quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Perigo: altíssimo teor de bazófia

 É muito raro poder gabar-me dos bons resultados de decisões minhas, pelo que, em acontecendo, há que assinalar: parece que a cena de trocar o me-mobile em Junho por um híbrido foi mesmo, mesmo, mesmo bem jogado. 

Cada um é como cada qual, nada de julgamentos morais, mas aquela besta bebia combustível que era um disparate. A minha rica mula ruça - híbrido + cor de burro quando foge -, antes pelo contrário. De tal forma que a primeira vez que abasteci, lá para Julho, depois de gastar o quarto de depósito com que vinha do stand, fiquei cho-ca-da com o disparate do preço da gasolina, se não me engano ali à roda do euro e cinquenta e oito. Mal sabia eu, hein. De qualquer forma, um depósito cheio dá para cerca de oitocentos quilómetros (!!!), se não fizer muita estrada (final de Julho e Agosto lixei a média, adiante). Verdade. O motor eléctrico, ao contrário do que supunha e o vendedor me desenganou, funciona por defeito, a combustão só entra em cena quando o outro não dá vazão (subidas, acelerações, velocidade elevada). E não tem de ligar à tomada (isto era condição sine qua non, ou não tenho onde ligar ou paciência para me chatear com isso), a bateria carrega com o movimento. Tenho um esquentador assim, acho que é um dínamo que faz a magia, não percebo nada disso, anyhoo o esquentador é supimpa, sem dependência de pilhas ou tomadas, mas a marca faliu e já não há mais (vulcano, rip). 

Em resumo, muito satisfeita com o popó. Cada vez que volto a abastecer a gasolina está ainda mais cara, mas com juízo isso só acontece uma vez por mês ou a cada dois meses, não é mau. Consigo fazer o casa-trabalho-casa praticamente só em modo eléctrico, ando devagar para não gastar, e o carro dá pontos eco (o meu record é 84, mas dêem-me tempo); é só um bocadinho chato porque apita por tudo e por nada: ele é porque me desviei um nadinha para a faixa do lado, ele é porque me estou a aproximar muito do carro da frente, ele é porque a minha mala vai ali à solta, no banco do pendura, sem cinto; ele é porque a mochilona do trabalho devia era ir no chão, ou então na cadeirinha de bebé / com cinto posto. Mas estou tan contentinha. Eu, que sempre tive tanto azar aos carros (bate na madeira). Haja saudinha, este é para estimar.

6 comentários:

  1. Olá. Fiquei interessada, não sabia de carros híbridos sem ligar a tomada =D podes dizer a marca e modelo? o meu carro a gasolina esta a dar as últimas e quando mudar será ou hibrido ou electrico.

    Obrigada!

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    1. O meu é um toyota yaris (o anterior também, mas a gasolina). Acho que só têm possibilidade de híbrido a partir deste modelo (há um modelo "abaixo", mais barato e bem giro, por sinal, que é o aygo, mas é muito pequeno para mim).
      O Yaris é um utilitário muito jeitoso para quem não precisa ou não goste de carros enormes, como eu. O híbrido tem mudanças automáticas (estou fã), e em Junho estavam a valorizar muito o carro antigo na retoma.

      Também pensei em eléctrico, mas não tenho condições para o carregar, e os postos de carregamento estão sempre à pinha.

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  2. Olá! E como é a questão da bateria eléctrica, que teria uma duração muito limitada (tipo 10 anos)? Não se aplica nos híbridos?

    P.S - Também sou fã do Yaris (e era menina para o Aygo não fosse o meu o carro "de família" e ainda somos 3 mais a cadelita, e biclas e skates e tralha) mas o meu a gasolina não me parece gastar assim tanto - é o modelo mais baixo, um mil com 69 cv...

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    1. Goldfish, essa também era uma das minhas preocupações, porque o que gastaria numa bateria eléctrica- de carro eléctrico não chegava perto do que gasto de gasolina no mesmo tempo. Esta bateria é bem mais barata (o vendedor disse-me o preço mas já não me lembro), tem uma garantia longa (7 anos, se não me engano), e é composta por 3 módulos, ou seja, em caso de avaria diminui a probabilidade de ter de mudar toda a bateria.

      Se eu tivesse um yaris de 69 cv ainda não tinha trocado, esperava que fizesse pelo menos 10 anos - o meu tinha 8. Mas na altura comprei um mais potente, porque era suposto usá-lo principalmente em estrada, que em cidade andava de transportes. Entretanto estraguei as costas, e passei a usar carro todos os dias, era uma sangria.

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    2. Sim, sim, cá em casa os carros também são espremidos até não darem mais (mentira de privilégio branco, são mantidos até começarem a dar chatice), sendo que o Yaris mais velho já faz 15 aninhos mas foi gozar a pré-reforma às mão do esposo que anda pouco e só alguns dias por semana, e está a aguentá-lo até ao falecimento. Mas é sempre bom saber desses pormenores, obrigada!

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    3. Idem, porque sou muito forreta para carros :D Se duram menos de dez anos acho que é € mal gasto. A menos que haja circunstâncias que façam valer a pena mudar, e haja inc€ntivos, como foi o caso.
      Os toyota são bichos para durar bastante, e ainda bem.

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