segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Obladi, oblada (life - really - goes on)

- Uma mulher, escritora, opta livre e conscientemente por se manter anónima, escolhendo publicar sob pseudónimo. Dá entrevistas por escrito, sem contacto pessoal, nunca revelando a sua identidade; reafirma inúmeras vezes que não se quer dar a conhecer, o importante é a obra e não a pessoa. Depois vem um jornalista que desconsidera tudo isto, arregaça as mangas, e decide investigar quem é a pessoa atrás do pseudónimo. Diz que descobriu, e publica nome e fotografia. Um exemplo [pseudo]literato desta cultura:


Realmente, qué lá isto, uma mulher com vontadinhas próprias, e qual respeito por essa autonomia e tal. Modernices. Ela até gosta.

- Diz que o Cavaco, aquele a quem bastou nascer para ser mais sério ca gente, andou a pagar menos imposto que devia derivado de umas informações erradas às finanças. Não m'acardito. Impossível. E também nunca teve interesses no BPN. Lá agora.

- Falando em fuga aos impostos, este fim-de-semana apostava eu perante me mate que a situação fiscal do Trump ia ser a sua derrota. Ele garante-me que não, mais depressa os eleitores se aborrecem com o facto de ele ter furado o embargo a Cuba e lucrado com isso. Não acerto uma, de facto parece que sim senhora. Lá, como cá, quem engana as finanças é visto como um melhor. Alguém que jurou ou quer jurar servir o bem público. Tenho um bocado de vergonha disto. É pena ainda faltar tanto tempo para construírem a Enterprise, ou eu oferecia-me para ir.

- Isto é só uma divagação final, mas tenho p'ra mim que o Elon Musk dava um super-vilão de BD bestial. Ou vice-versa. Ou coiso.

6 comentários:

  1. Tb fiquei chocada com isso da Ferrante :S e ainda vi uma ou outra partilha no facebook n percebo o gozo que dá...

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    1. Não consegui ignorar porque toooodos os media que sigo no facebook davam a notícia, mas fiz questão de não abrir nenhum. Mas só pelos títulos fiquei a "conhecer" a cara da putativa EF. Achei desnecessário e uma falta de respeito.

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  2. Lá, como cá, quem foge aos impostos e se safa é saudado. Quem o faz de forma mais ou menos legal é um génio.

    Quanto à dita escritora, era uma questão de tempo, na verdade. A privacidade é um bem que já se deu como não-adquirido e basta que se tenha uma profissão que implique alguma exposição pública para que os jornais (e boa parte do Zé Povinho) considere que é serviço púbico esmiuçar a vida da pessoa, principalmente quando ela não o quer. Enfim. Espero que o jornalista tenha errado e que caso tenha acertado ela não faça o que sempre ameaçou: parar de escrever.

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    1. Quem acha que fugir aos impostos é de génio não me merece qualquer consideração. É um ladrãozeco, um impostor, que aproveita as estruturas comuns sem contribuir, um parasita, portanto. fico doida com essa mentalidade.

      Fiquei triste com a exposição da EF, sinceramente. Pelo pouco que percebi da leitura de "gordas", foi uma devassa, até andaram a esmiuçar registos bancários - como??? Acho um despropósito, uma falta de respeito imensa.

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  3. O tipo foi aos notários investigar compra de propriedades, etc. Enfim, provavelmente recebeu a dica de alguem.
    E a revista americana armada ao pingarelho que comprou o artigo ainda é pior.

    Não sei como descrever os apoiantes do Trump, mas, com alguma maldade, admito que confirmam os piores estereótipos sobre os americanos. A maioria dos que o suportam está contra os impostos, por isso isso pouca diferença lhes faz.

    O Elon Musk - excelente nome - e outros , como o tipo da realidade virtual, dão-me nojo. Os novos fascistas estão aí. Também há aquele director do Facebook que junta ao fascismo as teorias da condessa bathory.

    É assustador.

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    1. E o Guardian, todo cheio de indignações, mas em cada cabeçalho (que não consegui evitar, né) a dar a identidade e foto? Oh pá.

      O Elon Musk faz um bom emprego da sua fortuna, que faz. Ao menos investe em ciência e tecnologia. Mas não consigo evitar, tem todo o perfil de super vilão, daqueles com um laboratório secreto :P Estou influenciada pelo Flash...

      (o Trump, oh, pá, tenho tanto medo daquilo...)

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