quarta-feira, 31 de março de 2021

Então cá estamos

 


Na sexta feira, ali à roda das sete e tal, acabei o que tinha ainda pendurado, fechei o computador e entrei oficialmente de férias. Hurra, uma semananinha para por em ordem coisinhas cá da minha vida, fazer arrumações há muito adiadas, desforrar-me na leitura, yay! Donde, sábado crashei e passei o dia numa espécie de nevoeiro mental e papa corporal, deitadinha no sofá, deitadinha na cama, aiaiai que estou tan cansada. Domingo arrebitei um bocadinho, até porque tinha de sair de casa (é o dia de lanche semanal com mamãe, mano e sobrinhos, é a minha bolha, constante e arduamente mantida desde o início desta maluqueira, fuck you proibição de atravessar concelhos, é tudo área metropolitana e nós, lisboetas, não somos grande coisa nisso dos limites de concelhos, mais faltava não poder ir ao leroy que me dá mais jeito, culpa tenho eu que o tenham aberto ali ao lado); segunda não me lembro de todo o que fiz (além de irmos tratar de umas papeladas), mas ontem, pá, ontem é que foi. Calcei os crocs, calças velhas e sweat, luvas, e vai de esvaziar o compostor, à pázada, para o preparar para novo ciclo de compostagem. Entrementes, espalhar o composto pelos vasos e árvore, retirando, antes, as pedras decorativas que a rodeiam (e estavam a enterrar-se). Desfiz / separei em peças um banco de madeira que estava podre e em inteiro pesava horrores; preparei a tralhinha toda para pormos na rua à hora que a Câmara mandou e antes de chegarem os senhores da camioneta dos monos. Tirámos os dois móveis do corredor, enrolámos o tapete / passadeira, levámos tudo para baixo, e provavelmente eram as serotoninas e dopaminas a falar, mas eu estava, ó, com os músculos todos aos berros, mas eu-fó-ri-ca, já a planear o trabalhinho de jardinagem e arranjo do pátio que ia continuar hoje.


No can do. 

Como seria de esperar - e eu não queria acreditar - acordei toda empenada das cruzes, com uma moinha na cervical, e o ombro direito fechado para obras. Daqui a pouco talvez faça uma tarefa apropriada à minha vetusta idade e pobre condição física, como trocar plantas de vasos, se isso não implicar carregar peso, andar escada acima e abaixo, baixar-me, estar de cócoras, enfim, acho que vou tratar daquela cena da leitura. Se não adormecer. Caraças, tenho tanto soninho.


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