atuação de tal grupo terrorista, sem "mas", sem "é preciso contextualizar", ou "é uma luta legítima".
NÃO.
Repetir todos os dias, pela manhã e noitinha: massacre de civis, sejam eles quem forem, não é uma forma de luta legítima, e ainda menos aceitável. Sem "ah, mas os civis do outro país..."
NÃO.
Não pagam inocentes pela morte de inocentes. Aceitar isto é perder a última centelha de decência, de humanidade, de sentido de justiça. Recuso.
Pronto, era só isto, e que cada vez estou mais orfãzinha, ideologicamente falando; a minha esquerda, que contemporiza com o horror disseminado por um grupo terrorista fundamentalista islâmico, ironicamente, financiado pelo Irão, uma teocracia, onde ainda a semana passada mais uma jovem foi posta em coma pela polícia da moral por andar de cabeça destapada, a minha esquerda, dizia eu, perdeu o norte, caiu e bateu com a cabeça, como dizia o outro jaz morta e apodrece, e parece que só meia dúzia sente o cheiro e vê o cadáver.
Na esquerda ainda nos vale o Rui Tavares, que tem estado muito bem, talvez por ser historiador, talvez por ter noção. (tenho muita pena por não ter podido votar Livre nas últimas legislativas. :( )
ResponderEliminarO Rui Tavares, sim, esteve muito bem. Tomara muitos, à esquerda e à direita. É muito inteligente, e sabe exprimir-se como já há poucos :')
EliminarMas e agora a cena do hospital, hã. Um hospital. Hospital, pah. Não.
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