Avizinham-se tempos muito inquietantes. É o princípio do fim da Europa. E a Merkel foi/é uma das coveiras. Saudadinhas do Helmut Khol e do Jaques Delors
Confesso que me emociono por dá cá aquela palha, mas hoje de manhã até me vieram as lágrimas aos olhos. Sempre tive as minhas reservas em relação à União Europeia, mas de repente, foi um gut feeling, um funny feeling, um sinking feeling. Paula
A UE precisa de levar uma grande volta, pois precisa. Mas sempre tive esperança que os líderes tivessem um momento de luz e o percebessem, e principalmente o fizessem de dentro para fora. Isto agora, bom, isto agora. Tenho também um sinking feeling.
Fiquei perplexa com as notícias. Apesar de tudo, pensava que o bom senso ia permanecer. É mais o que nos une do que o que nos separa e fico realmente triste que isto vá acontecer. Sem contar com o destino incerto de tantas pessoas que conheço que deixaram tudo para fazer do UK a sua casa. É difícil.
Nunca acreditei que eles ficassem. E sim, estes liberais estão a tentar destruir a Europa. Começaram a servir-se da crise para semear Passos Coelhos por todo o lado.
Por outro lado, os ingleses fazer-me lembrar aqueles membros dos trabalhos de grupo que não fazem um cu, só mandam bitaites e ainda exigem que tudo seja feito à maneira deles.
Pois agora, que se apanhem com a Escócia. E com os EUA furiosos. E com o Johnson (cujo pai era turco e tal) como primeiro-ministro.
Outro ponto: ontem, decidi ir ver se alguns ingleses, assim daqueles famosos e jovens diziam alguma coisa nos seus twitters.
Um deles limitou-se a dizer para as pessoas votarem. De resto, nada. Onde estão os artistas que expressavam a sua opinião, que faziam campanhas?
Sim, a Europa começou a ser desmantelada graças a esta vaga de neo-liberalismo desenfreado. Sem dúvida. Esta situação deve-se muito a santinhos como a Merkel e o próprio Cameron, sempre na linha da frente com as ideologias de privatização de tudo, responsabilização dos pobrezinhos que não produzem, etc. É preciso reformar, e muito. Mas agora não sei se é irreversível. E os ingleses, verdade, com as suas excepções e exclusões. Mas é curioso verificar que o voto urbano e o voto jovem são no sentido de ficar. Muito curioso. Jogaram fora a esperança de toda uma geração, é o que é - não só os ingleses, mas esta europa da última década.
Olá anónimo, não sei bem as razões em concreto mas posso dizer-te que eu não podia twittar com opiniões políticas porque sou 100% financiada por instituições governamentais que não pode ter opinião política. Directrizes muito enfaticas e específicas vieram de cima. Fui quebrando a regra (pouco) no Facebook porque tenho definições de privacidade estritas mas nem isso podia. O Twitter é claramente uma plataforma de trabalho e uma opinião pessoal é assumida como institucional.
É o mesmo motivo pelo qual a família real também não se pode pronunciar. Ficamos só com a possibilidade de incentivar ao voto.
A Europa não é perfeita, sobretudo para os países como Portugal, mas o UK queixa-se do quê mesmo? Terem tantos imigrantes porque têm tantos empregos? Tanta gente com curso superior a querer ir trabalhar para lá? Realmente é duro.
Fuschia, eu não vejo ninguém se queixar dos tugas, espanhóis ou gregos. Já dos romenos, que vem para cá com 5 filhos e sem emprego e exigem casa do governo... e o medo da entrada da Turquia. É puro racismo, acredita, mas não sinto que seja contra o típico europeu trabalhador empregado.
Mas o problema é que não dá para escolher. Senão nós também escolhíamos que os burros, pobres de carteira e de espírito fossem pregar para outro sítio, mas não dá, né. E os investigadores que fazem fila para ir para o UK? Acho que não puseram bem as coisas na balança.
Assusta e muito. E estou sinceramente preocupada com o destino dos muitos imigrantes (portugueses e não só) que lá trabalham - e pagam impostos, parece que se esqueceram disto, os imigrantes também contribuem, além de criarem riqueza, e por aí fora.
Estou verdadeiramente triste. Mas penso que o Reino Unido se vai desintegrar, o que também é péssimo para a União Europeia. Mas sim, é enfeirar enquanto se pode. Estou de mal com o povo inglês, que tanto admiro.
Sãozinha, não percebo como não previram que a Escócia levantasse o dedo e dissesse 'ei, nós preferimos ficar com eles'. Isto é um desmoronar de um projecto colectivo, um retorno aos nacionalismos, não pode ser bom. O rumo que a ue levava era péssimo, mas tive sempre a esperança de que houvesse bom senso.
Oh, somos almas "génias" (ahahahah, já roubei!), que a nossa conversa foi a mesma. Também estava muito crente no ficar, mas era assim uma esperança muito vaga. Enfim, vamos lá a ver.
Mas isso é um mal que lastra pela Europa, o medo de tudo, e tratemos primeiro de nós, vamos fechar as portas que vêem lá os maus, ai, ai, ai. Há um livro muito giro sobre esse medo do estranho / estrangeiro / diferente / exótico: Drácula. Era um medo muito vitoriano, e agora está in outra vez.
Deve ter actualizado assim que saiu o resultado. Ou mesmo antes, que há umas horas que a libra vinha a descer.
Estive a ler um artigo no The Guardian sobre o impacto no cinema inglês. É que se acabaram os fundos europeus. E também será mais complicado vender e comprar.
Daí que me chocasse que nenhum artista fosse um pouco mais verbal.
Não "sigo" muitos artistas no face, por isso não faço ideia. Mas sigo o Guardian (bruxo), e andava animadota. Malvados. Tenho de seguir o sun e o Daily mirror para ser mais realista e andar a par da vontade popular :(
E, no YouTube, estão todos os episódios do documentário mais recente, dirigido e apresentado pela mesma autora :).
Eu seguir artistas, a bem dizer, é mais o Tom Hiddleston, mesmo agora que ele estabeleceu uma joint venture (tenho 35 anos e sou cínica) com a Taylor Swift. Só que me lembrei de ir ver o que dizia o pessoal do GOT, etc. É que este pessoal é inglês e filma em países da UE.
Por acaso os poucos que sigo no face apelaram ao voto para ficar (Jamie Oliver e Jamie XX por ex). Eu fiquei chocada com o resultado (claro que a minha amostragem é mínima e muito selectiva):(
O circo já começou. Horas depois de se anunciar o resultado, o meu vizinho UKIP manda um email ao gerente do condomínio para ver que despesas anuais temos com os regulamentos que "essa gente" nos trouxe que ele queria contar com todo esse "nonsense" e seus custos. Eu perguntei quem eram "essas pessoas" e ele ainda não me respondeu.
Vergonha de viver num país com esta gente, tão ignorante em tweed e relógio de bolso. Se o sol fosse um bem transitavel, emigraria já para a Escócia.
AEnima, pá, ontem vi as primeiras notícias desse tipo de atitudes, e até me deu a volta ao estômago. Então parece que com os polacos está a ser de uma virulência nojenta: andaram a por folhetos em caixas de correio de polacos com os dizeres mais abjectos. Não pode ser. Isto faz-me lembrar as caixas de comentários de notícias no facebook, essa gentinha racista agora sente-se validada para dizer o que lhes apetece. Nojento.
A campanha do medo e a desinformação ganhou. Medo dos emigrantes que: 1. Vêm para aqui roubar os nossos empregos – deviam era questionar-se por que é que quem vêm de uma Europa mais pobre consegue chegar aqui com uma boa formação. O facto de termos boas universidades públicas que podemos frequentar sem ter de vender rins é uma boa pista; 2. Vêm para aqui para viverem de subsídios - mentira, tens de trabalhar X (4?) anos até poderes pedir alguma coisa; 3. Vêm para aqui sobrecarregar o NHS - fiaram-se no que o Farage disse em vez de repensarem o financiamento do sistema e agora vai dar cocó; 4. Vêm para aqui roubar a “allowance” de emigrantes que podia ser gasta com o meu primo – cidadãos da Commonwealth puderam votar e não me admira que o que se passou com uma amiga tenha acontecido com mais gente. Sem saber que ela é portuguesa, o rapaz confidenciou-lhe que votou Leave porque tem uns primos que querem vir para cá e pode ser que se vierem menos pessoas da Europa o UK abra mais as portas aos outros países Commonwealth.
Um gajo lê esses argumentos e tem vontade de os brindar com "for fucks sake" (o 4, então, eye roll, viva o meu umbigo). Mas depois pensa mais um bocadinho e lembra-se que por cá também se ouve muito disso. E são sempre os mesmos extremos da escala social a agarrar-se a argumentos anti-emigrantes, curioso. Por cá, a classe média que nos anos dourados dos subsídios europeus teve desafogo para largar a escola pública e por os filhos nos privados, para fazer um seguro de saúde e achar que o SNS é coisa de pobre, que andou a defender que o Estado sobrefinanciava os serviços públicos que afinal só serviam para parasitas subsidiodependentes, agora anda mais à rasca e culpa quem? Os do costume: os pobres subsidiodependentes e os emigrantes que nos gastam os recurso. Os Salgados, Varas e outros banqueiros, nem pensar, 'tadinhos desses.
Por falar em Salgados e Varas, este fim de semana vi o The Big Short, que nos mostra que dê por onde der, as culpas das asneiras que políticos e banqueiros fazem, vão sempre cair nas costas largas dos emigrantes e pobres. Se ainda não viste, recomendo.
Triste. Passei o dia meio em estado de choque quando o meu homem me dá a notícia assim sem anestesia logo que me levantei. Tudo já dito ^^, limito-me a anuir, por um lado, e *shake my head*, por outro. (Por outro lado, o lado limonada, a nossa road trip por essas bandas já está(estava) marcada para Outubro. Sinto-me agora muito contente - not - por ser uma pessoa previdente e ter marcado tudo com bastante antecedência... *eye roll*)
No dia da votação estava com alguns UK's (como se referem os habitantes do Reino Unido??? mega falha, não faço ideia) e eles iam sair mais cedo da conferência para conseguirem ir votar. Mas estavam crentes na permanência. (azar do caraças, com greves em França e Bélgica não chegaram a tempo). Eu sinceramente acreditava que ia ganhar o "sair" mas esperava que ganhasse o "ficar". E continuo a achar que por cá tb ganhava o "sair". A maioria de nós vota com o coração, com o estômago, com tudo menos lógica e coerência. E as campanhas são sempre muito pouco verdadeiras. Como é que se leva algo a referendo (para se ganhar uma eleição) sem mostrar muito bem as consequências? Não estamos a falar de ética nem de moral, estamos a falar de algo cujas implicações são maiores (e mais complexas) do que um indivíduo ou uma nação. E o brincar à democracia é algo que me encanita o espírito. Então há um referendo e como não dá o resultado que queremos é "bora fazer outro e já agora mudamos as regras para que, mesmo que o resultado se mantenha, signifique o contrário"??? E ouvir alguém: "ai se eu soubesse que ia acontecer isto, não tinha votado assim"; "já me arrependi". Epá eu tinha muita vergonha e ficava muito caladinha....
Patrícia, devo ser uma totó, mas estava crente que ia ganhar o ficar. Se calhar tenho-os em melhor consideração do que merecem, não sei. Acredito que haja muita gente francamente consternada, mas esse pessoal que votou só naquela, a brincar, ai vou protestar, e agora se admira? A sério? Fogo, um voto é uma arma, qualquer dia é preciso fazer exame para ter licença. Que falta de esperança na humanidade. Agora vamos ver, né? Pois.
Eu acreditava no sair pela mesma razão que me faz ter a certeza de que se houvesse um referendo sobre a adopção pelos casais homossexuais ganhava o "Não". Porque no fundo somos extremamente retrógrados, racistas e homofóbicos. Porque achamos sempre que somos melhores que os outros, porque a imigração e as fronteiras abertas (e eles nem sequer são schengen) são uma treta, porque não temos um pingo de empatia pelo próximo. Porque se "eu" consegui chegar onde cheguei, os outros só não conseguem se não quiserem. (caraças pá, eu não era assim tão pessimista/realista)
:( Depois da eleição do Khan fiquei assim a modos que a acreditar que as pessoas conseguem olhar para além de coisinhas como cor de pele ou religião, p'cebes? Sou uma lírica. E um bocado parvalhona.
E conseguem... no específico e não no geral. Conseguem... cara a cara e não com a protecção do anonimato. Eu tb sou uma lírica... mas nas últimas semanas estou a levar com uma estalada da realidade.
Idem aspas na estalada de realidade. Então as notícias de manifestações, bocas, pichagens racistas e xenófobos, pah, que dor. Coitadas das pessoas. Ninguém merece.
Ja viste o ratos a abandonar o navio? O Cameron, amuado, ainda ficou com status the heroi nacional - ja todos se esqueceram que a ideia do referendo foi dele! O Boris com ar the virgem violada, tao atraicoadinha, aproveitou logo a desculpa da "traicao" do Gove para abandonar o barco [ninguem me tira que isto e' puro teatro combinado entre os dois, porque nem o Gove nem o Boris querem o cargo]. E agora este Nazi pedagogo, besta racista do farage, acha que merece "ferias". Tarde demais!
podes crer :/
ResponderEliminar(ainda estou perplexa)
Avizinham-se tempos muito inquietantes. É o princípio do fim da Europa. E a Merkel foi/é uma das coveiras. Saudadinhas do Helmut Khol e do Jaques Delors
EliminarE do miterrand e do de gaule etc.
EliminarEstamos todos de luto. Hoje no meu departamento da uni (só somos 500 pessoas) era cada uma com uma cara de enterro pior que a outra... fomos beber!
Confesso que me emociono por dá cá aquela palha, mas hoje de manhã até me vieram as lágrimas aos olhos. Sempre tive as minhas reservas em relação à União Europeia, mas de repente, foi um gut feeling, um funny feeling, um sinking feeling.
ResponderEliminarPaula
A UE precisa de levar uma grande volta, pois precisa. Mas sempre tive esperança que os líderes tivessem um momento de luz e o percebessem, e principalmente o fizessem de dentro para fora.
EliminarIsto agora, bom, isto agora. Tenho também um sinking feeling.
Fiquei perplexa com as notícias. Apesar de tudo, pensava que o bom senso ia permanecer. É mais o que nos une do que o que nos separa e fico realmente triste que isto vá acontecer. Sem contar com o destino incerto de tantas pessoas que conheço que deixaram tudo para fazer do UK a sua casa. É difícil.
ResponderEliminarPois. Os nossos emigras lá. Pois.
EliminarEh pá. Isto.
ResponderEliminarhttps://twitter.com/jrhopkin/status/746225648306294784
É bem o espelho do traste que ele é.
EliminarNunca acreditei que eles ficassem. E sim, estes liberais estão a tentar destruir a Europa. Começaram a servir-se da crise para semear Passos Coelhos por todo o lado.
ResponderEliminarPor outro lado, os ingleses fazer-me lembrar aqueles membros dos trabalhos de grupo que não fazem um cu, só mandam bitaites e ainda exigem que tudo seja feito à maneira deles.
Pois agora, que se apanhem com a Escócia. E com os EUA furiosos. E com o Johnson (cujo pai era turco e tal) como primeiro-ministro.
Outro ponto: ontem, decidi ir ver se alguns ingleses, assim daqueles famosos e jovens diziam alguma coisa nos seus twitters.
Um deles limitou-se a dizer para as pessoas votarem. De resto, nada. Onde estão os artistas que expressavam a sua opinião, que faziam campanhas?
Bando de espinafres!
Sim, a Europa começou a ser desmantelada graças a esta vaga de neo-liberalismo desenfreado. Sem dúvida. Esta situação deve-se muito a santinhos como a Merkel e o próprio Cameron, sempre na linha da frente com as ideologias de privatização de tudo, responsabilização dos pobrezinhos que não produzem, etc.
EliminarÉ preciso reformar, e muito. Mas agora não sei se é irreversível.
E os ingleses, verdade, com as suas excepções e exclusões. Mas é curioso verificar que o voto urbano e o voto jovem são no sentido de ficar. Muito curioso. Jogaram fora a esperança de toda uma geração, é o que é - não só os ingleses, mas esta europa da última década.
Olá anónimo, não sei bem as razões em concreto mas posso dizer-te que eu não podia twittar com opiniões políticas porque sou 100% financiada por instituições governamentais que não pode ter opinião política. Directrizes muito enfaticas e específicas vieram de cima. Fui quebrando a regra (pouco) no Facebook porque tenho definições de privacidade estritas mas nem isso podia. O Twitter é claramente uma plataforma de trabalho e uma opinião pessoal é assumida como institucional.
EliminarÉ o mesmo motivo pelo qual a família real também não se pode pronunciar. Ficamos só com a possibilidade de incentivar ao voto.
A Europa não é perfeita, sobretudo para os países como Portugal, mas o UK queixa-se do quê mesmo? Terem tantos imigrantes porque têm tantos empregos? Tanta gente com curso superior a querer ir trabalhar para lá? Realmente é duro.
EliminarEu sei lá do que eles se queixam, são dos países com mais cláusulas de excepção.
EliminarFuschia, eu não vejo ninguém se queixar dos tugas, espanhóis ou gregos. Já dos romenos, que vem para cá com 5 filhos e sem emprego e exigem casa do governo... e o medo da entrada da Turquia. É puro racismo, acredita, mas não sinto que seja contra o típico europeu trabalhador empregado.
EliminarMas o problema é que não dá para escolher. Senão nós também escolhíamos que os burros, pobres de carteira e de espírito fossem pregar para outro sítio, mas não dá, né. E os investigadores que fazem fila para ir para o UK? Acho que não puseram bem as coisas na balança.
EliminarIrreversível, só a morte, mas que assusta ver a mentalidade de algumas pessoas, lá isso assusta.
ResponderEliminarOs partidos de extrema-direita aproveitam-se das fragilidades provocadas pela crise. Sempre assim foi.
Também me pergunto o que será dos imigrantes.
Enfim, talvez isto alerte a UE que não pode haver dois pesos e duas medidas para os seus membros.
Assusta e muito. E estou sinceramente preocupada com o destino dos muitos imigrantes (portugueses e não só) que lá trabalham - e pagam impostos, parece que se esqueceram disto, os imigrantes também contribuem, além de criarem riqueza, e por aí fora.
EliminarEstou verdadeiramente triste. Mas penso que o Reino Unido se vai desintegrar, o que também é péssimo para a União Europeia. Mas sim, é enfeirar enquanto se pode. Estou de mal com o povo inglês, que tanto admiro.
ResponderEliminarSãozinha, não percebo como não previram que a Escócia levantasse o dedo e dissesse 'ei, nós preferimos ficar com eles'.
EliminarIsto é um desmoronar de um projecto colectivo, um retorno aos nacionalismos, não pode ser bom. O rumo que a ue levava era péssimo, mas tive sempre a esperança de que houvesse bom senso.
Estava completamente crente que eles ficavam, mas enganei-me profundamente.
ResponderEliminar(a nossa conversa ao pequeno-almoço foi sobre turismo nas ilhas. somos uns cães :D
Oh, somos almas "génias" (ahahahah, já roubei!), que a nossa conversa foi a mesma. Também estava muito crente no ficar, mas era assim uma esperança muito vaga. Enfim, vamos lá a ver.
EliminarPensaram com a pila, é o que é.
ResponderEliminarNão previram o que aconteceria depois da guerra do Iraque, não previram o que aconteceria depois da crise, não souberam lidar com os refugiados.
Parecem cada vez mais analfabetos e narcisistas.
Mas isso é um mal que lastra pela Europa, o medo de tudo, e tratemos primeiro de nós, vamos fechar as portas que vêem lá os maus, ai, ai, ai.
EliminarHá um livro muito giro sobre esse medo do estranho / estrangeiro / diferente / exótico: Drácula. Era um medo muito vitoriano, e agora está in outra vez.
O Boris Johnson com primeiro-ministro... só falta regressar o Berlusconi.
ResponderEliminarPor falar em livros, tb irei aproveitar para comprar uns livrinhos e umas séries. O primeiro será o da Mary Beard sobre o império romano.
Bela ideia! Será que a amazon já actualizou a taxa de câmbio?
Eliminar(o Boris. credo. livraram-se os londrinos daquilo para agora...)
Deve ter actualizado assim que saiu o resultado. Ou mesmo antes, que há umas horas que a libra vinha a descer.
EliminarEstive a ler um artigo no The Guardian sobre o impacto no cinema inglês. É que se acabaram os fundos europeus. E também será mais complicado vender e comprar.
Daí que me chocasse que nenhum artista fosse um pouco mais verbal.
Não "sigo" muitos artistas no face, por isso não faço ideia. Mas sigo o Guardian (bruxo), e andava animadota. Malvados. Tenho de seguir o sun e o Daily mirror para ser mais realista e andar a par da vontade popular :(
EliminarJá agora, obrigada pela dica desse livro. Mate é tantan pelo Império Romano, já tenho uma sugestão de prenda-surpresa ;)
EliminarE, no YouTube, estão todos os episódios do documentário mais recente, dirigido e apresentado pela mesma autora :).
EliminarEu seguir artistas, a bem dizer, é mais o Tom Hiddleston, mesmo agora que ele estabeleceu uma joint venture (tenho 35 anos e sou cínica) com a Taylor Swift. Só que me lembrei de ir ver o que dizia o pessoal do GOT, etc. É que este pessoal é inglês e filma em países da UE.
Por acaso os poucos que sigo no face apelaram ao voto para ficar (Jamie Oliver e Jamie XX por ex). Eu fiquei chocada com o resultado (claro que a minha amostragem é mínima e muito selectiva):(
EliminarAnónima/a, vou procurar, obrigada!
EliminarMadalena: sei que o Eddie Izzard andou a fazer campanha pelo remain, mas mais ninguém.
O circo já começou. Horas depois de se anunciar o resultado, o meu vizinho UKIP manda um email ao gerente do condomínio para ver que despesas anuais temos com os regulamentos que "essa gente" nos trouxe que ele queria contar com todo esse "nonsense" e seus custos. Eu perguntei quem eram "essas pessoas" e ele ainda não me respondeu.
ResponderEliminarVergonha de viver num país com esta gente, tão ignorante em tweed e relógio de bolso. Se o sol fosse um bem transitavel, emigraria já para a Escócia.
AEnima, pá, ontem vi as primeiras notícias desse tipo de atitudes, e até me deu a volta ao estômago. Então parece que com os polacos está a ser de uma virulência nojenta: andaram a por folhetos em caixas de correio de polacos com os dizeres mais abjectos.
EliminarNão pode ser. Isto faz-me lembrar as caixas de comentários de notícias no facebook, essa gentinha racista agora sente-se validada para dizer o que lhes apetece. Nojento.
A campanha do medo e a desinformação ganhou.
EliminarMedo dos emigrantes que:
1. Vêm para aqui roubar os nossos empregos – deviam era questionar-se por que é que quem vêm de uma Europa mais pobre consegue chegar aqui com uma boa formação. O facto de termos boas universidades públicas que podemos frequentar sem ter de vender rins é uma boa pista;
2. Vêm para aqui para viverem de subsídios - mentira, tens de trabalhar X (4?) anos até poderes pedir alguma coisa;
3. Vêm para aqui sobrecarregar o NHS - fiaram-se no que o Farage disse em vez de repensarem o financiamento do sistema e agora vai dar cocó;
4. Vêm para aqui roubar a “allowance” de emigrantes que podia ser gasta com o meu primo – cidadãos da Commonwealth puderam votar e não me admira que o que se passou com uma amiga tenha acontecido com mais gente. Sem saber que ela é portuguesa, o rapaz confidenciou-lhe que votou Leave porque tem uns primos que querem vir para cá e pode ser que se vierem menos pessoas da Europa o UK abra mais as portas aos outros países Commonwealth.
*suspiro*
Um gajo lê esses argumentos e tem vontade de os brindar com "for fucks sake" (o 4, então, eye roll, viva o meu umbigo). Mas depois pensa mais um bocadinho e lembra-se que por cá também se ouve muito disso. E são sempre os mesmos extremos da escala social a agarrar-se a argumentos anti-emigrantes, curioso.
EliminarPor cá, a classe média que nos anos dourados dos subsídios europeus teve desafogo para largar a escola pública e por os filhos nos privados, para fazer um seguro de saúde e achar que o SNS é coisa de pobre, que andou a defender que o Estado sobrefinanciava os serviços públicos que afinal só serviam para parasitas subsidiodependentes, agora anda mais à rasca e culpa quem? Os do costume: os pobres subsidiodependentes e os emigrantes que nos gastam os recurso. Os Salgados, Varas e outros banqueiros, nem pensar, 'tadinhos desses.
Por falar em Salgados e Varas, este fim de semana vi o The Big Short, que nos mostra que dê por onde der, as culpas das asneiras que políticos e banqueiros fazem, vão sempre cair nas costas largas dos emigrantes e pobres. Se ainda não viste, recomendo.
EliminarAnotado ;) obrigada
EliminarO que me dá mais raiva é uma certa esquerda concordar com o Brexit, adoptando as mentiras dos leitões & Companhia.
EliminarAté um Blog que eu admiro, o Socialista Morena, foi na conversa.
Triste. Passei o dia meio em estado de choque quando o meu homem me dá a notícia assim sem anestesia logo que me levantei. Tudo já dito ^^, limito-me a anuir, por um lado, e *shake my head*, por outro.
ResponderEliminar(Por outro lado, o lado limonada, a nossa road trip por essas bandas já está(estava) marcada para Outubro. Sinto-me agora muito contente - not - por ser uma pessoa previdente e ter marcado tudo com bastante antecedência... *eye roll*)
Eeehhhh, qu'imbeija, vais lá. Mas arranjem um carrito com matrícula local! Aquilo, agora, is a local shop for local people!
EliminarNo dia da votação estava com alguns UK's (como se referem os habitantes do Reino Unido??? mega falha, não faço ideia) e eles iam sair mais cedo da conferência para conseguirem ir votar. Mas estavam crentes na permanência. (azar do caraças, com greves em França e Bélgica não chegaram a tempo). Eu sinceramente acreditava que ia ganhar o "sair" mas esperava que ganhasse o "ficar". E continuo a achar que por cá tb ganhava o "sair". A maioria de nós vota com o coração, com o estômago, com tudo menos lógica e coerência. E as campanhas são sempre muito pouco verdadeiras. Como é que se leva algo a referendo (para se ganhar uma eleição) sem mostrar muito bem as consequências? Não estamos a falar de ética nem de moral, estamos a falar de algo cujas implicações são maiores (e mais complexas) do que um indivíduo ou uma nação.
ResponderEliminarE o brincar à democracia é algo que me encanita o espírito. Então há um referendo e como não dá o resultado que queremos é "bora fazer outro e já agora mudamos as regras para que, mesmo que o resultado se mantenha, signifique o contrário"??? E ouvir alguém: "ai se eu soubesse que ia acontecer isto, não tinha votado assim"; "já me arrependi". Epá eu tinha muita vergonha e ficava muito caladinha....
Patrícia, devo ser uma totó, mas estava crente que ia ganhar o ficar. Se calhar tenho-os em melhor consideração do que merecem, não sei.
EliminarAcredito que haja muita gente francamente consternada, mas esse pessoal que votou só naquela, a brincar, ai vou protestar, e agora se admira? A sério? Fogo, um voto é uma arma, qualquer dia é preciso fazer exame para ter licença. Que falta de esperança na humanidade.
Agora vamos ver, né? Pois.
Um aparte muito longo: Os habitantes do uk são brits ou british, porque o país chama-se United Kingdom of great Britain
EliminarEu acreditava no sair pela mesma razão que me faz ter a certeza de que se houvesse um referendo sobre a adopção pelos casais homossexuais ganhava o "Não". Porque no fundo somos extremamente retrógrados, racistas e homofóbicos. Porque achamos sempre que somos melhores que os outros, porque a imigração e as fronteiras abertas (e eles nem sequer são schengen) são uma treta, porque não temos um pingo de empatia pelo próximo. Porque se "eu" consegui chegar onde cheguei, os outros só não conseguem se não quiserem.
ResponderEliminar(caraças pá, eu não era assim tão pessimista/realista)
:( Depois da eleição do Khan fiquei assim a modos que a acreditar que as pessoas conseguem olhar para além de coisinhas como cor de pele ou religião, p'cebes? Sou uma lírica. E um bocado parvalhona.
EliminarE conseguem... no específico e não no geral.
EliminarConseguem... cara a cara e não com a protecção do anonimato.
Eu tb sou uma lírica... mas nas últimas semanas estou a levar com uma estalada da realidade.
Idem aspas na estalada de realidade. Então as notícias de manifestações, bocas, pichagens racistas e xenófobos, pah, que dor. Coitadas das pessoas. Ninguém merece.
EliminarNem sei como o Farage não levou um murro nas trombas quando discursou no Parlamento.
EliminarQue aquela merda e a Le Pen tenham assento no parlamento...ódio.
Ja viste o ratos a abandonar o navio? O Cameron, amuado, ainda ficou com status the heroi nacional - ja todos se esqueceram que a ideia do referendo foi dele! O Boris com ar the virgem violada, tao atraicoadinha, aproveitou logo a desculpa da "traicao" do Gove para abandonar o barco [ninguem me tira que isto e' puro teatro combinado entre os dois, porque nem o Gove nem o Boris querem o cargo]. E agora este Nazi pedagogo, besta racista do farage, acha que merece "ferias". Tarde demais!
ResponderEliminarÓ ó, tudo a dar de frosques. Deram à luz o menino, e agora não o querem criar.
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