sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

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[estou numa corrida contra o tempo e a minha capacidade de dar resposta a um deadline que é mais uma line que dead, que não morre ninguém se não conseguir, embora exista a possibilidade de me lixar com f maiúsculo se não cortar a meta, anyhoo, suspeito que dead é o estado em que estarei se o fizer dentro dos tempos fixados, mas hoje almocei uma sopa o que foi uma fofa e saudável alternativa ao meu variado menu - sandes de queijo / tosta de queijo - dos últimos tempos; vegetais, do your work, que quem percebe disso diz que tomar vitaminas só contribui para uma urina mais cara, mas neste momento eu já me agarrava a qualquer crença que me mantenha de pé, pensante, e dedinhos ágeis e teclantes, mas o chocolate também é - maioritariamente - vegetal, e se não resulta mêmo, mêmo, ao menos consola, vamos a isso, mais uma volta e se isto correr bem até acabo antes da tal linha de morte, pausa para gargalhadas, ahahahahah, chuif]

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Um subsídio, uma bolsa para estudar isto e arranjar uma cura

Me mate está constipadíssimo, e pronto, podia acabar aqui e ficava o post e imagem sobre este difícil momento familiar já completo.
Não fosse um pequeno senão, uma pequena nuance, uma mínima divergência: decerto fartinho de me ouvir fazer pouco da man flu, e encaixando todo esse gozo como justíssimo, merecidíssimo, e assente em factos reais, desta vez prometeu-me que não senhora, não ia fazer fita, nada de gemidos de sofrimento, népia de suspiros, muito menos queixumes lânguidos, pieguices em geral e birrinhas em particular.
Está a cumprir. Em 90%, vá, sejamos magnânimas.
Mas desde que começou com os primeiros sintomas, naquele malfafado e aziago sábado, que não se cala com a constatação de que "hã, olha que desta vez, hã, estou a portar-me bem, hã, ainda não me queixei, hã".
Se alguém não consegue ver a ironia da coisa, pá, juntem-se a ele, fundem um grupo, reunam de preferência já, e tirem-mo de casa, antes que os meus olhos saltem das órbitas de tanto os girar. 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Se calhar é por isto que ninguém me atura, e não os tenho :(

Tenho de desafafar, tirar esta pedra que carrego no peito: não entendo, não gosto, e não entendo quem gosta de Friends. Não percebo o hype, a fandom, a loucura, e quem dê dinheiro por uma techérte com o logo. Ou pior, as fotos dos moinantes.

Aaaaaahhhhh. O alívio.

Atenção, não quero com isto insinuar que sou uma pessoa com melhor cómico-série-gosto que azoutras (que até sou); não estou a desfazer, intelequetualmente, em quem gosta de Friends (too easy), não me estou a por num pedestal de superioridade relativamente a quem gosta, idolatra, ama Friends (já lá estava)*.

Não, agora a sério. Porquê?
E não me venham com o "ah, se calhar nem viste", porque vi.

Quer dizer, fui vendo. Estava a passar num canal qualquer, calhou apanhar e pensei "ora aqui está uma oportunidade de por à prova o meu preconceito" - que existia, sou çinçera. Dei, portanto, uma oportunidade à coisa. Não é a primeira "coisa" relativamente à qual tenho a ideia que vou odiar e, em dando uma oportunidade, até passo a gostar. Exhibit A: Brooklyn 99. Odeio o Samberg, ergo, já odiava a série antes de ver um segundo. Vi um só episódio e já adorava a série, e considerava a hipótese de, numa realidade paralela, até ser amiga do Samberg. Friso: realidade paralela.

Voltando à vaca fria, Friends. Não vi só um episódio, porque ao fim de um continuava a não perceber/gostar. As personagens pareciam-me desinteressantes, zero empatia, zero vontade de as conhecer melhor, planas, unidimensionais, superficiais, sem interesse de maior ou sequer.

Insisti, portanto, vivas ao método científico. Não correu bem.
Para além de confirmar o que já intuía acerca das personagens, soma-se a banalidade do texto. A pesada, aborrecidíssima, patente banalidade. Piadas óbvias, ao nível zero da inteligência, muitas delas abaixo de zero, sim, estou a falar do humor (?) sobre aspectos físicos, por exemplo. Quantas piadas sobre gordas é possível fazer até matar alguém de tédio? Para quem escrevia aquilo, infinito mais um, ao que parece.

Isto é inédito, mas nunca ri, física ou mentalmente - os outros não sei, mas muitas vezes as minhas gargalhadas são apenas mentais. Exhibit B: Seinfeld e Curb Your Enthusiasm.
Ou seja, no total devo ter visto uns vinte episódios (pronto, já aí vem a turba do "aaahhhhh, sem ver tudo não percebes a dinâmica, o entrosamento, a táctica, a ligação"; lamento mas percebi, tão óbvio aquilo é, como na maioria das telenovelas uma pessoa pode saltar n episódios que apanha logo no seguinte, temos pena) e é tempo que não recupero, mas ao menos não morro inguinorante.
Pronto, posso afirmar de cátedra que aquilo é uma real, valente, fumegante poia**.
No hard feeelings.


*estou evidentemente a gozar. vejo, consciente e deliberadamente, muita merdinha e pasme-se, gosto de imensa merduncha. ainda anteontem assistimos, felicíssimos como dois basbaques com severo atraso cognitivo, ao Con Air. e está a dar Murder She Wrote?, vejo e ainda me gabo. e por aqui me fico, que já têm material para me gozar daqui à lua. mas sei que é merdéque, e não a quero fazer passar por alta arte ou coisa de merecimento. é o que é. 

**não é única, no meu rol de "séries com aclamado sucesso que odeio", Exhibit C: Cheers, que é uma farpa no meu casamento, mas é lidar.