De repente, não é uma corrente cruzada, não é uma tempestade, não é um rochedo submerso: um raio de sol, uma brisa suave. Cai-nos no colo uma recompensa inesperada, abrimos a arca do tesouro à espera de uma bota velha e sai um euromilhões para a alma. Fechamos a tampa apressadamente, como que para reter a boa aventurança, não vá ela escapulir pela fresta. É demasiado bom, não pode ser, olha-se em volta à espera que nos salte de trás de uma moita a multidão aos gritos de gozo e a berrar "primeiro de abril!". Não sai. Segura-se bem o baú. Começa-se a acreditar. Mas de olhinho bom no horizonte, que os velhos mitos do monstro marinho
sábado, 28 de maio de 2016
Steady as she goes, Mr. Sulu
E a vida lá segue, em piloto automático, se bem que nem o piloto tirou curso ou se formou nestas artes da navegação, e o automático nem por isso é muito auto, e menos ainda mático. Mas segue, ao sabor da corrente, e se ela nos é mansa e tranquila até se estranha, aguça-se o olhar para mais cedo detectar o remoinho que, decerto, não há-de deixar de aparecer. Bate na madeira, cruzes canhoto, isola. O pensamento mágico é uma bengala frouxa, mas está sempre lá, bendito seja. Dá azar, reconhecer, não, rejubilar com o bom. Mais vale desconfiar. Porque nunca corre tão bem como pensamos que está a correr, assim nos ensinou o passado, e somos, queremos ser o bom aluno, atento e diligente, sempre à coca da armadilha no problema demasiado fácil.
De repente, não é uma corrente cruzada, não é uma tempestade, não é um rochedo submerso: um raio de sol, uma brisa suave. Cai-nos no colo uma recompensa inesperada, abrimos a arca do tesouro à espera de uma bota velha e sai um euromilhões para a alma. Fechamos a tampa apressadamente, como que para reter a boa aventurança, não vá ela escapulir pela fresta. É demasiado bom, não pode ser, olha-se em volta à espera que nos salte de trás de uma moita a multidão aos gritos de gozo e a berrar "primeiro de abril!". Não sai. Segura-se bem o baú. Começa-se a acreditar. Mas de olhinho bom no horizonte, que os velhos mitos do monstro marinhopodem devem ser verdade e, segundo as nossas contas, não faltará muito para alguém soltar o kraken.
De repente, não é uma corrente cruzada, não é uma tempestade, não é um rochedo submerso: um raio de sol, uma brisa suave. Cai-nos no colo uma recompensa inesperada, abrimos a arca do tesouro à espera de uma bota velha e sai um euromilhões para a alma. Fechamos a tampa apressadamente, como que para reter a boa aventurança, não vá ela escapulir pela fresta. É demasiado bom, não pode ser, olha-se em volta à espera que nos salte de trás de uma moita a multidão aos gritos de gozo e a berrar "primeiro de abril!". Não sai. Segura-se bem o baú. Começa-se a acreditar. Mas de olhinho bom no horizonte, que os velhos mitos do monstro marinho
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Vou arriscar desejar-te uma "boa continuação" :-) Não é só a "shit" que "happens".
ResponderEliminarLady Kina, obrigada, e esperemos que não (bate na madeira, isola, cruz credo ;P)
EliminarIzzie, again, com mais arte e mestria, a descrever na perfeição sentimentos que eu reconheço em mim. É isso tudo, sem tirar sem pôr, ou "Taziqual" como diria a minha saudosa avó. Abracinho :D
ResponderEliminarAbracinho, Anna Blue! Temos de fazer um grupo de auto ajuda dos que desconfiam quando a esmola é grande. Que diabo, sejamos honestos: dos que desconfiam quando há esmola ;)
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