terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Let's look at the traila

Não, ainda não subscrevemos o Netflix. E já não tenho pressa: com o pacote de cabo que temos já não nos sobra tempo, quanto mais. Ultimamente tenho / temos racionado muito, que às nove e meia, dez da noite estamos podres de todo (é isto, a meia idade?), mas no fim de semana vingo-me, porque nunca consigo dormir para lá das oito e meia (sim, deve ser a meia idade), e ponho episódios em dia.

E não, também não vamos ao cinema. Desde logo, sessão da noite, a gente adormece (definitivamente, é a meia idade). Acresce que somos seres anti-sociais e claustrofóbicos, para quem estar numa sala fechada já é complicado, mas junte-se a isso gente que não consegue estar duas horas a apreciar uma história, calada, sem olhar para o telelé, ou sem mastigar, e temos as condições perfeitas para um ataque psicótico. Não faz mal: espera-se e passa nos canais de filmes.

Então o que tem passado na tela lá de casa, quase vos ouço, a explodir de curiosidade (façam-me a vontade, a minha vida não é muito interessante):

- Dois filmes muitíssimo janotas, para lá de bons, e que até é pena não ter visto numa tela a sério: Três Cartazes à Beira da Estrada e Moonlight. Adorámos ambos os dois, apesar de, em estilo não terem nada a ver.
Nem era eu se não mandasse a boca, cá vai: aquelas pessoas que dizem que não há cá nenhuma discriminação nas nomeações para prémios, porque não há filmes escritos / protagonizados / realizados por negros, e que isto deve-se a não haver quem os faça, olha, ide-vos fornicar, ponde os olhinhos neste e de caminho no Straight Outta Compton, que é cá um estoiro de filme, pá, e olhem que eu abomino, odeio rap. Se não há mais é porque não os conseguem fazer, digo eu, aposto eu. Porque gente de altíssima qualidade não falta. Acesso, acesso é privilégio que certas pessoas não têm. end of rant.

- De caminho acedi a fazer companhia a me mate num dos seus fetiches (western spaguetti), e vimos o Django. O original. Adorei. Como acompanhamento, tive direito a palestra de me mate sobre o género, o realizador (Sergio Corbucci - que parece que era uma beca comunista, e nota-se), Franco Nero, e por aí fora, mais a promessa (ameaça?) que um dia destes me punha a ver Giallos. Deves.

- De séries, começámos Escape at Dannemora, que parece sim senhora, mas a ver vamos. Já eu, aproveito o (pouquíssimo) me time para o meu fetiche, isto é, o género policial. Se for de produção britânica, ainda melhor; mesmo que levezinho como o Father Brown entretém e satisfaz q.b. Para dias em que uma pessoa aguenta e almeja algo mais encorpado, tenho lá a terceira temporada de Shetland para aviar. Adoro, pá.

- Na secção comédia, tenho que confessar que o preconceito puro, bruto e burro nos ia privando de uma série que deve ser das coisinhas mais bem escritas e montadas dos últimos tempos, e com um elenco que upa-upa. Embora tenha sido precisamente o preconceito quanto a um dos actores que nos afastou até recentemente - eh pá, o que eu embirro com o Andy Samberg, aquela cara é mêmo boa para um par de estalos. Não tanto como embirro com o Adam Sandler (vómito), mas quase. Falo de Brooklin 99, que é awwwwwsome. Tão bom. Tão bem escrito. Com tanto ritmo. Com personagens tão bons. Com tanto absurdo e tontice. A nossa dose diária de descompressão. E o que eu amo o Capitão Holt? Emoji carinha com corações nos olhos.

E pronto, estamos assim.
Como é habitual, qualquer recomendação, faz favor, a gerência agradece.

14 comentários:

  1. Não me lembro se já falaste destas séries por aqui, mas recomendo vivamente o Marvelous Mrs. Maisel, e na onda de sitcom que demora um bocadinho a aquecer mas é muito fixe - The Good Place.
    Agora vou ali espreitar o Brooklyn 99 que já és para aí a quinta pessoa que diz o mesmo.

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    1. Inês, obrigada! Fui pesquisar, e tanto uma como outra puxam-me. E a primeira é da criadora das Gilmore girls! <3

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  2. Sintam-se acompanhados nisso do Netflix, do cinema depois de jantar e ainda em acordar cedo, aqui é igualzinho, e eu se me apanho no quentinho da manta + sofá, seja qual for a série e filme, adormeço :D

    Tenho de ver o Brooklin 99, por acaso também duvidei ;) e o Moonlight, adorei os Três Cartazes! Aqui andamos numa de Father Brown, muito pelo ambiente, adoro, mais eu do que ele, que a acha fracota, mas enfim, desistimos das últimas temporadas do This is Us, Família muito Moderna, Westworld e Vickings, todos cansativos e tanto que gostávamos deles, mas morreram, não se aguentaram. Gostámos imenso da última temporada (e todas as anteriores) do The Middle e estamos a adorar o Marte e temos visto o Ouro, porque eu tenho saudades de ouvir falar franciu, ele nem por isso :D, mas não é uma coisa do outro mundo, aliás estão a faltar-nos séries fabulosas, portanto espero que 2019 seja bom nesta área.

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    1. Mac, nós acordamos muito cedo (seis...) daí não podermos com uma gata pelo rabo às nove e picos.

      Adoro, adoro o Father Brown, mas é uma coisa só minha, que o homem não aprecia por aí além este género (malvado). Pode ser levezinho, mas está feito com esmero, os actores são bons, enfim, uma série inglesa.
      O Westworld, ou muito me engano, ou vai ser o novo Lost. Achei a 2ª temporada uma chatice, só para lançar uma 3ª. Vickings continuamos, apesar de aquilo estar em piloto automático. E também adoro o The Middle (outra que é uma cena só minha), já vi a última.
      Vou investigar Marte e Ouro, obrigada pela sugestão ;)

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  3. Na comédia recomendo o The Good Place. :)

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    1. Sãozinha, e vão duas ;) Tenho mesmo de assinar o netflix, caneco. Obrigada

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  4. Haveis de tentar ir a uma sessão das 14h ou das 16h durante o fim-de-semana. É mais sossegado.

    So casino a Netflix intermitentemente. Não só considero a maioria das coisas sobrevalorizadas, como não apoio a ideia de quererem forçar as pessoas a deixarem de ir ao cinema. Mal por mal, a Amazon tenta manterum equilíbrio.

    Em breve, terás também a Disney, lol.

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    1. Filipa, a Disney?, never! :D
      Já agora, nós sofremos mesmo (ambos, só se estraga uma casa) de claustrofobia, temos de ficar sempre na coxia, etc e tal. Se o cinema está cheio, aumenta o stress. Se está cheio de grunhos que não nos deixam ver o filme em paz, pronto, está tudo lixado. Ultimamente desistimos, que não havia maneira de não nos calhar pelo menos um grunho por perto, e sofremos muito dos nervos.

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    2. Também gosto de ficar na coxia, lolol.

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    3. A coxia é do melhor. Mais arejada, dá para uma fuga rápida (claustrofobia for the win), e se à nossa frente estiver um gigantone olha-se pelo lado. Mas até nas coxias há ciência: é essencial ser uma coxia central (ei, uma pessoa não quer ver o filme de esguelha), pelo que é preciso escolher um cinema com tamanho suficiente para ter um corredor central. Toda uma tese. A sala 4 do monumental preenche os requisitos.

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  5. Esses filme São anos magnificos. Vi-os ainda gravida, deu para ir ao cinema. Sabes o 3 cartazes é pura ficção? Nem parece, mas é verdade.

    Ja de series nao vejo nada... mas comeco o brooklyn nine-nine... e digo-te acho muito muito mau. Nao tem química, nao funciona (para mim). Pior que isso só mm o 2 broke girls.

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    1. Ó melher, tu não me faças esta desfeita, comparar o Brooklin 99 com Two Broke Girls, que é uma coisinha desenxabida, assente na piada escatológica, sexual e de fazer pouco do aspecto físico das pessoas? Ai que desgosto, que não gostes ainda vá, mas não digas isso que já tive que por um comprimido debaixo da língua :D

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    2. Eheheheeh... so tu para me fazeres rir nesta manha gelada e atrasada, estou aqui com os ossinhos do rabo cristilizados à espera do autocarro

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