sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

In the name of love

E do rigor, também, que eu sou muito rigorosa, não gosto do cartaz. É que Jesus não tinha dois pais, tinha uma mãe (que foi emprenhada por um gabiru que só deu as caras quando lhe interessou) e um padrasto.

E quanto às reacções que vão por aí, fizeram lembrar-me isto:



Vá. Vá. A pôr o comprimido debaixo da língua. Depois os muçulmanos é que nãoseiquê, e reagem mal a umas piadas e blablablá.

23 comentários:

  1. não tem piada e não tem sentido nenhum. não havia necessidade de irem buscar uma coisa tãaaao ao lado.

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    1. Pessoalmente, já vi melhores piadas com o JC. E sim, é ao lado.

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  2. O problema é que o cartaz só faz sentido para os católicos. Para os Ateus é simplesmente estúpido.

    O que me irrita a mim é que em vez de haver uma campanha de informação como deve ser com o objectivo de mudar mentalidades optou-se por desviar a atenção e voltar a discutir religião e liberdade de expressão. Não há pachorra....

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    1. Ah, mas eu sou uma ateia culta, para mim faz sentido :D Agora a sério, os católicos parece que estão muito ofendidinhos, e isso é que não percebo. As pessoas têm direito à sua opinião, obviamente, mas dizer que era escusado, é uma ofensa... bah.

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    2. (ou que visa agredir os cristãos. ora. até parece que já não se lembram de Nero e do circo romano, isso é que era uma agressão, isto é uma piadola, e nem é das boas)

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    3. Enquanto cristã não me sinto tocada pela campanha, simplesmente a acho parva. Enquanto pessoa que todos os dias luta contra preconceitos e a favor da diversidade e inclusão sinto que isto é uma espécie de insulto à minha inteligência.

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  3. Deixa lá, são os mesmo que se ofenderam com o "evangelho segundo jesus cristo" ou o "Caim". deixá-los e não lhes dar importância.
    mas é tãoooo ao lado que dói

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    1. Ei, eu ofendi-me com o Evangelho Segundo Jesus Cristo. É tão mau que ofende. (ainda lhe voltei a dar uma chance, mas desisti de Saramago depois do ensaio sobre a cegueira: se-ca. antes que me dêem uma tareia: li o memorial com 15/16 anos, e mais os que foram saindo, e na altura era o meu herói. depois resolveu fazer panfletos, e desinteressei-me)

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    2. Mau! Como o ensaio sobre a cegueira é uma seca????? como? genial.
      Não sou a maior fã do tipo de escrita mas a ideia acho fantástica.
      Mas pronto, nenhum livro pode agradar a toda a gente.
      Ando com vontade de reler esses dois (evangelho e ensaio sobre a cegueira) e de ler o Memorial (sim, no 12º infelizmente tive que ler A Sibila, que abomino)

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    3. O Memorial é muito bom, mesmo muito bom. Também amei muito o Levantado do Chão. A Jangada de Pedra é ok, a História do Cerco de Lisboa, assim assim, e já não me lembro de ter lido mais. E já chega. Queres mais polémica: Garcia Marquez e Isabel Allende, quando é que já chega e é momento de variar um bocadinho? (andei muito no realismo mágico sul americano, e um dia, puf, achei que já tinha dado o suficiente para o peditório)

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    4. Ah como é bom haver opiniões diferentes :)
      (Allende é sempre bom, mesmo quando é mau e às vezes é. E agora estou a ler Mia Couto, outro daqueles que adoras.... Mas concordo contigo em relação ao Tordo :) )
      beijinhos, bom fim de semana

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    5. Não li o evangelho nem o ensaio sobre a cegueira, mas devo ter lido mais de 10 por esta altura e ainda amo Saramago, depois de mais de 15 anos de ódio total.

      Não sou de ficar ofendida com piadas ao lado, não sou católica, e obviamente acredito que qualquer pessoa de boa índole e mínimas posses, deve poder adoptar, irrespectivamente de sexo, orientação, casamento, etc.

      E sim....acho que fiquei ofendida no ego feminino (feminista?) pela forma como descarta a Maria. E no sentido estético pelo uso daquele rosa horroroso - tipo wharhol em mau, muito mau. Maezinha! Já para não falar que o senhor não foi criado por 2 homens, mas um homem e uma mulher, com uma quantidade razoável de irmãos, e pelo menos uns tios e primos, na terriola ao lado a um dia de caminho, como qualquer outra família tradicional daquele tempo.

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    6. Ah... e do realismo sul americano, para mim "O" grande senhor da literatura é mesmo Jorge Amado. Tanto as historias do Rio, como a fase do interior, sertão, fazenda... nunca desaponta. Admito que gosto mais do pedido da cidade.

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    7. Patrícia, eu posso não morrer de amores por Mia Couto, a Allende ou o Marquez, mas tenho a honestidade de reconhecer que são bons escritores, muito bons. Já o Tordo... tomara ele.

      AEnima, verdade, Maria esteve lá, carregou nove meses, pariu, criou, e acompanhou até à morte.

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  4. No meio disto tudo, ainda não percebi como ficam os direitos parentais do Espírito Santo, não se ponha fino e lá se vai a custódia conjunta.

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    1. Boa pergunta: seres incorpóreos têm direitos parentais? E seres inventados? Mais questões fracturantes.

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  5. Ora lá está. É parvo? É.
    Mas e então!? Vamos fazer disto um tema de capa de jornal? Queimar os cartazes?
    Epá, convenhamos.

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    1. Estou curiosa: os católicos estarão ofendidos com o óscar para o filme Spotlight?

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    2. Vi este fim de semana. Grande filme. Fiquei muito contente pelo óscar. Este e o "A queda de Wall Street são mesmo os meus favoritos". Na verdade ainda não vi todos mas nem sequer me apetece ver o Renascido.

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    3. Ainda não vi. Aliás, dos nomeados só vi o Mad Max :P

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  6. É impressão minha ou as melhores críticas ao cartaz foram de pessoas de esquerda que estão/estiveram ligadas ao BE? As reações da direita e da Igreja foram todas mais ou menos dentro da fórmula mágica "liberdade de expressão sim MAS com limites" -.-

    O CDS também não perdeu tempo. No Parlamento, aos jornalistas e citado pela Lusa, Pedro Mota Soares ressalvou que "a liberdade de expressão” é “total", mas há que ter em conta " a sensibilidade das pessoas". -- Público

    Também à Lusa, o social-democrata Fernando Negrão acusou o BE de “radicalismo” e disse – novamente “sem menosprezar o princípio da liberdade de expressão” – que os “cartazes são lamentáveis". “Sou adepto de usar o humor na política, acho que é saudável, mas não pode faltar ao respeito às crenças e às convicções dos portugueses", acrescentou, sobre o facto de um dos argumentos do BE ser o recurso ao humor. -- Público

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    1. Não é impressão :P Não deixa de ser curioso, esse apelo ao respeitinho, curioso e fofo.
      As melhores críticas que li vinham de bloquistas e esquerdistas, e não batiam nessa tecla. O cartaz foi completamente ao lado, mas as críticas da direita também.

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  7. Eu confesso que o Monty Pyton que há em mim achou piada à frase depois vi que vinha associado a um cartaz político e achei só parvo. Nem sequer é original.
    As reacções das pessoas são ainda mais parvas, misturam tudo e depois para umas coisas são charlie para outras assobiam para o lado.
    Em resumo e relativamente ao cartaz do BE achei parvo, desnecessário e um desperdício de cor-de-rosa

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