segunda-feira, 18 de julho de 2016

Green Acres

É oficial: durante quinze dias (no mínimo, bate na madeira) estamos a viver no campo (embora com vista de mar), derivado do simples facto de ali haver duche. E menos pó. E zero entulho. Acordamos com as galinhas, duchamos, vestimos, debicamos, e ala, que às sete menos um quarto já lá vamos, a engrossar o rebanho, rumo às verdes pastagens onde embuchamos o sustento. Devo dizer que decerto é mais fama que proveito, que neste primeiro dia de deitar cedo e cedo erguer não me sinto nada saudável.
Única vantagem: lá respira-se. Saímos de Lisboa debaixo de uns inclementes trinta e muitos graus célsius; aterrámos nuns aprazíveis vinte. Assim, dorme-se. Já acordar são outros quinhentos, mas adiante. Hoje levo a máquina do café, o altarzinho onde rezaremos todas as santas e frescas madrugadas. Pondero converter-me a qualquer coisa que me prometa manhãs fáceis e quinze dias santos, aceitam-se sugestões.

6 comentários:

  1. vinte graus?? Quero!! Seria tão mais feliz, agora.
    Eu vou para o interior, maneiras que, olha, não sei se vou sobreviver, adeus e
    gostei muito de te conhecer.

    (não tenho sugestões para manhãs fáceis e quinze dias santos, mas para mim, todos os dias começam com café e, parecendo que não, as coisas parecem um pouco mais suportáveis depois disso :)

    Que corra tudo bem :)

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    1. Wallis, olaré. Foi uma felicidade tão grande, principalmente dele, que tem genes de pinguim. Para mim, até 25º tudo bem, a partir daí, bof.
      Boa sorte para ti, que vais para o dinterior desquecido, jasus, uma caloraça, mas diz que vai baixar a partir de quarta, haja fé.

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  2. Decidir que às 22h se transformam em abóboras e que têm mesmo que dormir porque às sete menos um quarto (vamos esquecer que isso ainda é na hora das seis, certo?) já estar a caminho é tortura.
    Mas a verdade, verdadinha é que o silêncio e as cores da manhã são brutais e depois da malta se habituar não quer outra coisa (e eu odeio acordar mas cada vez que custa mais estar no turno das 10h e só sair de casa às 09h30, prefiro o turno das 8h).
    Enjoy

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    1. Patrícia, ontem estávamos no ó-ó às nove. Às nove! É desumano! Tem de ser, máximo às dez. Caneco.
      Mas a manhã estava linda, que estava. Nevoeiro até Mafra. Gosto de nevoeiro. (mas a estrada via-se bem)

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  3. Agora que V. Excelência anda pelas minhas bandas, ando eu a cozer junto à capital, vulgo casa da sogra. E que saudades eu que tenho daquele fresquinho do Oeste...
    Não tenho receitas mágicas para manhãs fáceis, lamento. Mas se descobrires, partilha...

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    1. Oh pá, eu gosto muito daquilo, só é pena ser tão longe :P A sério, adoro o Oeste. Mas é uma dor chegar a casa e perceber que esteve um magnífico dia de praia, e eu a cozer na capital. Às oito e meia ainda havia surfistas dentro de água :)

      (eu partilho, mas era preciso descobrir...)

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