E, ultimamente, derivado do cansaço, ler não tem sido uma prioridade. Ou antes, não é fácil, que a vontade está lá sempre, a latejar, o que ainda torna mais difícil a incapacidade de ler duas páginas sem cair a dormir. Desmotivante, no mínimo. E os livros-por-ler, essa espécie implacável e de dentinhos finos e afiados, a rosnar-me das estantes. Qualquer dia saltam-me à jugular, medo.
Mas depois há a banda desenhada (vozes de anjos em fundo), as novelas gráficas (aleluias), e todo o textinho ilustrado em que possa botar as mãos. Sim senhora, há quem não aprecie o género, tudo bem, mas caneco. Mas posso (tentar) influenciar? Vamos a isso.
Este foi encontrado no próprio dia do livro, e no comércio tradicional (a Kingpin é, para mim, "comércio tradicional": livraria especializada, fora do circuito das "grandes", perto de casa, e um espaço muitíssimo agradável).
Lindo, lindo, lindo. A história, a ilustração, tudo supinamente bom. Pena ler-se num ápice, embora exija uma lenta apreciação do trabalho de ilustração. É caro? Sim, toda a BD é -relativamente - cara. Mas pense-se no trabalho envolvido, e que a ilustradora aqui explica, no pósfácio.
Recomendadíssimo, tal como as anteriores colaborações de Troll Bridge e o magnífico Snow, Glass, Apples.
No início do ano apaixonei-me pela colecção Armazém Central (já traduzido, o meu francês não chega para tanto, infelizmente).
Tudo bom. As personagens, os cenários, o texto, a ilustração. Vou continuar a colecção. Mais uma vez, relativamente caro, mas o trabalho, senhores, o trabalho que está em cada álbum, página, quadrícula.
Finalmente, em português, uma das coisas mais maravilhosas que me passou pela retina, já no ano passado:
Que maravilha. Uma maravilha maravilhosa, perdoe-se a redundância. Quem ainda não teve a experiência, pá, não sabe o que está a perder. É correr à livraria mais próxima, física ou online (a editora também vende online, dica). Ide, ide. A correr, já disse.
Sem comentários:
Enviar um comentário