Uns bons dez minutos, dez, de idas e vindas, calça sapatos vai lá ver se o bicho se apieda, escova cabelo e borrifa o perfume e volta, a ver se o bicho acha que já chega de gozação, e isto tudo enquanto tentas que os outros dois, já sugaditos em casa, não tenham uma ideia parecida e ei, se ele pode eu também quero, e zus, fuga.
Finalmente teve pena de mim, o meliante; lá espreguiçou, bocejou, saltou e veio, de cauda levantada, no seu ritmo, claro, ninguém apressa um felino. E eu agradeci (as you should), e recompensei com o petisco "regresso a casa"*.
Nem foi a cena mais humilhante do meu dia, porque entretanto sucederam pessoas, e que pessoas. Jasus, escolhe-as a dedo, o meu triste fado.
(mil vezes um gato rezingão, que já se sente no direito de mangar desta aqui, mas ao menos ainda sente pena e dá uma abébia)
*nós temos imensos rituais e rotinas, e já vemos resultados em termos de comportamentos. pensar que eram dois besugos medrosos e ariscos há ano e meio, lagrimita.
Quando eles ficam assim parados em lugares onde e quando não dá jeito nenhum, costuma resultar amachucar um bocadinho de papel em forma de bola e atirá-lo na direcção que nos convém. Os gatos passam-se (mais ainda), se desafiados atrás de uma bola, sobretudo uma que faz barulho :)
ResponderEliminarEle (e a mana) são gatos de rua, e nunca tinham vivido numa casa. O facto dele reconhecer a minha existência a ponto de fazer pouco de mim, já é um enorme avanço!
EliminarMas da próxima experimento a bolinha de papel. Se bem que acho que só resulta com o mai'novo, que foi lá para casa bebé
Like a boss :D.
ResponderEliminarÉ o gato mais cool de sempre. Um bonzão. Mas já vem para dentro, vá, aqui há uns meses teria fugido pelos muros até outro logradouro, ou para a sua árvore favorita.
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