quarta-feira, 8 de março de 2017
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[e não, não vou elaborar sobre o tema e sobre a data, que estou até aos cabelos de merdiquices aqui no emprego a que acedi por concurso, a que concorri voluntariamente e em pé de igualdade com qualquer outro cidadão com as mesmas habilitações, depois de completar a escolaridade obrigatória, complementar e universitária, onde ganho o mesmo que todos os do mesmo escalão/antiguidade, sejam quais forem os cromossomas que lhes foram atribuídos à nascença, e nos entretantos também tenho outra vida, lá na casa que comprei e registei em meu nome, e ando a pagar a partir da minha conta bancária, e à qual chegarei em viatura também própria, que conduzo e estaciono num lugar que tomara muitos, e sem sensores, o milagre, casa essa onde decerto me mate chegará antes de mim, como habitualmente, e onde apanhará a roupa estendida e quiçá, que não mando nele, ainda adiantará outra máquina, ou não, se esperar ainda lá ponho a camisa que trago hoje, sendo certo que me marimbei para o jantar, logo veremos em que consistirá tal repasto, somos só dois porque assim o quis(émos), e o determinismo biológico não me/nos é imposto, e tal e tal, não, não me vou chatear a explicar que não celebro porra nenhuma, mas assinalo e não esqueço, nunca, quem não teve e não tem este leque de possibilidades pela frente, o direito a escolher, o direito a ter, o direito a viver como bem entender, e enquanto o estado de coisas for o que é, em que parte do mundo seja, e por que constrangimentos calhar, cá estamos, dia oito do três, todos os anos]
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Já houve uma altura em q até celebrava qb. Hoje em dia n tenho mta paciência. Não pq ache q não há diferenças (injustas), que as há e não são poucas, mas pq as mm persistem durante anos e anos e n vejo as pessoas, q hoje tanto se manifestam, a fazer algo por isso.
ResponderEliminarAlgumas até (falo de mulheres, claro) em dias que não o de hoje, tecem comentários e/ou têm atitudes que apenas reforçam essas assimetrias.
Posto isto, feliz dia da gaja p ti ;)
eu nunca celebro e levo a mal a cena dos descontos nas lojas (a sério, é mesmo esse o pior problema) e distribuição de flores (uma florinha resolve tudo, ca bom, a empresa a torcer o nariz cada vez que uma mulher tem de sair mais cedo para ir ao médico com um filho, mas toma lá e põe numa jarrinha). Lembro-me é de quem não tem o que eu tenho, esta liberdade, dignidade e igualdade que me conquistaram e ofereceram. Sou grata, e não desisto de refilar enquanto não houver para tod@s ;)
EliminarFizeram do dia mais uma fantochada. Não desisti, mas a dada altura da minha vida achei que ia deixar isto como deve ser para as minhas sobrinhas (sou uma lírica), agora sinto que a data foi engolida e isso desanima-me muito.
ResponderEliminarSinto o mesmo, Mac. Nem vou a lojas ou outros sítios, que ainda calha estenderem-me uma flor e depois sai resposta torta :P
EliminarAdoro você, Izzie Maria.
ResponderEliminar(eu não comento, mas continuo a vir cá religiosamente! ;) )
Ei, eu adoro você sempre, Red!
Eliminarnão foi nada fácil existir/viver, lá nos pretéritos. agora nós, aqui, no presente, já vamos caminhando com mais segurança (não todas, nem em todo o lado), e para o futuro, a ver se deixamos mais qualquer coisinha que adiante caminho a quem vier.
ResponderEliminarboa noite, Izzie
Sou, e tenho consciência disso, muito privilegiada. Mas também já experimentei consequências de machismo e, se o pouco que tive de aturar custou a engolir, cá estou e estarei até que ninguém tenha de passar por um décimo sequer ;)
Eliminarmuitas vezes as celebrações do dia da mulher acabam a salientar um certo cliché de mulher frágil, com os quais, por sua vez, as mulheres também se identificam. ou então como o stand virtual, com aquela imagem do carro a estacionar...
ResponderEliminarÉ, Fuschia, e o que isso me chateia.Ou então de supermulheres, que nem sei se me chateia mais.
EliminarAs celebrações apaneleiradas que alguns homens fazem, disfarçando o seu machismo, são de vomitar.
ResponderEliminarHá também as bloggers que criticam o feminismo mas, depois, ficam chocadas quando alguém questiona o tempo que passam com os filhos.
E aquelas que começam por elogiar os homens que mudam fraldas. Poderiam dar conta de uma estatística, etc, mas começam logo por elogiar.
Muita raiva.
Todos os anos me mate me manda a mensagem lá da chafarica dele para as mulheres. Aquilo é uma coisa de vómitos, de enaltecimento das mulheres como seres especiais, quase místicos, tão frágeis e tão fortes, yadayadayada... No ano passado, como as colegas tivesse ficado muito comovidas, ele andou a injectá-las e a explicar porque ficaria ofendidíssimo com aquele tipo de mensagens paternalistas. E elas perceberam, um bocadinho, ao menos.
EliminarIsto para dizer que somos desde miúdas alvo de saraivadas de clichês, chuvas de platitudes, e depois muitas somos a concluir que ser feminista é uma coisa horrível, um bando de assexuadas que negam essa força feminina, feita de ternura.
Se eu tivesse dez euros por cada vez que uma mulher afirma que não é feminista, mas é a favor da igualdade de direitos, estava rica.
Num blogue culinário acabei de ler que ser mulher é alegrar os outros. Senti logo uma profunda alegria.
EliminarAlegra os outros: ahahahah! E se for com cozinhados, ainda duplicam as gargalhadas. (alegrias do lar são umas plantas com flores muito lindas, mas mulheres, não sabia)
EliminarComo disse a Ana Luísa, Vou imprimir e pôr no na parede lá em casa.
ResponderEliminarbeijinho
A sério, preciso de uma sabática para fazer/acabar as mantas que tenho em linha de produção e bordar umas coisas que me apetece. Esta é uma delas, para a mesinha de cabeceira :)
EliminarTens sempre os bordados mais "bad ass" que já vi!
ResponderEliminarPaula
Eu passo o segredo: pintrest! :D
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