segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Honni soit qui mal y pense

Na sexta-feira um taxista mandou-me ir coser meias. Rectifico: na sexta-feira, um excelentíssimo cidadão do sexo masculino que ganha a vida conduzindo automóveis e transportando passageiros, entendeu por bem educar-me quanto ao meu papel social, que é o de ser recatada e do lar, em vez de andar a maçar excelentíssimos cidadãos, mormente do sexo masculino, e ainda por cima condutores profissionais, com a minha presença na estrada e, pasme-se, ao volante de uma viatura, e, infame crime, que me pertence e paguei com o fruto do meu trabalho.

A coisa enquadra-se e conta-se em duas penadas, embora o desfecho até o dispensasse. Poderia até ter andado aos zigue-zagues à frente do indivíduo, que era escusada a reacção, bem como o crescendo que levou a ela. Conto apenas por isso: o crescendo. Muitíssimo interessante.

Sucede que o município entendeu por bem (e mal) alterar os sentidos / obrigação de direcção ali numa zona onde sou obrigada a passar todos os dias. A intenção e concretização é bem notória para quem tem olhos na cara, visto que está pintadinha no pavimento a cor branca reflectora, e para quem anda de nariz no ar o semáforo não deixa enganar. Ora o espertalhuço do condutor profissional ou não reparou (e só nisso seria de censurar - aqui a distraída mor deu por ela logo no primeiro dia) ou não quis reparar (pior ainda) que havia uma obrigação de virar à esquerda para quem seguia naquela via. Se calhar sou injusta, e tratava-se apenas de uma objecção ideológica; no entanto, facilmente contornável, bastaria que seguisse na via correcta, mais à direita, a saber, a minha. Onde entraria muito lá atrás. Se calhar sou de novo injusta: devia estar com pressa para qualquer compromisso importantérrimo, e é sabido que a Convenção Nacional de Palermas não se compadece e marca falta a retardatários. Ora a abécula seguia pela via mais à esquerda, não virou para a dita direcção, seguiu em frente. Transgressão um: não respeitou direcção obrigatória. Transgressão dois: avançou com o semáforo que regula o trânsito da via onde seguia já mudado para vermelho. Transgressão três: sem accionar pisca, começa a fuçar para a minha faixa. Apitei-lhe, não só num propósito pedagógico de o alertar para o princípio de Arquimedes, mas também para que não tivesse dúvidas que à minha frente não enfiava.

E aqui começa o enredo: respondeu-me com uma salva de tiros de buzina. Acontece de seguida que ficamos parados, lado a lado, já do outro lado do cruzamento, e noto que Sua Excelência asinina está deveras incomodado, e grita que nem possesso dentro de sua viatura. O trânsito demora, e o Senhor Duque da Porcalhota baixa o vidro. Eu, que até então me limitara a reagir como sempre - cara repreendedora e abanando em silencioso "ai, ai!", não sei que me deu. Passei-me. Deu-me uma coisinha. Saltou-me a tampa. 'Tão o caralhete é que atropela umas quantas regras do código, e ainda se acha no direito? Baixei o vidro, e fui imediatamente atingida por uma violência de "o qué que tu queres hã?" Tu. TU. O tipo tinha pouco mais que a minha idade, embora mais estragado - é natural, com tanto fel nas veias. Passei-me mais um bocadinho. Após o ter esclarecido que estava na faixa errada e tinha violado umas regrinhas do código da estrada, perguntei-lhe directamente se queria que chamasse a polícia. Na terceira pessoa do singular, que há quem tenha educação. Não posso assegurar, mas acho que até empreguei a palavra "senhor", porque when they go low, we go high, a minha mãezinha deve ser da mesma escola que Michelle Obama e criou-me assim. Mas ele continuou com o seu "o qué que TU queres", a que colou um "quem é que TE disse que eu não ia em frente" (naquela faixa de onde vinha não podia, adiante), e rematando com "CHAMA, CHAMA a polícia". Fervi, confesso que fervi. Esqueci a cartilha maternal de não se dar conversa a doidos, não se responder a malucos, e não engajar em conversas com machistas de merda. Há dias em que não dá. Há dias em que uma pessoa já acumulou que chegue durante a semana, e não está disposta a levar desaforo de um ser medíocre que calhou nascer com dois cromossomas diferentes e, por isso, já se considera mais capaz, mais competente, mais apto, mais elevado, e com moral para nos ensinar o nosso lugar. Há dias em que, num mundo que contínua e sistematicamente desvaloriza um grab'em by the pussy, uma pessoa enche de calar e comer. Respondi que fosse tirar a carta, e aí ele retornou, enquanto já avançava eu com o dedinho para o fecho do vidro, com a indicação de qual era o meu lugar. A coser meias. Que as cosa ele, eu nem por isso, que não preciso: tomo conta da minha pedi-higiene e não tenho unhacas nojentas a furar tecidos. Já com o vidro a subir, o trânsito a começar a andar, ainda lhe larguei um "Sois uns ordinários, e é por isso que a Uber vai acabar convosco, graças a Deus."

Inspira. Expira.

Eu sei, eu sei, dou o corpo às balas. Fui culpada do crime de generalização. E de invocar o nome do senhor em vão, 'inda por cima sendo ateia. Mas convenhamos. Se um coiso tem o à-vontade para fazer uma cena destas, se um gabiru se acha no direito de falar assim com uma completa estranha, só porque o afrontou com uma (aliás bem mandada) buzinadela, como posso eu sentir-me segura que não toparei com um gebo destes naqueles (já raros) dias em que saio à noite e opto por não levar o carro? Como posso estar descansada que um mono destes, ao ver uma mulher que, na sua mundivisão, já tinha era idade para ter juízo e marido e filhinhos e estar em casa a tomar conta deles, designadamente cosendo meias, não se ache autorizado seja para o que for?

E se este fosse o primeiro. Recordo sem saudade aqueloutro que, a uma buzinadela por estar parado numa a) passadeira; b) numa subida em curva sem visibilidade; c) a bloquear a visibilidade e manobralidade de quem queria entrar num entroncamento; me saudou com um pirete e algo que me soou com "puta que te pariu". Relevei esta. Não generalizei as tristes cenas da greve / manifestação no aeroporto. Mas é a tal coisa da gota de água.
Epá, não. Uberizei-me.

(poupem-me comentários do tipo ai o meu pai é taxista há trinta anos e um senhor muito respeitável e coiso. sabem lá o que eles andam a fazer quando ninguém vê. o Pedro Dias, também diz que era um rapaz muito educado e respeitador.)

33 comentários:

  1. Tinha o meu carro 1 semana e tive uma cena igual com um taxista, mas ele bateu me com o espelho. Era só um risco, era a palavra dele contra a minha, foi cada um à sua vida, não estive para me chatear mais. Afinal não era só um risco, tenho ali uns bons 600 paus para gastar no arranjo. Yeah!

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    1. Epá, isso é muito dinheiro por um risco :/
      Aqui há atrasado dei um piparote num carro estacionado (foi uma nabice) e deixei o papelucho da praxe. O meu ficou pior, o dele foi só um raspão no pára-choques. Anyhoo, o perito foi ver a minha lata, e perguntou se eu queria accionar os danos próprios. Perguntei para quanto era aquele estrago, e ele dá uma estimativa por alto de entre 600 e 900, porque me arranhou e amolgou ligeiramente duas peças. Olha, engoli em seco, passei paninho, e já tá :D

      Dica da semana, para acidentes com taxistas: fotografa tudo, seja carros, cara do taxista, e arredores. Eu cá não te disse isto, mas acontece frequentemente aparecer uma testemunha. Taxista.

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  2. Oh pá, a malta tenta, tenta mas depois apanha um destes espécimes que até podem não representar a classe mas que lhe dão má fama, dão.
    Eu estou tão fartinha destes gajos, chego sempre ao final da viagem a agradecer a deus o ter sobrevivido sem mazelas de maior (por norma só tenho que engolir um sapo do tamanho do mundo, que tenho algum receio do tipo me expulsar do carro em andamento).
    Solidariedade deste lado.

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    1. Dão muito má fama, tal como o comportamento que por norma têm na estrada. Circulo muito em Lisboa, e não exagero se disser que mais de metade das asneiras são feitas por taxistas, tantas vezes numa atitude de sobranceria, como se tivessem prioridade sobre os demais.
      Pergunto-me se motoristas profissionais, ainda mais de um transporte equiparado a público, não deveriam ter formação periódica.

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  3. https://www.publico.pt/politica/noticia/playboys-e-misoginos-sao-mais-propensos-a-ter-problemas-mentais-1752025

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  4. Road rage... dele. Chega a casa com flores e é cavalheiro por abrir as portas 'as damas.

    Quando é que a educação formal passou a ser só matemática?

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    1. Já assisti a episódios de road rage terríveis, e em dois as protagonistas eram... mulheres. Cada vez o fenómeno é mais transversal. Mas aqui não era só road rage, era temperada com um valente machismo. Já vi isto, a vida toda. A minha mãe conduzia, e as reacções de condutores "machos" a condutoras mulheres são muito piores que entre homens.
      Se este reagiu assim com uma apitadela, que faria se me tivesse dado um toque. Batia-me?

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    2. Exacto. Ainda dizem que o feminismo e' beber cocktails cor de rosa. Em Portugal juro que temo pela minha vida na Estrada, e' nao e' pela minha conducao...

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    3. Este tipo estava absolutamente colérico, se fosse cardíaco até lhe dava uma coisinha. Um absoluto despropósito.

      Uma das cenas de road rage a que assisti com uma mulher deixou-me siderada. A fulana saiu do seu carro e foi descompor, aos gritos, a condutora do carro da frente. O que é que a coitada fez? Tinha parado no sinal vermelho, mas no douto entender na maluca estava um amarelo que ainda dava para passar, e a outra ter parado quase a fazia bater-lhe. O que me impressionou a sério é que a doida tinha dois filhos pequenos no carro. Para estas crianças este comportamento já deve ser normal...

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    4. Credo. O amarelo e' para parar a nao ser que nao seja segura a travagem. Em Lisboa os condutores passam com o vermelho muito tempo. Acho que os semaforos ate ja estao calibrados para contar com isso, porque o verde para o outro lado so abre muitos Segundos depois. No Porto o verde para o outro lado e' quase instantaneo com o vermelho oposto, pelo que os condutores se resvalassem o tempo lisboeta apanhavam nas ventas pela certa.

      Tenho muita vergonha alheia pelo que as pessoas se transformam na Estrada. Acho que por muito mas que sejam as estradas no UK, as pessoas sao mais civilizadas. E' o que eu digo - nao percebi bem quando foi que a educacao passou a ser so matematica.

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    5. Nem me digas nada, o pessoal passa com vermelhos como se fosse normal. E quando avançam com verde mas o cruzamento está cheio, e ficam ali a atravancar o trânsito todo? Agora com as obras nas Avenidas Novas tem sido um calvário.
      Educação e gentileza, muito em falta. É como segurar a porta para alguém, não custa nada dar um jeitinho e ser simpático. Até costumo ser porreira a deixar passar, mas gente que se porta como selvagens, desculpinhas, nem pensar.

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  5. Por princípio, não recorro à UBER, mas, em várias áreas, noto que bestas sexistas ainda conseguem trabalho.

    No outro dia, numa das pastelarias Sacolinha, um imbecil de merda, quando eu lhe apontei um bolo da vitrina, decidiu agarrar-me o pulso. Sim. Tentou levar-me até à vitrina. Para ele, era normal tocar numa cliente.

    Fiz força para largar o pulso. O tipo não largava. A minha mãe implorou-me que não fizesse nada.

    Fomos pagar. O filho da puta perguntou-me:
    - Não gostaste do bolo?

    Sim, tratou-me por tu. Virei costas e não respondi.

    Chegando a casa, enviei um mail à Sacolinha. É inadmissível que tenhamos de apanhar estas bestas.

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    1. Anónima, epá, não. Li este comentário e até tive que respirar fundo. Esse tipo é um animal. Chamem-me feminazi, mas esse tipo demonstrou bem que se considera num plano superior, autorizado a tocar numa mulher, ainda por cima cliente, tratá-la por tu, e sim, a atitude é intimidatória e prepotente.
      Caraças, e se fosse uma garota de 11, 12 anos? Se uma mulher feita se sente enxovalhada e acossada (eu sentiria), como será com uma miúda.

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    2. Há bocado esqueci de perguntar, mas também gostava de saber a resposta da Sacolinha

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    3. Responderam hoje. Como esperado, negaram a responsabilidade da empresa e menorizaram o facto de o acto ter sido cometido por um homem.

      Por isso, enviei um mail de resposta em que afirmava que não, não é igual ser agarrada por um homem ou por uma mulher.

      Respondi igualmente que se mencionei outros incidentes, não graves, mas desagradáveis, é porque o problema está nas políticas de contratação. Este empregado não me agarrou na rua, mas no seu local de trabalho.

      Empresa como um todo, etc, etc.

      Não irá adiantar de nada. E é por isso que as empresas em Portugal não progridem.

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    4. Olha que merda de resposta, francamente.

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    5. Eu percebi :)!

      Como a minha mãe gosta de lá ir, voltámos. A resposta foi merdosa, mas houve conversa com os empregados. O animal nem se aproximou da nossa mesa (apesar de eu nem sequer ter identificado qual foi a Sacolinha), pelo que calculo que tenha havido uma reunião de todos os gerentes.

      O que é triste é perceber que o tipo sabia a merda que estava a fazer - se teve esta atitude, é porque sabe que não agiu correctamente - e isso não o impediu de prosseguir.

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    6. E pelos vistos sabiam bem quem era o indivíduo. O que piora tudo, saberem a rica peça que ele é e compactuar.

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    7. Eu acho que esse tipo de gente se apoia sempre na certeza que a outra pessoa vai ter vergonha de assumir a situação em que se sentiu desconfortável. Neste caso, a coisa saiu lhe furada.

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    8. É, criaram uma situação de constrangimento, e fiam-se nisso. Mas as mulheres já andam a perder a vergonha e a perceber que vergonha devia ter quem importuna.

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  6. when they go low, we go high <3

    O fuschio também se uberizou, bastou apanhar um uber uma vez no dia da greve dos taxistas e diz que já não volta atrás.

    Eu também não gosto de generalizar, mas machistas já há muitos, não dá para ignorá-los todos, a não ser que uma pessoa estupidifique também.

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    1. Fuschia, por norma faço só a minha cara de desagrado nº1, abano a cabeça em reprovação, e mando um olhar feio. Mas há dias em que me salta a tampa, que não tenho de aturar estas merdas, no espaço público. E se comigo até posso passar por cima, deumalibre de apanhar um galifão a intimidar ou assediar uma miúda.

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  7. ai os homens (com h muito minúsculo), como diz a nota de rodapé, "até dizia bom dia e tudo"

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    1. Misha, eu sei que não são assim todos os homens. A maioria não é assim - ou disfarça bem. Mas parte da experiência de ser mulher passa por partir do princípio que sim, e viver na defensiva. É muito cansativo, mesmo muito, e há dias em que calar e comer já não é hipótese.

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    2. estava a ironizar como percebeu e bem sei que deve estar cansada de certas atitudes, pois, estou do lado de cá da barricada e confesso que às vezes fico envergonhado com certas atitudes e são muitas as que vejo, acredito que talvez possa fazer certas atitudes erradas por vezes (era pedante se não o dissesse), mas, à situações tão óbvias que as pessoas têm que se dar ao respeito, umas pelas outras, seja pelo género, raça, religião, que até dói, trabalho na construção civil, que é um meio excelente de aprendizagem (do que não ser, como é óbvio), às vezes até me sinto anti-social e no meu grupo de amigos até às vezes tinha um que me dizia isso em jeito de piada.

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    3. Mas o que é exactamente isso de se dar aos respeito? É fazer orelhas moucas? Ouvir e não responder? No meu caso, não apitar quando um abécula vem para cima de mim? Não usar mini-saia? Não usar decotes? Não existir?

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    4. Atenção quando eu disse " acredito que talvez possa fazer certas atitudes erradas por vezes" falava de mim.

      dar ao respeito um ex. (novamente falava do lado de cá da barricada) vamos almoçar, nalguns sítios as senhoras que atendem são mais "simpáticas" (julgo que seja só para garantir a clientela e quiçá aumentar o ego), não impede que se vá além do óbvio e ver que aquilo é só um joguinho e respeitar-mo-nos mutuamente (se calhar as sras. não se respeitam, mas têm de garantir o quinhão delas sendo aquilo um negócio) e não fazerem figuras parvas (homens), como insinuações dissimuladas e afins.

      Peço desculpa pelos muito parêntesis, mas achei necessário para evitar mal-entendidos.

      Acho que em nos sentindo mal com algo é agir, ainda este fim-de-semana explicava isso à minha filha de 8 anos não queria fazer algo mas não disse que não e depois na altura estava a "cortar-se", lá lhe expliquei que se diz que sim mesmo não querendo temos que o fazer, se não gostamos é dizer na altura que ninguém se chateia.

      Use mini-saia, use decotes, exista ou melhor viva e continue a escrever que gosto de a ler. ah e buzine sempre que ache necessário e escreva sempre se achar que poderei não estar, é a falar, ou escrever neste caso que se evolui e espero não ter criado aqui nenhum mal-entendido.
      Cordialmente
      Misha

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    5. Ah, bom, já nos entendemos!
      A verdade é que muitas vezes as mulheres são simpáticas porque são simpáticas. Só isso, e não devia funcionar como sinal verde para um totó malcriadão avançar com bocas ou insinuações. Por mim falo, se sorrio é para ser simpática e cordial, não é para "me por a jeito". Infelizmente há quem não meça distâncias e conveniências.

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    6. :)
      Logo vi que não me estava a fazer claro.
      e é isso mesmo que descreve. mas estando do "lado de cá", há outras situações que vejo e me repugnam, como acredito que o inverso também aconteça.
      como a MS "linkou", dava pano para mangas, mas não tenho tempo, o que é pena.

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    7. A verdade é que há gente muito mal formada e mal educada. Quando a isso se junta machismos, racismos e etc, piora muito. É triste.

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